A política no tempo dos tempos

 

 

Olhar o Ser Humano como um autómato foi, ao tempo da primeira revolução industrial, um sonho do empresário que pensava que a servidão até aí existente num povo analfabeto e que vivia cada dia na expectativa de que houvesse algo para comer perduraria no tempo. A nova organização mundial que estava a construir não iria ter os percalços que veio a ter.

O problema é que o novo modelo económico e de organização política e social que a revolução industrial trouxe para a espiral em forma piramidal dos povos para além dos benefícios sociais imediatos impulsionou condições propícias a mudanças radicais e de rotura com o modelo feudal existente.

Às alterações de hábitos e de rotinas acresceu condições de autonomia que fomentaram a organização social em torno de movimentos reivindicativos e de classe sociais que passaram a existir assim como uma nova organização política assente em partidos políticos representativos da cidadania que lutava contra a tirania dinástica de então acoitada em modelos de chefe supremo: Reis; Czares; Imperadores; e outros; suportados por braços tentaculares de religiões que dominavam o mundo espiritual e através deste o mundo físico.

A educação passou a ser uma necessidade por imperativo de adaptação ao mundo em industrialização e a literacia uma condição para melhor entendimento dos procedimentos de que a indústria carecia.

Pensar que nos dias de hoje esta filosofia social ainda é aplicável para que surta efeitos na produção industrial é o mesmo que pensar que a máquina a vapor ainda não foi ultrapassada.

Assim como; continuar a pensar que os homens de hoje reagem da mesma forma que reagiam à séculos atrás, é ter uma concepção errada sobre todo o processo de evolução das coisas e do mundo e a tola noção de que o universo parou no tempo.

Este tem sido o erro de análise por conveniência grosseira de continuidade do usufruto nos privilégios legados, de todos os movimentos políticos de direita no cenário geoestratégico social em todas as suas vertentes desde a formação à organização das sociedades em todos os cenários existentes e valências culturais transitadas tenham a arquitetura geográfica que tiverem no seu impacto internacional de interação pacífica ou de reação nas suas diversas formas.

Acontece que o resultado conseguido no universo das contradições sociais e outras gerado, tem surtido condições para que a contestação cresça e dessa forma, o mundo ” pule e avance “.

… Porque, no que toca ao efeito colateral do investimento em modelo de concorrência visando mais-valias, este segmento do tecido social, na sua valência empresarial, tem tido a lucidez suficiente para perceber que do aumento do investimento da modernização competitiva com a sua concorrência resulta uma maior fatia de lucros liquidos.

Sem se importar muito com as contradições a jusante geradoras de contestação social reivindicativa conducente a roturas com o sistema e, por essa via, conquistando melhorias significativas nas condições gerais de vida das populações entretanto assalariadas.

É neste contexto de permanente rotura social com o modelo, que desponta de uma geração completamente iletrada que faz da sua visão a visão geral formatada pela classe dominante: política e socialmente, tentando assim conter a celeridade do processo de libertação intelectual dos indivíduos.

Trata-se de uma geração que a quarta revolução industrial entendeu dever ser meramente técnica porque são essas as suas necessidades estruturantes num tempo em que entende deverem a inovação e o conhecimento estagnar por imperativo de relação entre a oferta e a procura.

Há muito tempo que sabem de nada lhes servir aumentar a quantidade de géneros produzida se não construírem condições sociais que permitam o aumento do consumo em contradição com a perda de poder de compra motivada pela desocupação assalariada sem contrapartida tanto nos seus recursos financeiros como na ocupação física e mental das suas faculdades.

Ora, é nesta vertente que o pensamento político se tem de movimentar no sentido de encontrar soluções para os homens mais do que para a economia.

Porque, por muito que os tecnocratas se preocupem com a economia, são os problemas das pessoas que têm de resolver.

Com uma certeza:

– Sem consumidores, os homens, não há economia nenhuma!

Em conclusão final:

– a política é a ciência que aprofunda o conhecimento sobre a organização das sociedades e do meio ao longo da sua existência.

Anote-se o registo para memória futura…

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