Psicopedagogia | UMinho acolhe 400 participantes no Congresso Nacional de Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção

 

 

A Universidade do Minho é palco esta quinta e sexta-feira, 10 e 11 de outubro, do 2º Congresso Nacional de Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA), o maior do país na área, envolvendo 400 profissionais da saúde, educação e pais inscritos. A PHDA é o distúrbio neurocomportamental mais prevalente entre crianças e adolescentes, ao atingir 5 a 7% desta população, estimando-se que metade mantém os sintomas em idade adulta.

A Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção tem por critério um impacto em mais do que contexto quotidiano da vida do indivíduo. Em grande parte do desenvolvimento, um dos contextos em que o impacto da PHDA é maior é o contexto escolar. Seja qual for a forma de expressão clínica desta perturbação, as dificuldades em regular a atenção e o comportamento têm um impacto muito significativo na vida das pessoas que sofrem de PHDA. Em consequência o impacto generaliza-se à família e aos professores e colegas. A obrigatoriedade de 12 anos de escolaridade obrigatória, a exigência académica que os pais e a sociedade colocam como fator de pressão e os modelos pedagógicos vigentes são fatores que tornam o percurso escolar um caminho em que as dificuldades de desenvolvimento das pessoas com esta perturbação se expressam de forma significativa. Mas os problemas causados pela hiperatividade e pelo défice de atenção prolongam-se ao longo de toda a vida.

A sessão de abertura acontece ao início da manhã de quinta-feira, às 9h00, com José Boavida, presidente da Sociedade Portuguesa de Défice de Atenção, e Leandro Almeida, presidente do Instituto de Educação da UMinho, as entidades que organizam o evento, numa parceria com a Federação Mundial de PHDA e a Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Seguem-se durante a manhã as intervenções “Porque é tão difícil tratar estes menores”, pelo psiquiatra Carlos Filipe, da Universidade Nova de Lisboa, “Eficácia e segurança dos fármacos”, pelo pedopsiquiatra Alessandro Zuddas, da Universidade de Cagliari (Itália), “Responsabilidade penal das pessoas com PHDA”, pelos juristas David Morillas Fernández e Alberto Pintado Alcázar, da Universidade de Múrcia (Espanha), e “Nova abordagem terapêutica na PHDA em Portugal”, pela pedopsiquiatra Maria da Conceição Rosário, da Universidade Federal de São Paulo (Brasil).

“Ao contrário do que se pensava, hiperatividade e défice de atenção é uma condição que persiste em muitos casos na vida adulta e pode ter consequências devastadoras ao longo da vida. Nos últimos anos aumentou a discussão pública sobre o tema, mas nem sempre bem fundamentada, ao ignorar os impactos provocados nos pacientes e seus familiares”, explica José Boavida.

O programa conta com a apresentação de 25 comunicações e 16 posters, havendo prémios para os melhores trabalhos. Entre os temas a abordar sobre a PHDA incluem-se os mitos, a desregulação emocional, a produtividade e criatividade, o comportamento alimentar, o impacto na linguagem, as ligações à epilepsia, a intervenção sem fármacos e o stress familiar.

A tarde de sexta-feira está reservada para workshops sobre aquela perturbação nas idades pré-escolar, escolar e adulta.

Este congresso segue-se à edição de Coimbra, em 2018, e a sete simpósios da Sociedade Portuguesa de Défice de Atenção, que nasceu há três anos. O público-alvo inclui profissionais, investigadores e estudantes das áreas de medicina, enfermagem, psiquiatria, psicologia, educação, educação especial, terapias e demais interessados no processo de avaliação, diagnóstico e tratamento da PHDA. O congresso decorre nos auditórios A1, A2 e A3 do Campus de Gualtar, em Braga.

Fonte e Imagem: UMinho

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