O Projeto “Canecas”, promovido pelo Agrupamento de Escolas Rosa Ramalho, desenvolve-se numa lógica de trabalho em rede com múltiplas instituições da área da educação. Ao longo do ano 2018, prosseguiu com um vasto conjunto de atividades, apresentadas ao público no passado dia 9 de março, na Sede do referido Agrupamento de Escolas. Na altura, foram também dados a conhecer os resultados do Projeto Canecas 2017.
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Segundo Rosa Viana, Coordenadora do Departamento de Educação Especial do Agrupamento, o Projeto Canecas resulta da vontade de encontrar, em contexto escolar inclusivo, respostas educativas de qualidade, adequadas à concretização efetiva das aspirações de cada jovem com NEE – cerca de 7 dezenas neste Agrupamento -, num trabalho em rede com outras instituições do território educativo. O Projeto Canecas foi selecionado em 2016/2017 como um dos projetos vencedores do Programa EDP Solidária.” Devido ao sucesso alcançado, o projeto acabaria por ter continuidade no presente ano letivo 2017-2018.
Trata-se de um projeto inovador que tem como principal objetivo proporcionar experiências significativas que permitam e facilitem, através da arte, a promoção, a autonomização e o desenvolvimento de competências ligadas ao mundo do trabalho das crianças e jovens com deficiência.
O “Canecas” é um projeto interdisciplinar e comunitário desenvolvido pelo Agrupamento de Escolas Rosa Ramalho que cruza três ideias-chave: a inclusão social, a promoção do artesanato e dos produtos locais e a cooperação com a rota turística Caminho de Santiago.
De acordo com a professora Rosa Viana, “os alunos que trabalham o projeto “Canecas” beneficiam de uma medida educativa própria, o Currículo Específico Individual, uma vez que este constitui uma área multidisciplinar de integração curricular. Nesta, os alunos desenvolvem processos de criação, desenvolvimento e promoção de diferentes produtos – canecas, plantas aromáticas e produtos alimentares – que constituem o projeto, numa intervenção multidisciplinar”, consolidando “em três eixos que cruzam o território educativo:
Inclusão social
A escola é um ambiente de desenvolvimento de capacidades, atitudes e conhecimentos que são essenciais para a vida adulta. Neste projeto os alunos desenvolvem experiências significativas promotoras de competências funcionais. Pretende-se, também, que os alunos desenvolvam competências de relacionamento interpessoal, prevendo-se que sejam eles dar a conhecer os “produtos” aos visitantes do projeto.
Artesanato e produtos locais
Conceção de peças de cerâmica. Destacam-se as canecas cerâmicas totalmente manipuladas e personalizadas pelos alunos. Cultivo e secagem de plantas. Destacam-se as plantas aromáticas e os chás; Produção de produtos artesanais “bolachas”, “compotas” e “chá.”
Caminho de Santiago
Inserido no conceito de “Caminho de Santiago inclusivo” os peregrinos, que passam nos passeios do arruamento principal do perímetro exterior da escola são convidados a conhecer o “projeto “Canecas”. No interior da escola foi construído um jardim, uma estufa e uma sala, equipada para o projeto. Nestes locais, os visitantes partilham as dinâmicas de funcionamento do projeto.”
Na passagem por Barcelinhos, os caminheiros de Santiago levam uma recordação única: canecas desenhadas pelos alunos com NEE do Agrupamento de Escolas Rosa Ramalho. Produzidas no concelho, as peças de cerâmica são totalmente personalizadas pelos estudantes e colocadas nas escolas, à mercê dos caminheiros. Além das canecas, o projeto envolve também a produção e a promoção de bolachas, chás, compotas e ervas aromáticas produzidas em contexto escolar.
O projeto conta com o apoio do Município de Barcelos, no âmbito da rede Cidades Educadoras, do EDP Solidária Inclusão Social 2016, um programa da Fundação EDP, entre outros, desenvolvendo-se numa lógica de trabalho em rede com múltiplas instituições do domínio educativo.
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