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A Espanha, a Europa e a fronteira de Portugal

 

 

Nos princípios da década de setenta do século passado (1971?, 1972?), o Sr. Joaquim Braga Bastos e o “Tio” David Cunha (dois opositores do regime de Marcelo Caetano), convidaram-me para ir com eles até Espanha. Iríamos de carro (o Sr. Joaquim Bastos já tinha um), pela fronteira de Valença, atravessaríamos a ponte e estaríamos em Espanha.

Rapaz e jovem, a frequentar a Faculdade de Letras da Universidade do Porto, delirei com o convite e, sobretudo, com a expetativa de pisar, pela primeira vez na vida, a terra, o território e o terreno de um país estrangeiro, oportunidade que nunca tivera na vida. Estas emoções que não dizem nada aos jovens rapazes de hoje, eriçaram-me a pele, a sonhar com o dia em que faria a viagem até Espanha!

Lá fomos, sem autoestrada, por Barcelos, Viana do Castelo e, finalmente, Valença, a porta de entrada para outro país e para um outro mundo que eu imaginei(!) mais desenvolvido e mais amigo das pessoas.

Faltava só ultrapassar mais um obstáculo, neste dia de sonho e aventura. Tínhamos que ir à polícia de fronteira que misturava GNR e PIDE (DGS), para nos identificarmos e podermos seguir para o outro lado.

Com o Sr. Joaquim Bastos e com o “Tio” David Cunha não houve quaisquer problemas. Eram já “raposas velhas”, tinham cumprido a “tropa” e podiam seguir à vontade, para passear em Espanha e comprar uns “caramelos”!

O problema era comigo. Era um rapaz, um jovem na “véspera” de ir para a tropa e, por isso, não podia receber a autorização para ir para o território que ficava na outra margem do Rio Minho, ali à vista de todos! Argumentámos e contra – argumentámos os três, mas do outro lado só recebemos intransigência e impossibilidade.

Os meus amigos de viagem propuseram que viéssemos de volta para Arnoso Santa Eulália. Não concordei! Tínhamos andado tanto caminho e não era justo que, por causa de um, os outros não pudessem passar a fronteira…

Chegámos a acordo. Eles partiram e eu fiquei ali em Valença, até à noite, a esperar pela viagem de regresso. Como recompensa recebi um saco grande de caramelos…

Hoje, saímos de Famalicão e vamos livremente até à Alemanha ou até à Grécia, de carro, de comboio, de barco ou de avião, sem polícias e sem papeis, com total liberdade e segurança.

Há que ensinar isto aos jovens de hoje e às gerações do futuro, para que possam avaliar, racionalizar, deduzir e concluir sobre o que era, sobre o que é e sobre o que pode ser; para que possam decidir e seguir em frente, voltando a fazer da Europa a grande Europa das grandes civilizações, da arte, da cultura, da filosofia, da ciência, do pensamento, da solidariedade social…

A “nossa Europa” e a “nossa Espanha” são prolongamentos do nosso território, onde podemos ir, ficar, comprar, trabalhar, viver…

Era por aqui que devia começar uma campanha eleitoral para as eleições do Parlamento Europeu. Mas não. Os candidatos a deputados europeus dedicam-se à intriga interna, deixando para segundo ou terceiro plano tudo aquilo que podemos fazer para tornar a “nossa Europa” um espaço de paz, de solidariedade, de bem –estar e de conforto para todos.

O que vemos e ouvimos é absolutamente confrangedor, não existindo da parte de nenhum dos candidatos a deputados um contributo sério, para que todos possamos compreender e entender melhor a “nossa Europa”, incentivando os Portugueses a darem o seu contributo para um futuro onde todos se sintam bem e realizados.

A construção da “Europa dos Cidadãos”, onde “todos diferentes, mas todos iguais”, encontremos o nosso espaço de felicidade, de liberdade e segurança, deve merecer uma mobilização nacional e constituir um “desígnio nacional”.

Quem nos representa(?) todos os dias na Europa deve (devia) sentir esta responsabilidade!

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