Acerca do Autor
Comente este artigo
Only registered users can comment.
Défice orçamental volta a agravar contas públicas em 2020 e 2021
Depois de anos de regresso ao equilíbrio e até mesmo excedente das contas públicas, a pandemia de Covid-19 tem vindo a complicar a situação orçamental e financeira do país. Ainda assim, o défice público de 2020 ficou abaixo das estimativas do Governo, embora próximo dos 6,3% do PIB. Já para 2021 o Executivo prepara-se para corrigir a meta do défice para um valor mais elevado, uma vez que o Ministério das Finanças prevê que o défice deste ano seja superior aos 4,3% do PIB previstos no Orçamento do Estado para 2021.
O défice orçamental no ano de 2020 – a diferença entre o dinheiro que sai e entra nos cofres públicos, divulgado pela Direção-Geral do Orçamento na execução orçamental – situou-se nos 10.320 milhões de euros, um agravamento de 9.704 milhões face a 2019, motivado pela pandemia de Covid-19, o que levou à descida das receitas fiscal e contributiva em 5,6% e ao aumento das despesas, nomeadamente de apoio às famílias e empresas, em 5,3%.
Estes efeitos, que representam um valor superior em 17 vezes superior ao valor registado em 2019, justificam um agravamento adicional do saldo de, pelo menos, 4.532 milhões justificados:
Entre as medidas que fizeram crescer a despesa saliente-se o aumento do investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) em 65% e o reforço de 9.078 profissionais de saúde.
Este saldo orçamental de 2020, calculado em contabilidade pública, difere significativamente do saldo em contas nacionais, pois este incorpora informação adicional que apenas será apurada em março.
Apesar do impacto muito acentuado da crise pandémica na economia em 2020, o comportamento do mercado de trabalho foi bastante mais favorável do que o previsto, o que deverá ter um impacto positivo nas contas públicas.
A evolução mais positiva do emprego, com reflexo na receita fiscal e contributiva permite-nos antecipar que o défice orçamental em contas nacionais de 2020 deverá ficar abaixo dos 7,3% previstos no Orçamento do Estado para 2021, devendo ficar mais próximo do valor inicialmente previsto no Orçamento Suplementar de 2020, divulgou o Ministério das Finanças, em complemento aos dados da execução orçamental.
Esta melhoria ficou a dever-se ao comportamento da receita fiscal e contributiva, que, apesar de recuar teve um desempenho bastante superior ao esperado, em particular no que se refere à receita de IRS e IRC e das contribuições para a Segurança Social.
Por outro lado, a evolução da despesa terá ficado próximo do valor previsto na estimativa de 2020 incluída no Orçamento do Estado para 2021.
Apesar desta revisão para 2020 ter um efeito base positivo, o Governo não antecipa uma melhoria da previsão do saldo orçamental para 2021. A segunda vaga da pandemia, mais intensa do que o esperado, e às medidas restritivas de confinamento associadas, que obrigam a maiores apoios ao rendimento das famílias e às empresas, podem mesmo conduzir a uma revisão em baixa do cenário macroeconómico e do saldo orçamental para 2021, referiu o Ministério das Finanças.
Dinheiro | As criptomoedas estão aí para ficar sem regulamentação
Imagem: ARTV
Se considera válido o trabalho realizado, não deixe de efetuar o seu simbólico contributo sob a forma de donativo através de netbanking ou multibanco (preferencial), mbway ou paypal.
NiB: 0065 0922 00017890002 91
IBAN: PT 50 0065 0922 00017890002 91
BIC/SWIFT: BESZ PT PL
MBWay: 919983484
Obs: envie-nos os deus dados e na volta do correio receberá o respetivo recibo para efeitos fiscais ou outros.
Gratos pela sua colaboração.
*
Only registered users can comment.
Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência possível para o visitante. As informações dos cookies são armazenadas no seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar a nossa equipe a entender que seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Você pode ajustar todas as configurações de cookies navegando nas definições do seu browser.
Cookies estritamente necessários devem estar sempre ativados para que possamos salvar suas preferências para configurações de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos guardar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, será necessário ativar ou desativar os cookies novamente.