Solidarity Soul e FAPAS alertam para urgência de preservação da Reserva Ornitológica do Mindelo
Pub
A Solidarity Soul e o Fundo para a Proteção dos Animais Selvagens (FAPAS) lançaram um alerta para o aumento de visitantes na Reserva Ornitológica de Mindelo, em Vila do Conde, que pode pôr em causa a “sustentabilidade desta área protegida” e, assim, colocar em causa a biodiversidade do local.
As duas instituições revelaram essa preocupação numa carta aberta, divulgada inicialmente a 17 de junho, dirigida à presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, no distrito do Porto, convidando Elisa Ferraz a realizar uma visita ao local.
“Nos últimos tempos, apesar do contexto pandémico, tem-se registado uma grande afluência de visitantes à Reserva Ornitológica de Mindelo (ROM). Receamos que esse excesso de carga possa comprometer a sustentabilidade desta área protegida”, pode ler-se na missiva enviada à autarquia, assinada pelos dirigentes das associações, José Tiago Sousa (Solidarity Soul) e Vítor Gonçalves (FAPAS).
Os responsáveis temem que a reserva “se esteja a aproximar de um parque de lazer, por força das circunstâncias que a intervenção levada a cabo no projeto ‘Naturconde’ levou “de negativo à ROM”.
“Foi público que não concordamos com o modo como o projecto ‘Naturconde’ foi executado. Em particular, os aspectos da execução do projecto que tendiam a desnaturalizar a ROM”. Para lá de “excessivos e desnecessários sob o ponto de vista conservacionista”, consideram também “nocivos para uma área com as caraterísticas que o estatuto Ornitológico lhe outorga”, afirmam os ativistas.
José Tiago Sousa e Vítor Gonçalves lembram também as frequentes “descargas poluentes na Ribeira de Silvares”, bem como “o desvio da Foz da Ribeira (…) é um problema (…) bastante grave e que carece de ser discutido”.
Falta de respeito pela natureza e pelo trabalho que tem vindo a ser realizado
Em complemento, a 2 de julho passado, Vítor Gonçalves, o porta-voz da FAPAS, na sua página de facebook, deixa um artigo de Opinião no grupo informal Salvar a ROM, em que se mostra desapontado e desiludido com o que ‘progresso’ tem trazido a este local especial:
“As marcas dos rodados, por todo o lado, não são de hoje, mas podiam ser. Os depósitos de entulhos, que as imagens mostram, também eles, são de um passado recente. Porém, se deixarmos de limpar, podem muito bem ser de amanhã.
Nada disto seria assim se todos sentíssemos que a única e verdadeira casa que temos é esta terra que habitamos por momentos e a única oportunidade que alguma vez teremos de saber de onde viemos e para onde vamos”.
Fontes: SS, VG, TVI; Imagens: (0) Fernando Ferreira (1) ROM, (2) António Lopes
1ª Página. Clique aqui e veja tudo o que temos para lhe oferecer.
Pub
Pub
Acerca do Autor
Artigos Relacionados
Comente este artigo
Only registered users can comment.