Com início a a 24 de outubro e patente até 25 de abril de 2021, o Museu da Indústria Têxtil do Vale do Ave, em Calendário, Vila Nova de Famalicão, dá a conhecer parte relevante da história da Indústria Têxtil em Guimarães.
A Exposição ‘Indústria Têxtil de Guimarães: do sistema antigo ao advento das máquinas’ tem como ponto de partida a coleção documental da Fábrica do Castanheiro (1885-2013), considerada por Paula R. Nogueira ‘o motor da cidade industrial‘. Assinale-se que, por essa época, “em Portugal, o fervor industrializante também aconteceu, particularmente na indústria têxtil, nos séculos XIX
e XX, com a região da bacia hidrográfica do Ave a assumir-se como território fértil para acolher a sementeira de fábricas que em poucas décadas floresceu na paisagem rural”.
Situada a poucos metros da estação de comboios, logo bem próxima do centro histórico vimaranense, a empresa liderada inicialmente por António Costa Guimarães, com a introdução da tecnologia mecânica, é uma das responsáveis pela substituição do linho pelo algodão no trabalho têxtil da região. Apesar da mudança, Guimarães mantém-se até hoje ligada à indústria têxtil e esta é a sua principal atividade económica.
Na exposição, desenvolve-se uma leitura em torno dos principais acontecimentos, personalidades e fábricas têxteis que estiveram no centro de um movimento industrial transformador do século XIX, tais como a referida Fábrica do Castanheiro, mas também a Fábrica do Moinho do Buraco e a Companhia de Fiação e Tecidos de Guimarães.
Documentos, objetos e imagens compõem a narrativa de uma industrialização tardia que despertou com a mecanização e a eletrificação, definindo o perfil industrial de Guimarães até aos dias de hoje.
Museu da Industria Têxtil do Vale do Ave
Entrada gratuita | Terça a sexta: 10h00 – 17h30 | Fim-de-semana 14h30-17h30. Encerra às segundas e feriados.
Imagem: MITVA
