Serei sempre o teu abrigo, um novo e delicado conto do escritor e poeta Valter Hugo Mãe, destinado sobretudo ao público leitor mais jovem, chega amanhã, 27 de fevereiro, às livrarias de todo o país. O livro acaba de ser lançado a público no festival literário Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim.
Escapará o amor do lugar dos sentimentos depois de uma operação de peito aberto? E poderão dois corações diferentes, zumbindo um como um eletrodoméstico e outro chiando silenciosamente como um ratinho que corre numa roda, ser um conjunto perfeito? Aos olhos de uma criança, este é um conto sobre a fragilidade dos avós e o poder dos laços que os unem. Um livro sobre o heroísmo de ser velho, de passar por muito e de persistir, de continuar a amar mesmo quando a vida faz com que os dias se tornem longos de perdas. Uma lição de ser, à força de tanto amar, um abrigo.
No blogue ‘…viajar pela leitura…‘, Lígia, uma das suas autoras, afirma que se trata de “um conto delicado sobre a fragilidade dos avós vista pelos olhos atentos do neto. Na sensibilidade que só as palavras de Valter Hugo Mãe conseguem atingir, acompanhamos a força do amor dos avós um pelo outro e dos dois pelo neto”.
A Maria João Costa, da Renascença, Valter Hugo Mãe confidenciou que a obra que escreveu e ilustrou, nasceu depois de a sua mãe ter sido operada ao coração. O Prémio Saramago explicou que a sua mãe “acabou por recuperar” da cirurgia que o filho descreveu como “um susto”, daí ter sentido necessidade de “transformar essa experiência numa beleza qualquer.
Numa cuidada edição dedicada ao público jovem, esta é uma obra essencial e profundamente comovente, no poético e encantatório registo que carateriza os livros deste autor.
Serei sempre o teu abrigo
«O avô, resumido nos sentimentos, sem talento nas aflições, mais maniento e cheio de medo, só dizia: sossega, menina, sossega. Mesmo velhinhos, ele tratava-a como da primeira vez. Era uma menina.»
Um conto delicado sobre a fragilidade dos avós vista pelos olhos atentos do neto. Na sensibilidade que só as palavras de Valter Hugo Mãe conseguem atingir, acompanhamos a força do amor dos avós um pelo outro e dos dois pelo neto. O poder dos laços da família e do afeto.
Valter Hugo Mãe, um homem e um artista imprudentemente poético
É um dos mais destacados autores portugueses da atualidade. A sua obra está traduzida em variadíssimas línguas, merecendo um prestigiado acolhimento em países como o Brasil, a Alemanha, a Espanha, a França ou a Croácia.
Publicou sete romances: Homens imprudentemente poéticos; A desumanização; O filho de mil homens; a máquina de fazer espanhóis (Grande Prémio Portugal Telecom Melhor Livro do Ano e Prémio Portugal Telecom Melhor Romance do Ano); o apocalipse dos trabalhadores; o remorso de baltazar serapião (Prémio Literário José Saramago) e o nosso reino.
Homem das letras em permanência ocupado, apesar do tempo tirado para assistir a alguns espetáculos e outras atividades que muito aprecia, Valter Hugo Mãe escreveu alguns livros para todas as idades, entre os quais: Contos de cães e maus lobos, O paraíso são os outros e As mais belas coisas do mundo. A sua poesia encontra-se reunida no volume publicação da mortalidade. Publica a crónica Autobiografia Imaginária no Jornal de Letras e coordena também a coleção de poesia elogio da sombra.
Imagens: (0) VHM, (1) PE, (2) Ana Miranda
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Maré de literatura leva ‘Correntes d’Escritas’ de regresso à Póvoa de Varzim