D. Carlos Azevedo, atual Delegado do Conselho Pontifício para a Cultura, sendo o 2.º oficial deste Dicastério da Cúria Romana, é o orador convidado para a conferência alusiva ao tema “A iconografia da Paixão”, no âmbito do Festival Internacional de Música Religiosa, promovido pelo Município de Guimarães. Esta quarta-feira, 17 de abril, a partir das 18h30, D. Carlos Azevedo estará no Museu Alberto Sampaio, em Guimarães, para participar nesta conferência aberta ao público.
O nascimento de Jesus é uma das principais festividades cristãs, mas aquela que é vivida com maior profundidade e intimidade é uma das mais representadas em arte: a Paixão e morte de Cristo. Mateus, Marcos, Lucas e João relataram, cada qual à sua maneira, detalhes deste episódio que é o da Crucificação e dos momentos que a antecederam e em que Jesus viveu as maiores provações físicas e morais. Este capítulo da vida de Cristo, com a expansão do cristianismo e da Igreja Católica tem preenchido o imaginário dos homens ao longo dos séculos, desde a sua morte até aos dias de hoje, e continuará certamente, no futuro, a fazê-lo.
São imagens pungentes, plenas de dor e comoção que preenchem o imaginário de cada um, associando a dor de Cristo quantas vezes à sua própria dor. A figura solitária de Jesus completa-se com a de outras personagens, como Maria, sua mãe, Simão Pedro, Maria Madalena, Herodes e Pilates, os soldados romanos, os escribas e os membros do Sinédrio, mas também de lugares como o Cenáculo, o jardim de Getsemani e o Monte do Calvário. Segundo a Infopédia, o termo “paixão” provém do latim passio, que indica sofrimento. A Paixão de Jesus Cristo é um dos ciclos da Sua vida, o último. O Ecce Homo (“Eis o Homem”), em que Cristo é apresentado à multidão flagelado, é uma das que se representam mais frequentemente em termos iconográficos.
D. Carlos Azevedo levará a Guimarães um olhar minucioso sobre a Arte Sacra da região, tendo por base as obras de arte espalhadas pelas igrejas locais.
Nascido em 1953, em Milheirós de Poiares (Santa Maria da Feira), D. Carlos Azevedo doutorou-se, em 1986, na Faculdade de História Eclesiástica da Universidade Gregoriana – Roma, com tese sobre iconografia. Foi Presidente da Direção do Centro de Estudos de História Religiosa (1992-2001). Dirigiu a obra Dicionário e História Religiosa de Portugal, em 7 volumes. Assumiu o cargo de Vice-presidente do Círculo Dr. José de Figueiredo, do Museu Nacional de Soares dos Reis, no triénio 1991-93, e foi Presidente da Direção de 1994 a 1996. Foi codirector da Revista Museu de 1993 a 1996. Organizou várias exposições de arte religiosa.
D. Carlos Azevedo é ainda Professor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa desde 1987. Foi Vice-Reitor da Universidade Católica Portuguesa, desde Outubro de 2000 a Outubro de 2004. É Membro da Academia Portuguesa da História, desde 1998. Foi Presidente da Fundação Spes (2006-2013). Foi bispo auxiliar de Lisboa (2005-2011), Secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (2005-2008), Presidente da Comissão Episcopal de Pastoral Social (2008-2011) e membro da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais (2005-2011).
Delegado do Conselho Pontifício da Cultura (11-11-2011), coordena o Departamento dos bens culturais. É Membro da Comissão Pontifícia de Arqueologia sacra (2015). Tem mais de uma centena de trabalhos publicados, em livros e revistas.
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