Mais de 80.700 bebés nasceram em Portugal até final de novembro, um recorde dos últimos cinco anos para igual período, segundo dados do Programa Nacional do Rastreio Neonatal, conhecido como «teste do pezinho», que cobre a quase totalidade dos nascimentos, afirma o SNS.
Até final de novembro, foram estudados no âmbito Programa Nacional do Rastreio Neonatal (PNRN) 80.714 recém-nascidos, mais 230 do que em igual período do ano passado (80.484).
Os dados do PNRN, coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana, indicam que em igual período de 2017 tinham sido estudados 79.377 recém-nascidos.
No total do ano, em 2018 foi registado o valor mais alto dos últimos três anos, com 86.827 recém-nascidos estudados. Em 2017 tinham sido 86.180, em 2016 foram 87.577 e em 2015 foram 85.056 os bebés estudados no âmbito do rastreio universal de saúde pública.
De acordo com o INSA, mais de 3,8 milhões de recém-nascidos foram rastreadas em 40 anos do “teste do pezinho”, tendo sido detetadas 2.132 crianças com doenças raras que puderam iniciar rapidamente o tratamento.
Desde o arranque do programa e até ao final de 2018, foram rastreadas 3.803.068 crianças e diagnosticados 2.132 casos, 779 dos quais de doenças metabólicas, 1.304 de hipotiroidismo congénito e 49 de fibrose quística, segundo o INSA.
O programa arrancou em Portugal em 1979, com o rastreio da fenilcetonúria, que tem uma prevalência em Portugal de um caso por cada 10.867 nascimentos, e dois anos mais tarde passou a incluir o hipertiroidismo congénito, com uma prevalência de um caso por cada 2.892 nascimentos.
O «teste do pezinho» deve ser realizado entre o terceiro e o sexto dia do bebé e consiste na recolha de gotículas de sangue através de uma picadinha no pé.
Apesar de não ser obrigatório, tem atualmente uma taxa de cobertura de 99,5%, sendo o tempo médio de início do tratamento de 9,9 dias. No início, a cobertura situava-se nos 6,4% e o tratamento iniciava-se em média aos 28,5 dias.
Assinale-se que, no início dos anos sessenta do século passado, chegaram a nascer em Portugal mais de 200.000 bebés em cada ano, isto é, mais do dobro do que nascem atualmente. Sendo certo que a taxa de mortalidade infantil era então muito superior e que hoje a taxa de natalidade ronda apenas os oito por mil, o atual saldo de nascimentos continua negativo em relação ao número de mortes, o que faz com que a população portuguesa diminua e se coloquem reservas quanto à sustentabilidade futura.
Francisco e Maria são os nomes mais escolhidos em 2019
Se na lista feminina se mantém um clássico – Maria – que de há uns anos a esta parte voltou a estar na moda, a preferência no que se refere a nomes favoritos para os meninos, em 2019, revela uma novidade: Francisco. João ficou para trás e foi agora relegado para o segundo posto, mostram os dados disponibilizados pelo Ministério da Justiça e divulgados pela TVI24 em primeira mão e posteriormente pelo Expresso.
Maria é uma liderança destacada. As novas 5198 Marias deixaram a larga distância o segundo nome mais escolhido, Leonor, que assinalou 1451 registos. Nas preferências, seguiram-se Matilde (1374), Carolina (1064), Beatriz (974) e Alice (915). A completar a lista dos 10 mais populares nomes femininos surgem os nomes Benedita, Mariana, Ana e Francisca.
Quanto aos rapazes, foram registados 1618 meninos com o nome Francisco até ao passado dia 5 de dezembro, segundo os dados disponibilizados pelo Ministério da Justiça à TVI24, com o nome de Maria a manter-se o mais popular entre as meninas. João foi o segundo nome mais registado – 1544 vezes – seguido de Santiago (1391), Afonso (1227), Gabriel (1208) e Duarte (1197). A lista dos 10 mais populares nomes masculinos fica completa com os nomes Lourenço, Miguel, Rodrigo e Tomás.
Fontes: SNS, Expresso; Imagem: Alex Hockett
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