O primeiro Torneio Internacional de Futebol Infantil Barcelos Cup vai ter lugar a 18 e 19 de junho. A iniciativa, que se vai realizar no complexo desportivo de Galegos Santa Maria, foi apresentada esta quinta-feira no auditório da Casa da Juventude de Barcelos por Mário Constantino, presidente da Câmara Municipal, e pelos futebolistas barcelenses Paulinho e Nelson Oliveira, padrinhos do evento.
Perante uma plateia composta de pais, encarregados de educação e diversos agentes desportivos, desde diretores, a técnicos e árbitros, Mário Constantino enfatizou a importância da prática desportiva no desenvolvimento integral da pessoa. O autarca sublinhou, na ocasião, que “quanto mais novo se inicia a prática saudável do exercício físico, mais cedo se começa a ter regras e hábitos de vida saudáveis”, deste modo reiterando o apoio do município barcelense ao desenvolvimento desportivo, o que vem acontecendo através de contratos-programa protocolados com inúmeras coletividades concelhias.
Organizado pela Câmara de Barcelos e pela Associação Metrópole Talentosa, o Torneio Internacional Barcelos Cup tem apoio do Santa Maria FC e da Junta de Freguesia de Galegos Santa Maria.
Barcelos Cup envolve atletas portugueses e espanhóis
O torneio Barcelos Cup vai reunir 32 equipas de 22 clubes, 384 atletas e 64 reinadores, bem como os respetivos dirigentes e equipa do staff técnico da competição, proporcionando “um ambiente de convívio, alegria, experiências fantásticas e extraordinárias oportunidades para competir com algumas das melhores equipas”. Aproveitando um clima agradável de verão, a Barcelos Cup é mais do que um torneio de futebol, permitindo a todos os visitantes e participantes a possibilidade de interações culturais e desportivas, tanto dentro como fora de campo, nomeadamente pela presença de atletas e acompanhantes do concelho e de todo o país, a que acresce a presença de jovens atletas espanhóis.
A ética no Desporto Jovem
Após a apresentação oficial do torneio, a organização promoveu uma mesa redonda subordinada ao tema “A ética no desporto jovem”, convidando para o efeito o presidente da Câmara, Mário Constantino, Paulo Alves, ex-jogador e treinador de Futebol, José Pedro Pereira, Embaixador da Ética no Desporto, José Manuel Pereira, da Organização da Barcelos Cup, e Duarte Gomes, ex-árbitro internacional.
Entre os oradores houve unanimidade no diagnóstico de algumas situações menos positivas no desporto jovem, muitas vezes réplicas da violência e falta de fair-play que recorrentemente sucedem em competições profissionais.
Mário Constantino, em particular, referiu-se à prática desportiva jovem no sentido de que deve ser, antes de tudo o resto, “uma escola de valores – solidariedade, colaboração, sentido de entreajuda, tolerância e amizade. Deve existir, alguma competição, sim, porque na vida quotidiana também existe, mas competição com regras, valores, aprendendo-se a ganhar e perder”, disse o edil.
Por seu lado, o Embaixador da Ética no Desporto, José Manuel Pereira, entende que, apesar de alguns resultados positivos desde que foi implementado o Plano Nacional de Ética (PNED) no Desporto, continua a persistir uma cultura de resistência à mudança, uma cultura de pressão dos pais sobre os filhos para que ganhem a qualquer preço, que não só prejudica a educação dos jovens, como acaba muitas vezes com a felicidade que têm ao praticar desporto, levando muitos deles a abandonar as modalidades que praticam. Este orador chegou mesmo a questionar se até aos 14 anos devia haver competições, opinando que as crianças devem ser felizes nas atividades desportivas, sem a pressão dos resultados e as críticas de pais e adeptos.
De resto, o ex-futebolista internacional atualmente Técnico de futebol Paulo Alves, alinhou na mesma tónica. Dizendo-se um pai que assistia aos jogos do filho quando este jogava basquetebol de uma forma muito discreta, disse que vivenciou cenas no futebol jovem que nunca julgava serem possíveis, apontando também a sede de protagonismo e a pressão dos pais sobre os filhos, os treinadores e os árbitros, como um fator muito negativo no desenvolvimento psicológico das crianças.
Também o ex-árbitro Duarte Gomes participou, por vídeo, nesta mesa-redonda, deixando a mensagem de que a prática desportiva jovem deve contribuir para a felicidade dos atletas, sendo que o seu desenvolvimento integral e saudável deve sobrepor-se sempre aos aspetos competitivos.
Plano Nacional para a Ética no Desporto (PNED) em números
Desde a criação do Plano Nacional para a ética no Desporto, em 2012, já foram realizadas mais de 2.500 ações de sensibilização e de formação junto de crianças, jovens, treinadores e treinadoras, pais ou dirigentes, tendo atingido de forma direta 125 mil participantes.
O PNED esteve presente em cerca de 900 eventos desportivos abrangendo perto de 320 mil participantes; lançou 33 publicações (didáticas, investigação ou informativas); promoveu cerca 44 edições de concursos sobre ética desportiva (…) criou a Bandeira da Ética (modelo único e inovador de certificação de boas práticas) com cerca de 1 700 entidades registadas e cerca de 500 certificações emitidas e o Cartão Branco com 71 entidades aderentes, envolvendo 25 modalidades e cerca de 2 800 amostragens. Venceu ainda os prémios internacionais do Movimento Europeu de Fairplay, em 2016, e da Peace and Sports, em 2021.
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