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Portugal arde e a caravana passa

 

 

Os impactos ambientais de um incêndio são mais que conhecidos, desde a destruição da biodiversidade, a emissão de gases nocivos, os solos ficam vulneráveis potenciando a erosão e o deslizamentos de terras e ainda temos ocorrências de cheias. Contudo, as consequências não se ficam por aqui. Morrem pessoas, morrem animais, casas ficam destruídas, o trabalho de uma vida é consumido em segundos.

Segundo um relatório disponibilizado no site do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) no período compreendido entre 1 de janeiro e 15 de julho de 2021, ocorreram um total de 4.263 incêndios rurais que resultaram em 12.123 hectares de área ardida. Até ao momento, e só no período declarado como de situação meteorológica extrema, é estimado que já arderam 10.000 hectares!

Se a narrativa em contexto Covid-19 foi que ninguém estava preparado, a pergunta que se impõe é: quantos incêndios, quantas mortes, terreno ardido, casas destruídas, vidas desfeitas são precisas para que se executem políticas de prevenção?

Não tenho dúvidas que muitos destes incêndios têm mão criminosa, nestes casos deve a justiça funcionar exemplarmente. Contudo, sabemos que é por falta de um bom planeamento e gestão florestal que um incêndio que poderia ser facilmente controlado ganha dimensões catastróficas.

Pedrógão, Santo Tirso… Portugal…

Pedrógão ficou lá atrás, esquecido no tempo, como uma mancha qualquer que tentam apagar, esquecendo quem nos governa que não existe borracha no mundo que apague da memória o que lá se passou. E embora, para as estatísticas continuem a interessar, unicamente, as vítimas humanas, não podemos esquecer os milhares de animais que morrem carbonizados, deixados para trás, esquecidos também eles aquando da elaboração de planos da proteção civil.

E se Pedrógão ficará para sempre na nossa memória, também Santo Tirso ficará marcado pelos piores motivos. Passados 2 anos da tragédia que matou mais de 100 cães e gatos continuamos a não ter justiça. O processo continua parado, à espera não se sabe bem do quê, testemunhas que não foram ouvidas, responsabilidades que não foram apuradas.

Os incêndio de Pedrógão e Santo Tirso, a juntar aos mais recentes e a tantos outros, mostram um Portugal com tantas mais valias e atrativo a ser trucidado por todo o lado. Os gritos e pedidos de ajuda são bem audíveis, mas a caravana continua a passar fazendo orelhas moucas.

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