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Maior reserva marinha protegida da Europa criada nas Ilhas Selvagens

 

 

Portugal tem agora a maior reserva marinha totalmente protegida da Europa, com uma extensão de 2.677 quilômetros quadrados. Situada ao redor das Ilhas Selvagens, a decisão acaba de ser anunciada pelo Governo Regional da Madeira que, esta segunda-feira, 29 de novembro, fez entrar em vigor um novo regime jurídico sobre a esta área marinha que é reserva natural desde 1971.

A National Geographic que, através do seu projeto Pristine Seas, estudou as Ilhas Selvagens em setembro de 2015 em parceria com o Oceano Azul e a Fundação Waitt, de imediato manifestou a sua alegria e satisfação pela decisão que chega num momento em que se assinalam 50 anos da criação da Reserva Natural das Ilhas Selvagens.

Pelo seu território muito agreste e isolado, constituído por duas ilhas principais e várias ilhotas, que, tal como quase todas as ilhas da Macaronésia, têm origem vulcânica, as Ilhas Selvagens são um santuário para a vida selvagem, em particular as aves. Situado no Atlântico Norte, a meio caminho entre a Madeira e as Canárias, o pequeno arquipélago encontra-se  a 165 quilómetros a norte do arquipélago espanhol, a 250 quilómetros ao sul da cidade do Funchal (na ilha da Madeira), a cerca de 250 quilómetros a oeste da costa africana e a cerca de 1000 quilómetros a sudoeste do continente europeu.

O trabalho da National Geographic

Durante a expedição, a equipa de investigadores da National Geographic Pristine Seas destacados para o local conduziu o que foi um dos primeiros levantamentos subaquáticos do ecossistema das ilhas Selvagens – desde o raso às profundidades – e filmou a biodiversidade em redor das ilhas. No trabalho desenvolvido, a equipa foi capaz avaliou comunidades e habitats pelágicos, isto é, de alto mar, além da flora e fauna rasas observadas durante os mergulhos. A partir das observações do ecossistema, estes investigadores descobriram que as águas abertas ao redor das ilhas eram afinal um ponto de passagem vital para a migração de peixes e mamíferos no Atlântico, enquanto as águas próximas à costa forneciam importantes habitats de berçário.

‘Sabemos que é fundamental proteger os corredores migratórios dos quais a vida marinha depende. Esta reserva marinha recém-criada garantirá que a impressionante biodiversidade subaquática do arquipélago das Selvagens seja protegida e continue a prosperar’, afirma Paul Rose, líder da expedição National Geographic Pristine Seas.

25 reservas marinhas em todo o mundo apoiadas pela National Geographic

Com o estabelecimento da reserva marinha das Ilhas Selvagens, Pristine Seas apoiou a criação de 25 reservas marinhas em todo o mundo. Atualmente, menos de 8 por cento do oceano está protegido, o projeto visa trabalhar com as comunidades locais, governos e parceiros para proteger pelo menos 30 por cento do oceano até 2030, aumentando significativamente a conservação dos oceanos para mitigar as mudanças climáticas e garantir um planeta mais saudável para tudo.

Governo Regional da Madeira considera imperativo ético deixar mundo melhor às novas gerações

governo regional da madeira - reserva natural das ilhas selvagens

‘A área de proteção das Selvagens do Governo Regional não é apenas uma decisão política, é uma decisão que comporta um imperativo ético: temos obrigação de delegar às novas gerações um mundo melhor do que aquele que recebemos!’, salienta Miguel Albuquerque, o presidente do Governo Regional da Madeira, na cerimónia de apresentação pública do novo regime jurídico da Reserva Natural das Ilhas Selvagens, que decorreu, nesta manhã de segunda-feira, no salão nobre do Executivo madeirense.

Uma vez que ‘os oceanos, que cobrem dois terços do planeta e mais de 90% do espaço vital da Terra, controlam o clima, produzem a maior parte do oxigénio que respiramos e são a fonte principal de proteínas’, Miguel Albuquerque reforça que ‘as nossas vidas dependem, pois, dos ecossistemas oceânicos saudáveis. Se não estiverem saudáveis a nossa vida vai declinar até uma fase irreversível’.

Enunciando uma visão de futuro, o líder madeirense lembra também que ‘esta é uma decisão que assenta na necessidade de apostarmos numa área de regeneração, uma área de preservação, uma área de estudo, de modo a que outros países e regiões sigam o nosso exemplo’. É, por isso, ‘importante pensarmos num Portugal oceânico e tirarmos as maiores potencialidades desses quatro milhões de quilómetros quadrados que formarão a nossa plataforma oceânica’.

‘Este é um trabalho que é para continuar’. ‘89% do nosso mar até às 12 milhas têm um tipo de proteção e 65% do espaço terrestre têm proteção’. Há, portanto, que continuar a incentivar as novas gerações ‘a cumprir’ com o ‘imperativo ético’ de ‘deixar o mundo melhor às sucessivas gerações’.

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Imagem: 0) Maria Figueiredo, 1) GovR-RAM

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