Ana Catarina Mendes, a presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, frisou hoje que o próximo Orçamento do Estado não colocará em causa a sobrevivência do Governo, mas a defesa do Estado social. Será um orçamento sem “cortes”, com um “reforço das prestações sociais – nomeadamente o desemprego -, do Serviço Nacional de Saúde, da escola pública, da segurança social”. Em entrevista à rádio TSF, deixou ainda a convicção de que nenhum partido de esquerda abandonará os portugueses neste momento difícil que o país atravessa.
Sobre a viabilização do próximo Orçamento do Estado, Ana Catarina Mendes mostrou-se convicta de que o documento “não recua em nenhuma das suas políticas, que reforça o Estado social, que reforça os serviços públicos, que pretende valorizar e criar emprego” terá a aprovação daqueles que “ao longo destes cinco anos fizeram um caminho com o Partido Socialista”. O Executivo está a “tratar da sobrevivência da vida em qualidade e da capacidade de vencermos esta crise em nome dos portugueses”, salientou a líder parlamentar socialista.
Admitindo que virão aí tempos difíceis, “porque a incerteza do inimigo que temos deste vírus gera a necessidade de darmos novas respostas”, a líder parlamentar socialista assegurou esperar que os parceiros da esquerda parlamentar possam estar connosco de novo com o Partido Socialista.
Donde ter aproveitado para lançar, mais uma vez, o repto aos partidos à esquerda do PS: “Estarão o PCP, o Bloco de Esquerda e o PEV contra o reforço do Serviço Nacional de Saúde, quer em termos financeiros, quer em meios humanos? Estarão os parceiros à esquerda contra a aposta na rede de cuidados continuados, que é absolutamente essencial e que foi uma das fragilidades identificadas neste período? Estarão o Bloco de Esquerda, o PCP e o PEV contra a nossa perspetiva de continuarmos a aumentar o salário mínimo nacional?”. Remataria este assunto mais à frente: “Quem é de esquerda não pode abandonar os portugueses”.
Combater a pobreza e as desigualdades
Ana Catarina Mendes considera que “nenhuma das medidas a tomar significa um recuo em relação ao que fizemos anteriormente, mas antes um reforço dessas políticas”.
“Não quero acreditar que o caminho de boa memória para os portugueses dos últimos cinco anos seja interrompido não apenas pela pandemia, mas também pela ausência de entendimento à esquerda”, uma vez que está em cima da mesa uma “agenda progressista – que pretende acompanhar os tempos, qualificando e dando mais oportunidades às pessoas -, uma agenda virada para o combate à pobreza desde a infância até aos idosos, uma agenda que permita modernizar os nossos serviços públicos”, referiu Ana Catarina Mendes.
“Nós não estamos a salvar um Governo, nós estamos a salvar um país”, atestou a presidente do Grupo Parlamentar do PS, que explicou que o Governo está a apostar numa “estratégia muito forte de combate à pobreza” e de combate às desigualdades.
BES/Novo Banco: não penalizar [ainda] mais os portugueses
Sobre o Novo Banco, a líder parlamentar do PS garantiu que “o que aconteceu no BES [Banco Espírito Santo] foi criminoso”, e “o que aconteceu com a resolução”, no período de governação do PSD/CDS, “foi um desastre”.
O Governo do Partido Socialista está a fazer “tudo o que é possível para, não incumprindo o contrato, não penalizar mais os portugueses”, asseverou.
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