Arte | Contextile 2018. Mix de tradição, inovação, cultura e criatividade afirmam Guimarães como Território Têxtil

 

 

Já não falta muito para Guimarães receber aquela que é considerada a mais importante mostra de Arte Têxtil Contemporânea, a Contextile. Em 2018, a bienal, que já vai na sua 4ª edição,  apresentará intervenções artísticas da norte americana Ann Hamilton, na qualidade de artista convidada, uma grande Exposição Internacional, a intervenção de Dvora Morag, residências artísticas, workshops temáticos e as TextileTalks, bem como as exposições ‘Fiber Art Fever!’ e ‘Magic Carpets’, entre outras, que ilustram o envolvimento e a cooperação entre o património, indústria têxtil e a criação artística contemporânea.

 

 

A abertura da Contextile será a 1 de setembro e a exposição irá prolongar-se até 20 de outubro pelos diferentes espaços culturais e públicos da cidade, com mais de 200 artistas e obras de todo o mundo.

Ao contar com a parceria institucional do Município de Guimarães e o apoio da Dgartes | Ministério da Cultura, aos quais se juntam, entre outras, as parcerias com a ATP – Associação Têxtil e do Vestuário de Portugal e com a ASM – Associação Selectiva Moda, que atribuirão Prémios de Aquisição no decorrer da Bienal, esta Contextile 2018 não só pretende entrelaçar a tradição e inovação no têxtil com a cultura e a criatividade, como também procura afirmar a cidade de Guimarães como Território de Cultura Têxtil.

Nesta 4ª edição, a Contextile 2018 tem por referência o conceito (in)organic, transversal a todas as criações artísticas e conteúdos programáticos, desafio que colocado aos artistas participantes.

Assim, para esta celebração da cultura têxtil a Contextile 2018, através de um júri multidisciplinar, selecionou previamente 58 obras de 51 artistas, oriundos de de 26 países, entre os quais Portugal e África do Sul, mas também da Europa, América e Ásia –, entre os 630 artistas (de 62 países) que apresentaram 840 trabalhos a concurso para a Exposição Internacional, a partir dos critérios base do regulamento: elevada criatividade, originalidade e competência técnica em torno do elemento têxtil, pela construção, tema, conceito ou material utilizado, mas também tendo por base o conceito temático (in)organic.

 

Ann Hamilton + Dvora Morag

Por sua vez, Ann Hamilton, artista e Professora responsável pelo Departamento de Arte da Universidade de Columbus, Ohio, reconhecida internacionalmente pelo seu trabalho em contexto, e de envolvimento sensorial de suas instalações multimédia em grande escala, está a realizar uma intervenção na cidade de Guimarães expressando a interligação da arte contemporânea, o têxtil e a sua envolvente territorial e espacial. Considera a Contextile que este é “um enorme contributo para a afirmação da arte têxtil contemporânea”, num território que se pretende seja de cultura têxtil.

Num outro âmbito, procurando dar continuidade a uma estratégia de cooperação e aproximação entre o Bordado de Guimarães e a Indústria Têxtil com a arte têxtil contemporânea, a Contextile 2018 convocou artistas nacionais e internacionais para a realização de residências artísticas que decorrerão no Convento de Santo António dos Capuchos, com o objetivo da criação e produção de obras artísticas, partindo da temática proposta pela Bienal.

A israelita Dvora Morag é outro nome com expressão artística relevante na área do têxtil, que se propôs criar e produzir uma intervenção artística no CAAA, em torno do conceito temático do (in)organic.

vn online | contextile 2018

 

TextileTalks + Workshops + Magic Carpets

Já as TextileTalks são parte fundamental da ação da Bienal, para o enquadramento do têxtil no contexto da arte contemporânea, centrando-se na reflexão e debate de projetos e ideias. Estas irão decorrer logo depois da inauguração, a 2 e 3 de Setembro, na BlackBox / CIAJG, Guimarães. Aí estarão em diálogo artistas da bienal, convidados e público interessado em partilhar e debater os seus projetos e ideias.

Na constante procura de envolver e incitar a cooperação entre o património e indústria têxtil e a criação artística contemporânea, a Contextile 2018 promove também os workshops “Cyanotype Portraiture” (com Cindy Steiler) e “(In) Print” (com Andreia Sá e Nuno Carmo no qual os participantes são convidados a trazer uma imagem digital ou a criar auto-retratos no espaço de formação, que posteriormente podem ser emolduradas e expostas como estão ou incorporadas numa colcha, bordado ou num projeto de técnica mista.

Como importante mostra de Arte Têxtil Contemporânea que vem deixado a sua marca desde 2012, aquando da Capital Europeia da Cultura, a Contextile 2018 estabeleceu uma parceria com o coletivo francês “Fiber Art Fever!”, pelo que apresenta uma exposição com obras de cerca de 20 artistas franceses, com curadoria conjunta e em coerência com o conceito temático desta Bienal, para ver no Palacete Santiago e Museu de Alberto Sampaio.

Paralelamente, também recebe dois artistas da plataforma europeia Magic Carpets. Esta plataforma reúne 13 parceiros europeus e está focada na mobilidade de artistas emergentes para trabalhar com comunidades locais, num processo criativo e colaborativo. No âmbito desta Contextile 2018 fixarão residência artística na Casa da Memória.

 

Residências artísticas + visitas em contexto

Também a BILP, Biennale Internationale du Lin de Portneuf, Quebec, Canadá, participa nesta Bienal com duas residências artísticas no Convento de Santo António dos Capuchos, numa parceria de cooperação entre bienais e territórios de cultura têxtil.

Por sua vez, na sua relação com a comunidade e na continuidade das edições anteriores, a Contextile 2018 convidou escolas artísticas com disciplinas de técnicas têxteis, a Escola Artística Soares dos Reis (Porto), Escola Artística António Arroio (Lisboa), FBAUL (Lisboa), desafiando os alunos e as escolas para a criação e produção de trabalhos de arte têxtil, que serão apresentados em forma de exposição e instalação no Instituto de Design de Guimarães. Serão ainda realizadas outras atividades conexas, como workshops, talks e visitas em contexto.

 

 

Fonte: Contextile – Bienal de Arte Têxtil Contemporânea de Guimarães

 

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