Depois de muitas outras querelas que têm afastado os principais partidos políticos no concelho, Esposende está agora ao rubro devido àquilo que os separa na gestão da autarquia e, em particular, no que se refere à pandemia de covid motivada pela divulgação de investimentos realizados pelo respetivo município.
Há dias, Benjamim Pereira, o presidente da Câmara Municipal de Esposende, do Partido Social Democrata, divulgou que a autarquia gastou em 2020 cerca de um milhão de euros com a pandemia.
Pouco depois, a concelhia local do Partido Socialista, na oposição, dirigida por Tito Evangelista, veio contrariar o autarca, repudiando “por completo tal afirmação”, por ser “completamente falsa”. Assim, o PS Esposende considera que “o presidente da Camara de Esposende teve um comportamento desastroso no que à pandemia diz respeito“, aproveitando a ocasião para desafiar Benjamim Pereira para um debate com o presidente do PS Esposende, Tito Evangelista.
O eventual debate foi agora liminarmente recusado por Benjamim Pereira e o PSD Esposende, através da sua Concelhia, sob o pretexto de que o local certo para debater é a Assembleia Municipal. Claro, Tito Evangelista e o PS Esposende discordam, uma vez que ninguém assiste à Assembleia Municipal, nem é permitida a recolha de imagens e som.
PSD: Quando o desespero, a hipocrisia e o populismo se apoderam da política é isto que acontece…
“O líder local do PS de Esposende vem a público desafiar o atual Presidente da Câmara Municipal, Benjamim Pereira, para um debate sobre o combate à pandemia, colocando em causa os valores já despendidos pelo município.
É importante que o povo de Esposende saiba que no local onde o líder do PS tem assento, que é na Assembleia Municipal, isto porque os Esposendenses não deram ao PS de Esposende representação na câmara, este foge permanentemente ao debate não intervindo no momento de discussão dos assuntos, e refugiando-se nas declarações de voto. Faz isto porque não está preparado para debater os assuntos com o Presidente Benjamim Pereira, numa clara assumpção de incapacidade, e sabe que, no final, pode dizer o que bem entender nas declarações de voto, pois estas não estão sujeitas a contraditório. Para quem clama por um debate, não deixa de estar a praticar uma cobardia política ao ter esta atitude, altamente reprovável e antidemocrática, e diga-se que tal não era praticado na Assembleia Municipal, pelo menos, desde 2005. Um comportamento, ou uma ratice política, que certamente terá trazido de outros tempos, de outras vidas na política local, mas que está desajustada dos tempos atuais.
Acresce a tudo isto uma constante luta do líder da bancada do PS para impedir o Presidente Benjamim Pereira de falar tentando limitar o seu tempo com constantes interpelações junto do Presidente da Assembleia Municipal. Pelos vistos, o debate que quer e advoga é um debate em que só ele pode falar e os outros têm que ouvir sem poderem manifestar os seus pontos de vista e defender as suas propostas.
Os debates surgirão, se forem considerados um contributo para o esclarecimento dos munícipes, no momento próprio. Até lá, há que lidar com o respeito pelos resultados das eleições autárquicas de 2017 e aí o PS de Esposende foi brindado com um resultado desastroso. Neste momento o PS de Esposende não vale aquilo que o seu líder pensa, vale aquilo que o povo decidiu que vale, e por este caminho e com estas atitudes que fazemos questão de denunciar, valerá cada vez menos.
E já agora, para quem tanto quer debater, foi precisamente este partido que propôs uma assembleia sem intervenções políticas, pois sabia que ia ser apresentado e discutido o melhor orçamento de sempre da Câmara Municipal, mesmo num contexto tão adverso como o atual. Para quem tanto quer debater, há aqui uma clara contradição.
Quanto aos factos aduzidos que justificariam um debate, importa referir que o valor em questão, considerando isenções e apoios diretos atinge mais de um milhão de euros investidos no combate a esta pandemia. Quanto ao resto, é do domínio público as muitas e assertivas medidas tomadas e os muitos apoios dados às instituições, empresas e pessoas mais desfavorecidas, que inclusive foram secundados por outros municípios.
Gostaríamos era de ver o PS de Esposende preocupado e a pedir ao governo do seu partido para ajudar o município de Esposende, que ainda não viu um cêntimo dos apoios que tanto prometeram para o combate à pandemia.
Nada que nos surpreenda.
E é por isto, por estas atitudes, que os Esposendenses continuam a saber bem em quem confiar e em quem não confiar para gerir os destinos deste concelho.
A Comissão Política do PSD de Esposende aproveita para felicitar e deixar o seu reconhecimento ao Sr. Presidente da Câmara Benjamim Pereira, ao seu executivo, e a todos quantos têm lutado nesta guerra sem tréguas, pela forma serena, profissional e altamente responsável como têm gerido esta situação tão difícil para todos nós”.
PS: Em resposta ao comunicado do PSD…
“O PSD Esposende veio rejeitar o debate público entre o presidente da Câmara, Benjamim Pereira, e o líder do PS Esposende, Tito Evangelista, sobre a atuação da câmara na resposta à pandemia, debate esse a ser transmitido em direto pela internet e moderado por jornalistas.
Num longo e redundante comunicado, com argumentos requentados e sem sentido, Benjamim Pereira remete o assunto para a Assembleia Municipal, tal como o PS disse que ele faria, onde impedem a transmissão pública, bem como a gravação de imagens e de som da Assembleia.
Benjamim Pereira, e o PSD local, têm medo do debate público. Como se diria no desporto, gostam de “jogos à porta fechada”, sem público, em que o árbitro seja controlado por eles para garantirem que o resultado é definido mesmo antes do jogo, se assim não for não permitem que haja “jogo”.
Benjamim Pereira, a terminar o segundo mandato como presidente da câmara de Esposende, nunca aceitou fazer um debate público com os adversários, como não aceitou agora fazê-lo com Tito Evangelista, líder do maior partido da oposição.
A democracia em Esposende é uma mera formalidade em que ao estilo de Trump, Benjamim Pereira, insulta os adversários, julga-se dono da terra, intoxica a opinião pública com notícias falsas, e despreza os jornalistas, que seria quem iria moderar o debate proposto pelo PS Esposende”.
Imagens: PSD EPS + PS EPS
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