Emérito historiador, Norberto Cunha é Coordenador Científico do Museu Bernardino Machado. Para além dos ciclos de conferências que todos os anos organiza neste Museu, é o […]
Ler maisAutor: Norberto Cunha
Norberto Amadeu Ferreira Gonçalves da Cunha, professor catedrático aposentado da Universidade do Minho, licenciou-se pela Universidade de Coimbra e doutorou-se em 1990, pela Universidade do Minho com uma dissertação sobre a “Génese e evolução do ideário de Abel Salazar”. Foi Professor Catedrático do Departamento de Filosofia e Cultura do Instituto de Letras e Ciências Humanas da mesma Universidade, desde 1998 até 2006, ano em que se aposentou.
Presidiu ao “Centro de Estudos Lusíadas” da Universidade do Minho e foi Vice-Presidente do Conselho Cultural da mesma Universidade. Foi, durante vários anos, Presidente do Conselho de Cursos do Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho e Director do Departamento de Filosofia e Cultura do mesmo Instituto.
É membro dos conselhos científicos de várias revistas nacionais, dos órgãos directivos do Instituto de Filosofia Luso-Brasileira e Coordenador Científico do Museu Bernardino Machado, em Vila Nova de Famalicão.
Ao longo da sua carreira, leccionou as disciplinas de Lógica e Epistemologia do Conhecimento Social e Mentalidades e Cultura Portuguesa
Foi director do Mestrado em Filosofia/Especialização em Filosofia - Portugal e Cultura Portuguesa, da Universidade do Minho. Leccionou em mestrados e cursos de Verão, dentro e fóra da Universidade do Minho, sobre “Temas de Filosofia Portuguesa Contemporânea”, sobre “O Ensaio em Portugal no século XX” e sobre “A Ideia da Europa em Portugal (desde a Ilustração ao Estado Novo)”. No mestrado de História das Instituições e Cultura Moderna e Contemporânseu ea, do Departamento de História da Universidade do Minho, leccionou, a disciplina de Cultura e Mentalidades no Portugal Contemporâneo, assim como leccionou, no mestrado em História e Filosofia da Educação da mesma Universidade, a disciplina de Pensamento Educacional Português.
Foi orientador de dezenas de teses de mestrado (especialmente sobre educadores portugueses) e várias teses de doutoramento, tendo sido arguente de umas e outras em Universidades portuguesas.
Tem participado em vários projectos de investigação, realizou conferências em diversos Congressos e Colóquios nacionais e estrangeiros e fez parte de júris de vários prémios de História Contemporânea.
As suas publicações têm como objectivo fundamental a compreensão de Portugal e dos portugueses a partir das Luzes e da modernidade, através da chamada “história intelectual” — tendo como ponto de partida os paradigmas científicosnaturais — numa perspectiva metodológica de convergência entre a história das ideias e a história e a sociologia das ciências.
Tem seis livros publicados, proferiu mais de duas centenas de conferências e publicou mais de uma centena de artigos em revistas da especialidade. Os seus trabalhos publicados podem distribuir-se por três áreas: (a) a Ilustração em Portugal, com especial incidência nos chamados “estrangeirados” (como Verney, Cunha Brochado. José Anastácio da Cunha, Martinho de Mendonça e Ribeiro Sanches) e na Academia Real de História Portuguesa; (b) a Filosofia em Portugal e a Cultura portuguesa (da “Geração de 70” à crise da II Guerra Mundial) com especial incidência nos “intelectuais”, no “ensaísmo” português, na “Renascença Portuguesa”, no tradicionalismo integralista, nos seareiros e no neopositivismo lógico; (c) a ideologia do Estado Novo e seus próceres; (d) a recepção da Ideia da Europa em Portugal; (e) e a representação da Galiza na historiografia portuguesa. Actualmente, tem prestado especial atenção, sobretudo, às estruturas ou “dispositivos” intelectuais pró-naturalistas de longa duração na Cultura Portuguesa (das Luzes ao século XX).