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José Ilídio Torres revive e dá esperança em ‘Cancro Meu Amor’

 

 

José Ilídio Torres, o escritor, também professor de educação física e técnico de futebol, sim, esse que é conhecido por todos como o Zé Ilídio, passou as ruas da amargura em tempos ainda relativamente recentes. Não que tenha andado sem abrigo, ao abandono e caídos por falta de trabalho ou outra desgraça de vida e, felizmente, também não lhe faleceu ninguém de família (vida longa e com saúde é o que se deseja, mormente aos seus pais). E, ainda assim, deu-se ao trabalho e lançou mais um livro: Cancro Meu Amor.

Mas, então, que aconteceu ao Zé Ilídio que o levou a escrever Cancro Meu Amor?

Aqueles que o conhecem pessoalmente – e em Barcelos, Esposende e Vila Verde, cidades ou concelhos onde nasceu, viveu e trabalhou até agora – são muitos, possivelmente mais ainda os que o conhecem das redes sociais, espaço público onde a sua presença e intervenção é uma constante diária são já disso conhecedores. O Zé Ilídio teve um cancro do cólon, também conhecido por cancro colorretal, doença oncológica das mais comuns e que afeta cada vez mais portugueses.

“Comecei a escrever este livro no exato momento em que me diagnosticaram cancro no cólon”, começa por dizer. “O impacto da notícia durou apenas uns minutos, confesso.”

Pouco depois, já sentado no banco do seu carro, mas ainda com o motor desligado, José Ilídio Torres percebeu rapidamente que estava, mais uma vez, “a ser desafiado pelo universo”. “Naqueles momentos, e porque estava em jejum, ouvi o meu corpo barafustar.” A fome começava a apertar e  falou com o seu novo inquilino:

“- Tens fome? Vamos jantar?”

“- Siga!”

Pôs-se ao caminho, de Barcelos para Esposende, e parou num restaurante pequeno perto de casa, conta Zé Ilídio. “Comi um bom bife, bebi um bom vinho, um digestivo e um café. E fui dormir. Amanhã era outro dia.”

Aligeirar a carga de uma doença potencialmente fatal

“Sei que a doença oncológica, principalmente o cancro do pulmão e o cancro da mama, para lá do cancro do cólon, mata todos os anos milhares de pessoas em Portugal e que quase metade dos pacientes com este tipo de cancro não sobrevivem. Disse, então, para mim mesmo que ainda não era a hora”, recorda o autor de Cancro Meu Amor e mais de uma outra dezena de títulos, quer de poesia, quer de romance, e ainda imensas crónicas mais dispersas por vários órgãos de comunicação.

Após a cirurgia a que foi submetido para tratar o cancro do cólon, “percebi, com o passar do tempo, e durante os dias em que estive no IPO a recuperar, naquela solidão tão preenchida de mim, que não tinha medo nenhum de morrer. Do que eu tinha medo era de não aproveitar devidamente os dias que me faltavam viver”, acrescenta José Ilídio Torres.

Em Cancro Meu Amor, o autor recorda as emoções e sentimentos vividos por que passou. “Comecei, assim, nas longas horas de tratamentos a que tive de me submeter, durante o período em que fiz quimioterapia preventiva, a escrever pequenas crónicas sobre aquilo que via, sentia. Sobre as pessoas, os médicos, os funcionários. E fi-lo com humor”, com o humor próprio, por vezes até mesmo seco e duro que se lhe reconhece.

“Isso ajudou-me a aligeirar a carga, o sofrimento que via estampado em tantos rostos.”

Cancro Meu Amor surgiu assim, naturalmente. Estava a escrever-me e, pela primeira vez, não andava disfarçado em nenhuma personagem. Eu era o ator principal”, revê-se José Ilídio Torres, como que olhando a um espelho retroprojetor do passado ainda relativamente recente.

Um livro, uma luz

“Espero que este livro sobre a minha experiência pessoal com o cancro do cólon chegue a quem o ler como uma luz.

Na verdade, a doença mudou a minha vida. Onde antes havia sombra no meu caminhar, passou a haver uma luz mais forte e indicativa. Os meus olhos abriram-se à vida com renovada confiança,” revela Zé Ilídio, espelhando o seu contentamento pela ultrapassagem da primeira fase de um processo que se sabe ser longo até que a cura definitiva seja considerada.

“Sou, até ver, um sobrevivente. Sempre o fui”, acrescenta o autor de Cancro Meu Amor. Como escritor, perdi a conta às vezes que morri e voltei a renascer nos ambientes e personagens que criei. Também como homem, isso aconteceu. Vivo um dia de cada vez, amando profundamente a vida.”

“Quem me ler, saiba pois que escrevi este livro no coração e que o partilho com todos com alegria”, conclui José Ilídio Torres.

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Um novo projeto de vida com regresso Barcelos e objetivo de ser feliz

Em testemunho de última hora, José Ilídio Torres deixou a seguinte mensagem:

“É luminoso o meu caminho.

Já fui corrosivo na escrita, mordaz, satírico. Não mais.

Olho hoje a vida pelo seu lado positivo.

Venho de muito longe. Não me remeti ao sofá, fui sempre um homem de causas.

Fundei duas Associações com amigos, passei pela política, dei sempre o meu melhor na escola, na formação de jovens atletas. Escrevi 15 livros até ao momento.

Fui largando alguns destes projetos para centrar energias noutros.

Em breve vou deixar o futebol de formação. Fim de ciclo.

O meu projeto de vida é ser feliz, nomear as coisas boas que nos escapam ao olhar. Na cidade que amo e à qual estou de regresso, na vida.

Comigo caminham aqueles de quem gosto, que gostam de mim, os que amo. Os outros são os outros. Não são problema meu.

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Onde encontrar Cancro Meu Amor?

Os livros de José Ilídio Torres podem ser solicitados por mensagem pessoal através na sua página de facebook, sempre dedicados e autografados, via website da editora Atlantic BookShop ou ainda através das principais plataformas digitais de comércio de livros, como a wook e a Bertrand, entre outras.


Imagens: JIT


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José Ilídio Torres à conversa com… José Ilídio Torres

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