Famalicão em Transição dá a conhecer modelos de educação alternativos

 

 

Na próxima sexta-feira à noite, 2 de fevereiro, pelas 21h00, realiza-se na Casa de Esmeriz, em Esmeriz, Vila Nova de Famalicão, mais uma conversa do Ciclo “Educação em Transição” que tem vindo a ser dinamizado pela Associação Famalicão em Transição.

No seguimento do modelo desenvolvido em anteriores sessões, serão apresentados dois modelos educativos: o Reggio Emilia e o Forest School.

Para os dar a conhecer aos potenciais interessados – pais, mães, professores e educadores e, em geral, todos os que sentem a necessidade e urgência de repensar a educação no sentido da sua humanização e da aproximação à natureza, estarão presentes Cédric Pedrosa, educador com formação Forest School, do Porto, e a equipa pedagógica do “Mundo da Floresta”, projeto educativo de inspiração Reggio Emilia e Forest School da Associação “O Mundo Somos Nós”, de Braga.

Sensibilizar comunidade local para o movimento de transição

Vila Nova - Famalicão Online - Famalicão em TransiçãoAna Diniz, uma das coordenadoras do Grupo Educação em Transição, indica que o mesmo se estabeleceu a partir da “união de vontades de mães e pais dentro do grupo Famalicão em Transição.” Acrescenta ainda que “são apoiados por outras pessoas, não mães nem pais, mas gente com muita preocupação e sensibilidade quanto ao paradigma atual de educação que afasta as crianças das suas raízes, da natureza, e no respeito por ela, não respeitando a individualidade e (des)estimulando a criatividade e espírito crítico das crianças.”

Assim, o principal objetivo destas sessões públicas, com temas ligados à Educação, é sensibilizar a comunidade local e ganhar massa crítica para o movimento de transição chegar a esta área basilar das nossas vidas.

Sementeira define conjunto de princípios orientadores da Escola pretendida

O ciclo de conversas iniciou-se em Fevereiro de 2017 com a visualização do documentário “O começo da vida.” Nessa ocasião, no centro da conversa estiveram enfermeiras e uma psicóloga que trabalham o nascimento e a primeira infância. Mais tarde, seguiu-se uma sessão de Parentalidade Consciente com uma facilitadora da Academia de Parentalidade Consciente. O apogeu e o impulso para continuar, de acordo com a dinamizadora do Grupo, “ocorreu com a palestra do Professor José Pacheco sobre “Escolas Inovadoras” em março de 2017″.  Outros temas se seguiram e, em maio e outubro passados, novos temas foram abordados “para que Famalicão possa conhecer e debater outras formar de educar.”

O Grupo Educação em Transição constituiu ainda a sementeira “Educação em Transição”, um grupo de trabalho composto por mães, pais, professores do 1º Ciclo de Ensino Básico e da academia – Universidade do Minho – com o intuito de criar um projeto piloto na área do 1º ciclo.”

“Como resultado do trabalho de concertação e debate, a sementeira definiu um conjunto de princípios orientadores da Escola pretendida”, acrescentou Ana Diniz, tais como: Educar para Ser, Escola de afetos, Equipa educativa = comunidade, Promoção da autonomia e criatividade, Respeito pela individualidade, Inteligências múltiplas como ponto de partida para reorganização curricular, Sem alterar currículos.

O Grupo Educação em Transição pretende implantar métodos ativos e participativos, mediante o contacto privilegiado com a natureza e a sustentabilidade em ação (na organização dos espaços, alimentação, energia, escolha de materiais e brinquedos…).

Projeto pedagógico de Reggio Emilia

O projeto pedagógico de Reggio Emilia surgiu da iniciativa de um grupo de cidadãos, na cidade de Reggio Emília, situada no norte de Itália, após o final da Segunda Guerra Mundial.

Impulsionado pelas teorias psicopedagógicas inovadoras  nos anos 50 e 60, com Jean Piaget, Lev Vygotsky e John Dewey, mas também de pedagogos italianos, como Maria Montessori, irmãs Agazzi e Bruno Ciari, este modelo, liderado pelo pedagogo e educador Loris Malaguzzi, parte do pressuposto de que a criança nasce com as suas “cem linguagens”, pelo que a tarefa prioritária do  educador  é  a escuta e o reconhecimento das múltiplas potencialidades de cada criança que deve ser observada e atendida na sua individualidade.

Citando Krishnamurti, a propósito do seu projeto educativo, a Associação O Mundo Somos Nós refere que quer “criar um ser humano totalmente diferente, (…) que não se deixe enredar em nenhuma crença, em nenhum dogma, que se mova apenas com o que “é” e com factos; e assim, criar um ser humano em total harmonia consigo próprio – harmonia entre mente, coração e corpo.”

Os alicerces deste projeto são a arte do relacionamento – consigo próprio, com os outros e com o ambiente -, a bondade e o autoquestionamento.

Acreditando que a educação “é a base para a transformação da sociedade e que é através do autoconhecimento e do relacionamento com o mundo à sua volta que a criança se desenvolve de uma forma integral”, incentiva a aproximação da natureza e valoriza as atividades artísticas. Diferenciando-se do sistema de ensino tradicional, este modelo educativo Reggio Emilia desencoraja a competição, bem como o tradicional sistema de castigo vs. recompensa.

A Associação O Mundo Somos Nós e o seu projeto Mundo da Floresta não é uma escola, nem o pretende ser, pelo que não possui um sistema de avaliação convencional. No entanto, as crianças participantes no projeto participam da rede de ensino nacional ao abrigo da legislação que permite o ensino doméstico e individual. Assim, no final de cada ciclo, estes “alunos” devem proceder à realização de exames nacionais.

Projeto pedagógico Forest School

Por seu turno, a Forest School é um movimento educativo que teve início nos anos 50 e  tem vindo a crescer nos Estados Unidos e na Europa.

A Forest School define-se como uma metodologia de educação ao ar livre, em que as aprendizagens são realizadas num contexto de bosque ou floresta e as crianças aprendem a partir da realização de experiências práticas na natureza ao longo de todo o ano. Este modelo privilegia a autonomia e iniciativa da criança e pressupõe a  orientação de um líder, cuidadosamente formado e acompanhado.

Inscrições

A inscrição para participação no evento pode ser realizada através da ligação: https://goo.gl/pKPskQ.

O custo da mesma, correspondente a um pequeno donativo consciente para pagamento dos custos de organização são de apenas 1,50€ para os sócios da Famalicão em Transição e 2,00€ para não sócios.

Para saber mais:

Associação Famalicão em Transição + (facebook)

Associação O Mundo Somos Nós

Escolas Reggio Emilia

Movimento Forest School

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Imagens: DR

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