O programa cultural Mosteiro de Emoções, de Cabeceiras de Basto, oferece, nos dias 6 e 7 de junho, na Casa do Tempo, a IV Edição do Seminário Internacional ‘Ora et Labora’ sob a temática ‘Refojos de Basto: natureza e meio natural na vida, linguagens e imaginário da vida monástica’. Esta iniciativa pretende colocar em evidência a importância de vastos, ricos e complexos campos de significado nos domínios religioso, socioeconómico, patrimonial e cultural, decorrentes da realidade histórica (passado, presente e futuro) do mosteiro beneditino de Refojos de Basto, às escalas local, regional, nacional e internacional.
Numa organização do Município de Cabeceiras de Basto, em estreita colaboração com o CITCEM, Centro de Investigação Transdisciplinar ‘Cultura, Espaço e Memória’, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, este encontro reúne inúmeros historiadores e investigadores nacionais e internacionais especialistas em investigação de estudos beneditinos do Norte de Portugal.
Decorrentes da sempre imperativa unidade da pessoa humana, materialidades e espacialidades conjugam-se com espiritualidades. Desta feita, pelo viés da reflexão crítica e científica, este encontro focar-se-á na natureza e meio natural na vida, linguagens e imaginário da vida monástica, expressando-se nomeadamente em formas e tipologias de escrita, de arte, de oração e de trabalho.
O Mosteiro de S. Miguel de Refojos está a ser cada vez mais devolvido ao seu natural e genuíno esplendor artístico, com plena reintegração para os seus mais altos fins ao serviço da promoção sociocultural e espiritual da comunidade. Tal como ao extático monge bento da tradição lendária (Beneditina Lusitana, tomo I, trat. II, cap. xxvi), regressado ao seu mosteiro depois de décadas de “alheamento”, tudo parece estar no seu lugar, embora a realidade dos protagonistas aí a viver seja outra, porque não ficou parada no tempo…
O ensimesmamento decadentista e elegíaco, o geral e irremediável sentimento de perda que, anos atrás, se respirava neste grande monumento, deram lugar nos dias de hoje a um otimismo prático e a um dinamismo regenerador que corresponde já, em grande medida, ao decurso de tempo dos Seminários Internacionais de Cabeceiras de Basto que a Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto tem vindo a dinamizar desde 2014.
A participação é gratuita, aberta a todos os interessados, mas sujeita a inscrição prévia.
Programa ‘Ora et Labora’
6 de junho (quinta-feira)
10h00 – Receção e entrega de documentação aos participantes
10h30 – Sessão de Abertura
11h00 – “Monges, corpos e Claustros” – apresentação das conclusões de Estudo Arqueológico
– Francisco Queiroga (Universidade Fernando Pessoa)
12h00 – Inauguração da Exposição “Monges e Rostos”
14h30 – Painel I: “Natureza e Meio Natural”
Os Mosteiros Beneditinos e as alterações da paisagem na Época Moderna. Os recursos florestais
– Inês Amorim (FLUP/CITCEM) e Luís Pedro Silva (FLUP/CITCEM)
Abastecimento de água ao Mosteiro de S. Miguel de Refojos
– Virgolino Jorge (Universidade de Aveiro)
Entre a mesa e a botica: os saberes e os sabores dos monges de Basto (séculos XVII e XVIII)
– Anabela Ramos (Direção Regional de Cultura do Norte)
16h30 – Painel II: “Celebração, formas e sons”
O Cálice na Celebração Eucarística (Ritual Romano)
– Cónego João da Silva Peixoto (Cabido Portucalense)
A retórica das formas no património artístico monástico de Refojos de Basto nos séculos XVI a XIX
– Manuel Joaquim Moreira da Rocha (FLUP/CITCEM)
A casa grande beneditina de S. Miguel de Refojos nos séculos XVII e XVIII: A música e os seus músicos
– Elisa Lessa (Universidade do Minho)
18h00 – Debate
21h30 – “Aeternus Cantabile”
Concerto de Canto Gregoriano, no Claustro do Mosteiro de S. Miguel de Refojo
7 de junho (sexta-feira)
9h30 – Painel III: “Formas de escrita e cultura histórica”
Entre o pergaminho e a pedra: formas de falar
– Cristina Cunha (FLUP/CITCEM) e Paula Pinto Costa (FLUP/CEPESE)
Fé, cultura y “desengaño de errores comunes”: la Edad Media revisada por el erudito benedictino Padre Benito Jerónimo Feijoo
– María Isabel Toro Pascua (Universidade de Salamanca)
10h45 – Painel IV: “Decorar, simbolizar e divulgar”
Representações iconográficas beneditinas
– António José de Almeida (O.P.)
Emblemas e literatura emblemática na Ordem de S. Bento
– Lucília Didier (CITCEM)
14h30 – Painel V: “Espiritualidade e Devotio Moderna”
Significados de “O Bosco Deleitoso” na tradição monástica / contemplativa
– José Meirinhos (FLUP/Instituto de Filosofia)
Oração e contemplação no “Exercitatorio de la vida espiritual” do beneditino García Jímenez de Cisneros (1500)
– Leonardo Coutinho (UFBAHIA/CITCEM)
16h15 – Painel VI: “Da ourivesaria sacra aos ofícios populares ”
“Estopa, linho, lã”
– Teresa Soeiro (FLUP/CITCEM)
Ainda o Cálice de D. Gueda Mendes. O doador e a obra
– Mário Barroca (FLUP/CITCEM)
Comissão Organizadora
Pedro Vilas-Boas Tavares (U. Porto/CITCEM)
Fátima Oliveira (Município de Cabeceiras de Basto)
Joana Barbosa (Município de Cabeceiras de Basto)
Comissão Científica
António Ponte (Direção Regional de Cultura do Norte)
Luís Fardilha (U. Porto/CITCEM)
Pedro Vilas-Boas Tavares (U. Porto/CITCEM)
Teresa Soeiro (U. Porto/CITCEM)
Zulmira Santos (U. Porto/CITCEM)
Maria Isabel Toro Pascua (Universidade de Salamanca)
Leonardo Coutinho (Universidade Federal da Bahia/CITCEM
‘Mosteiro de Emoções’
O programa ‘Mosteiro de Emoções’ tem como elemento central o Mosteiro de S. Miguel de Refojos, magnífico monumento beneditino em Cabeceiras de Basto. Dirigido a um público diversificado, o programa desenvolve-se em três eixos temáticos Cultura/Artes Performativas, Gastronomia/Sabores e Saúde e Bem-Estar que aliam a itinerância, a combinação e a diversidade. Este vasto programa cultural estende-se até julho deste ano e assenta em parcerias alargadas que vão desde as instituições locais a diversas entidades regionais e nacionais.
O programa cultural ‘Mosteiro de Emoções’ desenvolver-se-á até julho de 2019 e integra 23 atividades que implicam o envolvimento de inúmeros parceiros de Cabeceiras de Basto, desde a comunidade educativa, empreendedores locais, passando pelo movimento associativo e outras instituições do concelho, mas também parceiros externos como universidades, escolas profissionais, orquestras, cooperativas, empresas de dinamização cultural, entre outros.
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Imagens: Município de Cabeceiras de Basto
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