VN Online | José Maria Cardoso - mobilidade - sustentabilidade - barcelos - barcelos bus - paradigma - transformação - clima - ambiente - hospital de barcelos - cgd - caixa geral de depósitos - arcozelo - balcão - município - junta de freguesia - arcozelo

Novo hospital de Barcelos, uma velha reivindicação

 

A construção do novo hospital de Barcelos é uma obra há muito urgente. Para lá de consensual e de vontade coletiva, é uma indispensabilidade cada vez mais evidente.

Sendo certo que tem havido inoperância e falta de autoridade política do poder autárquico, também é verdade que, nesta matéria, Barcelos tem sido continuamente desconsiderado e desprezado pelo poder central. Não digo isto com a reserva bairrista ou com a visão redutora, por vezes mesquinha, de defesa intransigente da nossa terra. Digo-o baseado em factos que nos últimos anos fizeram com que o hospital fosse sendo desmantelado de valências, desclassificado de serviços e depreciado de funcionamento, com o propósito de alargar área de cobertura do hospital de Braga para dar resposta às exigências da PPP. Em 2007 fechou a maternidade com a promessa de abertura de outras valências e novos serviços. Nesse mesmo ano foi criado grupo de trabalho para elaborar o perfil funcional da futura unidade hospitalar. Em 2009 foi assinado o acordo estratégico para o lançamento de novo hospital. Em 2012 houve apresentação pública de maquete promocional do novo edifício. Em 2018 temos o hospital em rutura e a única certeza é que nada se sabe quanto ao futuro do atual hospital nem quanto à atualidade do futuro edifício.

Atual hospital de Barcelos não capacidade de expansão nem de renovação

O Hospital de Santa Maria Maior, instalado em edifício e terreno da Stª. Casa da Misericórdia, a quem paga avultado aluguer, apresenta uma estrutura física antiquada e em degradação, desequilibrada e exígua, o que provoca imensos constrangimentos.

Sem possibilidade de expansão nem capacidade de renovação, limita-se a intervenções pontuais de remediação numa espécie de paliativo, o que se tem traduzido em falta de modernização e perda de diferenciação de especialidades. Inserido na malha urbana em pleno espaço central, o acesso ao serviço de urgências está fortemente estreitado – veja-se a situação terceiro-mundista aquando dos dias de feira semanal e festas; o recato e tranquilidade imprescindíveis ao internamento é permanentemente posto em causa – atente-se ao barulho quando há atividades desportivas no pavilhão ou quando decorrem feiras e festas no parque; urgências lotadas de macas em encolhidos corredores de claustros, enfermarias apinhadas de utentes e sem garantia de devidos isolamentos, elevador único para todo o serviço seja ele de limpeza, de refeições e/ou transporte de doentes. Acresce dizer que perante todos estes condicionalismos, com falta de condições dignas ao exercício da atividade e durante anos em situação de previsível esgotamento funcional em anteriores conselhos de administração que mais pareciam comissões liquidatárias, a atração profissional deste hospital para desenvolvimento de carreiras é quase nula. No entanto, digo com a asseveração da opinião corrente, que nenhum dos problemas enunciados, que são reais, é objeto de imputação de culpas aos profissionais que ali trabalham. Em primeira instância são eles os que mais padecem da calamitosa situação e é à custa da sua dedicação e brio profissional que os problemas vão sendo atenuados.

Criar um movimento de cidadania em favor do novo hospital de Barcelos

Basta de reconhecer a necessidade, urge concretizar a recorrente e sempre adiada promessa. Barcelos precisa de ter um hospital funcional, de proximidade com as necessidades dos utentes da sua área de referenciação, capaz de dignificar o SNS e quem nele trabalha com um serviço diferenciado e de qualidade que transmita credibilidade e confiança à população. Deve ser aberta uma discussão pública, recorrendo a especialistas técnicos e a profissionais do meio, sobre o tipo de hospital que queremos e que devemos ter.

No âmbito da Assembleia Municipal foi criada uma Comissão de Defesa do Novo Hospital, da qual faço parte, que tem de saber ultrapassar querelas partidárias, ser representativa do interesse coletivo e funcionar como força de pressão. Compete ao executivo camarário usar o seu papel institucional junto do governo central. Mas, acima de tudo, é premente formar um movimento de cidadania – genuíno de motivação, plural de opiniões e abrangente de participação, que pugne por um direito que é de todos e que manifeste a força reivindicativa dos barcelenses.

1ª Página. Clique aqui e veja tudo o que temos para lhe oferecer.vila nova online - 1ª página - notícias - informação - jornal - diário digital generalista de âmbito regional

VILA NOVA, o seu diário digital. Conte connosco, nós contamos consigo.

Se chegou até aqui é porque provavelmente aprecia o trabalho que estamos a desenvolver.

VILA NOVA é cidadania e serviço público.

Diário digital generalista de âmbito regional, a VILA NOVA é gratuita para os leitores e sempre será.

No entanto, a VILA NOVA tem custos, entre os quais a manutenção e renovação de equipamento, despesas de representação, transportes e telecomunicações, alojamento de páginas na rede, taxas específicas da atividade, entre outros.

Para lá disso, a VILA NOVA pretende produzir e distribuir cada vez mais e melhor informação, com independência e com a diversidade de opiniões própria de uma sociedade aberta. A melhor forma de o fazermos é dispormos de independência financeira.

Como contribuir e apoiar a VILA NOVA?

Se considera válido o trabalho realizado, não deixe de efetuar o seu simbólico contributo sob a forma de donativo através de mbway, netbanking, multibanco ou paypal.

MBWay: 919983484

NiB: 0065 0922 00017890002 91

IBAN: PT 50 0065 0922 00017890002 91

BIC/SWIFT: BESZ PT PL

Paypal: pedrocosta@vilanovaonline.pt

Envie-nos os seus dados e na volta do correio receberá o respetivo recibo para efeitos fiscais ou outros.

Gratos pela sua colaboração.

Publicidade | VILA NOVA: deixe aqui a sua Marca

Deixe um comentário