Em todo o mundo, encontram-se, neste, em desenvolvimento, 7 dezenas de vacinas contra o coronavírus causador da Covid-19. Dessas 70 vacinas em investigação, há 3 que estão a ser testadas em humanos, refere a Bloomberg citando a Organização Mundial da Saúde. Esta busca por uma forma de prevenção acontece em simultâneo com uma corrida contra o tempo da indústria farmacêutica em busca de uma cura para o pandémico e fatal vírus, o SARS-CoV-2.
Chinesa Cansino Biologics na linha da frente nos testes em humanos
A CanSino Biologics, sedeada em Hong Kong, e o Instituto de Biotecnologia de Pequim, estão na linha da frente na procura de uma solução, neste momento. A sua vacina – em etapa experimental – é aquela que se encontra no ponto mais avançado do processo clínico: a fase 2, desde 10 de abril. Nesta fase, indo bastante mais além do que a fase inicial, e prolongando-se por um período de tempo que poderá abranger meses, os estudos são de tipo terapêutico. Ainda que os estudos sejam desenvolvidos num número muito restrito de pessoas, têm já em vista uma avaliação da eficácia terapêutica, a determinação da dose e do regime terapêutico, a relação dose/resposta da substância ativa, o estabelecimento de um perfil de segurança a curto prazo, bem como uma avaliação da terapêutica (Fase IIa) e o estabelecimento de uma dose terapêutica adequada (Fase IIb).
Os outros dois tratamentos referidos como encontrando-se em fase mais avançada, e que estão a ser testados também em seres humanos, estão a ser trabalhados separadamente pelas farmacêuticas americanas Moderna e Inovio Pharmaceuticals, de acordo com informação divulgada pela OMS.
Progressão rápida e imparável
Tal como a doença, o progresso no desenvolvimento de vacinas está a acontecer a uma velocidade sem precedentes, uma vez que é altamente improvável que o patógeno infecioso consiga ser eliminado apenas através de medidas de contenção. A indústria farmacêutica espera por isso reduzir o tempo necessário para começar a comercializar uma nova vacina, que geralmente é de 10 a 15 anos, e conseguir tê-la pronta em 2021.
Grandes e pequenos fabricantes de medicamentos entraram em cena para tentar desenvolver uma vacina, pois esta será provavelmente a maneira mais eficaz de conter o vírus.
A CanSino informou ainda em março que recebeu a aprovação das entidades regulatórias chinesas para iniciar testes em humanos com a sua vacina. A norte-americana Moderna – que até hoje nunca lançou um produto, apesar de se encontrar na vanguarda dos estudos de imunologia – recebeu também aprovação regulatória para avançar rapidamente para testes em humanos em março, saltando anos de testes em animais que são a norma no desenvolvimento de vacinas. Já a Inovio começou seus testes em humanos na semana passada.
Outros gigantes da indústria farmacêutica, como a Pfizer e a Sanofi, estão também a desenvolver produtos candidatos a vacina mas encontram-se ainda em estágios pré-clínicos, de acordo com o referido documento divulgado pela OMS.
Vacina indispensável para limitar perdas irreparáveis
A maioria das pessoas infetadas com o coronavírus causador da Covid-19 experimenta apenas doença respiratória leve a moderada e recupera-se sem a necessidade de tratamento especial. Os idosos e aqueles com problemas médicos subjacentes, como doenças cardiovasculares, diabetes, doenças respiratórias crónicas e cancro, têm mais probabilidade de desenvolver doenças graves e, por vezes mesmo, fatais.
Fontes: Bloomberg, OMS, Roche; Imagem: Markus Spiske
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