“Para superar os desafios causados pelo aumento acentuado do preço das matérias-primas, especialmente sintéticas, e pelo abrandamento do mercado, a Fitor está a apostar no dinamismo comercial e na inovação. Fios com ácido hialurónico e antibacterianos sem prata fazem parte das propostas da empresa”, refere o Portugal Têxtil, publicação especializada em ITV, em reportagem publicada após a participação da empresa na MEDICA – TradeFair, a maior feira médica do mundo, entre 12 e 15 de novembro, onde esteve a apresentar os têxteis hi-tech por si produzidos destinados ao setor da saúde.
“O setor está a passar um período de alguma instabilidade e há alguma incerteza”, referiu António Pereira, o CEO da empresa, sediada em Avidos, Vila Nova de Famalicão, deixando transparecer alguma inquietação em relação ao futuro. Segundo o próprio, a incerteza deve-se a ligeiro “abrandamento económico, evidente na Europa” que se traduz em incerteza em relação às encomendas, mas sobretudo, neste momento, “incerteza muito séria do preço das matérias-primas”.
Texturização, torcedura, tinturaria, bobinagem e acabamentos fazem parte dos processos produtivos em pleno funcionamento na Fitor. A Fitor, especialista em fios de fibras sintéticas – fibras ocas, estampadas, recicladas, termo-reguladoras, anti-estáticas, repelentes de água -, emprega atualmente cerca de 75 pessoas e tem uma capacidade produtiva de 70 toneladas mensais de fios de poliamida e de poliéster. No sentido de se adaptar a novas condições de mercado, e continuar a criar valor económico e social, tem vindo a reorientar a sua estratégia, nomeadamente através de dinâmica comercial, com forte aposta nas inovações, mas também ao nível da evolução dos preços que é necessário repercutir nos clientes.
Nesse sentido, a Fitor aproveita as atuais tendências do mercado. É o caso do inovador fio com ácido hialurónico, com propriedades antibacterianas e antienvelhecimento para ser usado na produção de peças de primeira camada ou “next to skin” devido ao tratamento a que é sujeito.
Mas, na área da inovação, a Fitor não se fica por aqui. A fiação conta também com fios antimosquito e antibacterianos sem utilização de prata, desenvolvidos em parceria com a Smart Inovation. Trata-se de “uma vantagem” da empresa, sublinhou António Pereira ao Portugal Têxtil. “É uma área que tem vindo a crescer devagarinho, são fios muito interessantes”.
Em relação aos produtos mais diretamente relacionados com a moda, António Pereira acrescentou: “Já fazíamos reciclados há muito tempo, tínhamos algumas coisas, e, apesar de se falar muito, demorou tempo a pegar. Mas agora está na rampa de crescimento. Já temos muitos pedidos e acredito que ainda vamos ter mais”, revela o empresário sobre um tipo de produtos que atualmente se encontra no topo da procura.
Face à instabilidade do mercado, a Fitor pretende, apesar desse facto,, manter o volume de negócios, que em 2017 rondou os 7,5 milhões de euros, e, sobretudo, as margens de comercialização.
Após um período de investimento na produção interna, a consolidação da empresa é neste momento o mais importante. “Também não há o objetivo de crescer muito, porque isso obriga depois a mais investimentos e a mais gente. O barco fica maior e barcos grandes são mais difíceis de manobrar. Tem corrido bem e é para continuar. Queremos reafirmar, manter o nome e expandir lá fora”, adianta António Pereira. “Estamos no bom caminho. Continuamos a ser uma empresa bem vista, uma empresa líder. O único argumento que os nossos concorrentes têm é, eventualmente, um preço mais barato. Mas quando há qualidade, tanto no serviço, como no produto, os clientes trabalham connosco”, concluiu.
A Fitor iniciou suas atividades industriais em 1964 e é uma das maiores empresas na Europa nas áreas de texturização e tingimento, particularmente na área das fibras sintéticas, setor em que é pioneira. A empresa tem como objetivo o desenvolvimento de soluções à medida dos clientes, fornecendo fibras de elevada qualidade e prestando um serviço de valor acrescentado.
Nesse sentido, cria e desenvolve misturas inovadoras de fibras texturizadas e investe no desenvolvimento de soluções personalizadas nas mais diversas áreas do ramo têxtil, nomeadamente: meias, artigos de desporto, vestuário, artigos de decoração, tecelagem estreita, rendas, seamless, entre outros. Alguns destes desenvolvimentos incluem acabamentos como: antibacterianos, anti-UV, neutralizador de odor, retardante de chama, hidrofilidade, alta resistência à lavagem, protecção da água salgada, fluorescentes, fibras com aromas (aloe vera, lavanda, limão, ginseng…), sensação de frescura e calor, e cuidados de saúde.
Algumas das inovações são aplicadas diretamente na fibra, algumas no processo de acabamento e outras através da utilização da tecnologia de microcápsulas. Desta forma, texturiza e tinge uma ampla gama de fibras, cujas cores são utilizadas por algumas das mais prestigiadas marcas desportivas.
A produção de fibras de Poliamida e de Poliéster é certificada de acordo com as normas da Oeko – Tex Standard 100 classe 1, assim garantindo que a Fitor cumpre os critérios mais rigorosos em matéria de ecologia humana e de responsabilidade social.
Fontes: Portugal Têxtil, Fitor e Famalicão MadeIN
Imagens: Fitor
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