Braga continua a apoiar técnica e financeiramente os produtores de castanha da região no combate biológico à ‘Vespa das galhas do castanheiro’, uma praga que tem afectado a produção de castanha e que está perto de estar controlada a nível nacional. Para este ano, no concelho de Braga estão previstas mais quatro largadas do Torymus Sinensis, um insecto parasitóide específico que tem sido a melhor forma de luta contra esta praga.
As acções vão ser realizadas em Gondizalves, Tebosa e em duas explorações agrícolas na freguesia de Palmeira, locais onde já foram efectuadas as respectivas visitas técnicas pela comissão técnica local e validados os requisitos de infestação definidos pela Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte.
“Trata-se de uma praga agressiva e, perante os conhecimentos técnicos, o tratamento químico é ineficaz e tem um impacto negativo no ambiente. A luta biológica apresenta-se como o meio mais eficaz com a realização de largadas sucessivas de populações do himenóptero ‘Torymus Sinensis’, que é o parasitóide das larvas da vespa da galha do castanheiro”, explica Altino Bessa, vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Braga.
Programa BioVespa pretende atingir equilíbrio biológico
Em 2016, o Município de Braga, aderiu ao protocolo nacional BioVespa, que visa a luta biológica em focos de infestação, um plano de acção realizado em colaboração com a RefCast (Associação Portuguesa de Produção de Castanha) e com a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte. A vespa das galhas do castanheiro foi detectada em Portugal em 2014, na região Entre Douro e Minho e, segundo dados da RefCast, esta praga está perto de estar controlada devido ao trabalho das entidades competentes juntamente com as equipas técnicas das comissões locais, que prontamente se tornaram unidades de trabalho. Apesar de 2020 ter sido um ano atípico nesta luta, foi constatado, através de amostras recolhidas, que o insecto auxiliar (Torymus siniensis) se instalou em algumas localidades e se multiplicou nas zonas de produtores afectados.
“O trabalho que temos vindo a realizar está a surtir efeitos, mas temos de estar vigilantes até que a natureza atinja o seu próprio equilíbrio ecológico e esta praga se situe em níveis que não sejam tão nefastos para a produção local”, refere Altino Bessa, sustentando que o Município de Braga está atento a estas situações no panorama agrícola.
Com a entrada do insecto parasitóide na exploração, deixará de haver a necessidade de proceder à sua dispersão a curto prazo, uma vez que o parasitóide irá actuar sobre a vespa que, embora não seja erradicada, manter-se-á em equilíbrio ecológico.
Imagens: Município de Braga
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