A Medalha ‘Pierre de Coubertin‘ foi instituída com a finalidade de distinguir comportamentos adornados pelo real e verdadeiro desportivismo – este, um deles. Lars Kall e Stig Kall, dois velejadores suecos, irmãos e amantes do desporto, protagonizaram um dos mais extraordinários actos desse exemplo e espírito.
O insólito evento aconteceria no decurso de uma prova olímpica de vela, nos Jogos de Tóquio, de 1964, quando os dois velejadores Lars e Stig Kall se confrontaram com o imperativo ato de suspender a busca por uma brilhante classificação.
Como os demais atletas, a sua preocupação era, naquele momento, cortar a linha de chegada e vencer a regata, o que, no caso, seria uma ajuda, uns pontos mais a juntar para a classificação final.
O inesperado acontece quando menos se espera
Em determinado momento da prova foram confrontados com um inesperado acontecimento ao verificarem que a equipa australiana, constituída por John de Dawe e Ian Winter, tinha naufragado – a embarcação encontrava-se completamente virada. De imediato, os velejadores suecos tomaram consciência de que os seus adversários se encontravam numa situação muito perigosa e necessitavam de ajuda imediata que não estava ao alcance da equipa de apoio oficial. Os dois velejadores australianos encontravam-se numa situação tremendamente angustiante, um deles ainda a lutar contra a força do mar – o outro estava já agarrado à embarcação. Os suecos alhearam-se, imediata e completamente, da prova que estavam a disputar e, o mais rápido possível, orientaram o seu barco em direcção aos necessitados australianos que foram socorridos, primeiro o Winter e depois o Dawe, ambos recolhidos para o Hayama, o barco socorrista.
Perder uma medalha, ganhar uma vida
O acto destes homens ocasionou a óbvia perda da regata, mas redundou na salvação dos australianos, gesto apreciado em todo o mundo.
A dita regata de qualificação iria ser vencida pela Nova Zelândia, seguida da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos.
Imagem: IOC
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