De 16 a 20 de agosto Viana do Castelo transforma-se no maior palco de valores culturais. É na incomparável Romaria de Nossa Senhora d’Agonia que a tradição atinge o seu maior expoente. Pelas 08:30h dá-se inicio à Romaria com a Alvorada. E logo a seguir com o circuito do Feirão.
Hoje, o nome da santa está associado à rainha das romarias e às múltiplas tradições da maior festa popular de Portugal: a romaria em honra de Nossa Senhora da Agonia, nascida em 1772 da devoção dos homens do mar vindos da Galiza e de todo o litoral português para as celebrações religiosas e pagãs, que ainda hoje são repetidas anualmente na semana do dia 20 de agosto, feriado municipal.
Logo no primeiro dia realiza-se o Desfile da Mordomia, momento em que os diferentes trajes coloridos das freguesias de Viana de Castelo se encontram e mostram, de uma só vez à cidade. Trata-se de uma tradição cada vez mais enraizada entre as jovens e mulheres de Viana do Castelo e que junta várias gerações, num quadro único das festas. Este ano serão mais de 600 mulheres a desfilar pelas principais artérias da cidade, por entre a beleza e o orgulho, enchendo-se da típica “chieira” para mostrarem os mais belos trajes das freguesias de Viana do Castelo, que ganham maior brilho pelo ouro que carregam.
A festa faz-se sempre ao som dos bombos e das tarolas, no seu habitual ritmo ensurdecedor que ecoa por toda a cidade. Sempre ao meio-dia, doze morteiros misturam-se com este ribombar característico, dando início a um dos quadros da Romaria d’Agonia que atrai cada vez mais admiradores: a Revista de “Gigantones e Cabeçudos”, que chega a juntar mais de 200 tocadores de bombos e duas dezenas de figuras na Praça da República. São também centenas os artistas populares que dão o seu melhor em poucos minutos de atuação, acompanhados dos gigantones e cabeçudos da festa, que dançam de uma forma desajeitada para delícia de quem assiste.
A etnografia tem o seu espaço no Cortejo Etnográfico, no dia 17, onde se pode admirar os belos trajes de noiva, mordoma e lavradeira, vestidos por por lindas minhotas que ostentam peitos repletos de autênticas obras de arte em ouro, e ainda na Festa do Traje, no dia 18, que celebra este ano o seu centenário e onde os curiosos e amantes da tradição são desafiados a perceber a origem e história dos usos e costumes associados ao traje e, a arte de bem trajar e ‘ourar’ pela genuína moça de Viana.
No dia 18 há ainda uma verdadeira corrida às margens do Lima à procura do melhor lugar para assistir aos 30 minutos da já típica “Serenata” de fogo, que envolve o lançamento de fogo a partir do rio e de vários outros pontos ao longo das suas margens, iluminando toda a cidade.
A Procissão ao Mar, no dia 20, e as ruas da Ribeira enfeitadas com os tapetes floridos, são testemunhos da profunda devoção religiosa. A já chamada popularmente “Noite dos Tapetes” acontece sempre de 19 para 20 de agosto, antecedendo o dia da padroeira da festa, e transforma as ruas da ribeira de Viana do Castelo numa verdadeira mostra de arte popular e de uma beleza incomparável. São cerca de mil metros de ruas atapetadas na Ribeira de Viana.
As gentes da ribeira, com os corações carregados de fé à padroeira dos pescadores, a Senhora d’Agonia, trabalham durante toda a noite, até a manhã seguinte, para enfeitarem as suas ruas com tapetes de sal e centenas de motivos alusivos à cidade e, claro está, à pesca. A toda a esta azáfama assistem milhares de pessoas que se perdem pelas tasquinhas da ribeira, animadas durante toda noite com concertinas e cantares ao desafio.
Centenas de mãos de moradores, familiares e até curiosos, trabalham mais de 30 toneladas de sal colorido para decorar as seis ruas da ribeira de Viana do Castelo que recebem no maior esplendor, o andor da Senhora d’Agonia, depois da Procissão ao Mar.
Poderá consultar o programa completo aqui.
Fonte e imagens: Viana Festas
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