“Dar de si antes de pensar em si” é o lema que move os rotários portugueses, mas também de todo o mundo. É também por isso que, a 24 de outubro, se assinala o Dia Mundial de Combate à Pólio, doença de que praticamente apenas os mais velhos se recordam pelas suas tristes consequências em tantas e tantas crianças: a morte, em alguns casos, mas sobretudo milhares, mesmo milhões a nível mundial, de crianças incapacitadas para a vida. Hoje quase só recordada no momento da vacinação, a doença está associada ao nome que melhor a descreve junto das populações: paralisia infantil.
Libório Silva, um dos sócios fundadores e atual presidente do Rotary Clube de Vila Nova de Famalicão, lembra que “o combate à poliomielite foi abraçado pelo Rotary em todo o mundo (mais de 200 países, em parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS), e tem alcançado resultados admiráveis. Se virmos uma criança que foi atacada pela pólio, entender-se-á quanto valor tem esta campanha”.
Após mais de 30 anos de esforços, o Rotary International e os seus colaboradores, com a colaboração da OMS e dos Governos de todo o mundo, encontram-se a um passo de erradicar a poliomielite (pólio), uma doença tão antiga quanto a humanidade, mas são ainda necessários esforços extraordinários suplementares para a eliminar em definitivo da face da Terra. Hoje mesmo, a OMS anunciou ter sido erradicado um dos tipos de vírus causadores da poliomielite. À época em que a campanha de erradicação da pólio foi lançada, a doença paralisava 1.000 crianças por dia. O progresso feito desde então foi muito grande, resultando na redução de 99,9% dos casos. Em 1988, havia 350.000 em 125 países; em 2018, apenas foram registados 33 casos em dois países: Afeganistão e Paquistão, sabendo-se que o vírus se encontra presente na Ásia e em África. No ano anterior, com menos casos, também se havia registado na Nigéria. “Esta é uma oportunidade histórica que não se pode perder”.
O último caso de poliomielite, com paralisia por vírus selvagem, registado em Portugal verificou-se em 1986, estando a doença, oficialmente, eliminada desde 2002. A eliminação desta doença em Portugal foi alcançada através de uma campanha maciça de vacinação em 1965/66, após a sua descoberta em 1953 pelo médico americano Jonas Salk, e pela aplicação, com elevadas coberturas, do Programa Nacional de Vacinação, desde 1965 até hoje.
A vacinação é a melhor medida preventiva para reduzir o risco de circulação do vírus da poliomielite a nível mundial e a única que permite erradicar a doença do Planeta. Recorde-se que a pólio se transmite através do consumo de água contaminada por fezes contendo o vírus.
Para alcançar a meta de um mundo sem pólio, é necessário superar múltiplos obstáculos, um dos principais o défice financeiro de centenas de milhões de dólares. “O Rotary Club de Vila Nova de Famalicão, prestes a celebrar o seu quinquagésimo aniversário, desde sempre abraçou esta campanha e tem sido generoso na respetiva colaboração”, salienta Libório Silva. No plano internacional, o Rotary comprometeu-se a arrecadar US$50 milhões de dólares por ano a esta causa. A Fundação Bill e Melinda Gates, do fundador da Microsoft, também abraçou esta causa e tem dado um forte apoio a esta causa ao contribuir com dois dólares adicionais por cada dólar angariado pelos rotários.
Para lá do suporte financeiro, o Rotary tem também desenvolvido o seu trabalho junto dos Governantes de todo o mundo, influenciando o compromisso político para esta causa. Sem este, a doença pode voltar a países onde se encontra erradicada e colocar muitas vidas em risco.
Desde o lançamento do progama de erradicação da pólio, em 1985, os rotários ajudaram a imunizar, através de vacinação, mais de 2,5 mil milhões de crianças contra a pólio em 122 países. A vacina, que custa apenas cerca de US 0,60 dólares, isto é, 0,54 euros (54 cêntimos) aos preços atuais, é de toma única e garante proteção protege da doença ao longo de toda a vida.
Atualmente, com a aproximação da completa eradicação da doença, a campanha de combate à poliomielite entra na fase mais difícil, ao abranger as regiões mais remotas e pobres do planeta. Os rotários estão, por isso, a ajudar na entrega de vacinas e na mobilização social, oferecendo apoio logístico direto em diversos países, considerando ser necessário manter este progresso vacinando todas as crianças contra a poliomielite.
Com o fim da doença prestes a ser anunciado, o trabalho dos rotários não acaba aqui. “O Rotary International tem em andamento outros combates: a cegueira evitável e a iliteracia”, lembra Libório Silva. “O carinho que todas estas ações merecem ao movimento rotário faz com que haja múltiplas contribuições que são administradas pela Fundação Rotária do Rotary Club International. Também porque “quem mais beneficia é quem melhor serve“”.
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Fontes: Rotary, DGS; Imagens: (0, 1) End Polio Now, (2) Fixi, (3) RCVNF
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