Costa: Não é indiferente o que se defende na Europa, a social-democracia deve regressar aos seus valores originais

 

 

António Costa defendeu, no encontro da JS “A Tua Geração na Europa” que decorreu este domingo, 24, o voto no PS nas eleições europeias de 26 de maio por motivos internos, considerando que estas se encontram viradas para o futuro. Em simultâneo, acusou os candidatos da direita de estarem presos ao passado. No dia anterior, 23, referira que “a social-democracia tem de ser capaz de regressar aos seus valores fundamentais”.

As afirmações foram feitas por António Costa, este domingo, em Leiria, na Biblioteca José Saramago, no Instituto Politécnico de Leiria, no âmbito do encontro organizado pela Juventude Socialista, na mesma altura em que o Secretário-geral do Partido Socialista alertou que há quem queira “enfraquecer o Governo do PS” já na próxima ida às urnas não apenas por razões internas, mas também por razões externas por não ser “indiferente o que defendemos na Europa”.

Sobre as próximas eleições, disse António Costa no encontro organizado pela Juventude Socialista sob o mote “A Tua Geração na Europa” que “há quem sonhe com uma má votação nas europeias para enfraquecer o Governo do PS” ”.

Não votar no PS significa “enfraquecer as políticas que têm permitido mais rendimentos”, acrescentou, dando exemplos de medidas do atual Executivo, entre elas a redução dos passes sociais e o plano para construir residências universitárias.

É para combater a direita que queremos dar força ao PS nestas eleições europeias”, afirmou António Costa.

“Não é indiferente o que defendemos na Europa”, acrescentou, adiantando que “não é a mesma coisa estarmos na Europa a defender mais recursos para uma habitação acessível ou estar calado” sobre este tema que considerou estruturante, tanto para a classe média como para os jovens que querem construir uma família.

“O euro foi o maior bónus que a Europa ofereceu à Alemanha”

Em entrevista a Teresa de Sousa, no jornal Público, publicada no dia anterior, António Costa afirma ter havido “excesso de voluntarismo político” aquando da decisão de criação do euro. “O euro foi o maior bónus à competitividade da economia alemã que a Europa lhe poderia ter oferecido”, manifestando ainda a convicção de que “a zona euro será mais uma vez confrontada com uma crise como a que vivemos agora” caso não se corrijam atempadamente as assimetrias provocadas pela moeda única,  o que pode condenar a prazo a união monetária.

A sua batalha tem sido a da conclusão de uma reforma da zona euro que garanta a convergência real entre economias. António Costa defende que Portugal só pode ter futuro como país aberto ao mundo numa Europa aberta ao mundo.

“O pior erro que poderíamos cometer era, à boleia do crescimento económico, termos a ilusão de que os problemas estruturais da zona euro ficaram resolvidos”, defendeu, acreditando que um dos instrumentos, ainda que não o único, para consolidar a união monetária é um orçamento da zona euro especificamente destinado a financiar reformas para acelerar a convergência real das economias que pode ser aprovado antes do verão pelo Conselho Europeu.

“A social-democracia tem de ser capaz de regressar aos seus valores fundamentais”

“Depois da escolha fundamental que é a dos valores da Europa, há todo um mundo de debate político dentro desse espaço [aberto e democrático]. Defendermos o pilar social da União ou não; termos como prioridade a redução das desigualdades ou não; que política económica devemos prosseguir; como é que nos tornamos competitivos de forma sustentável ao nível global”, assinalou.

“A Tua Geração na Europa”

A Juventude Socialista organizou no passado fim-de-semana, 23 e 24 de março, em Leiria, a iniciativa «A tua Geração na Europa». O momento contou com a participação da Secretária-Geral da Juventude Socialista, Maria Begonha, o Secretário-Geral do Partido Socialista e atual primeiro-ministro, António Costa, e o cabeça de lista do PS ao Parlamento Europeu, Pedro Marques, entre outros.

Esta iniciativa reuniu jovens de vários pontos do país para promover um debate alargado sobre o futuro do projeto europeu, bem como sobre a construção do Manifesto Europeu da Juventude Socialista, onde se incluem as causas que os futuros eurodeputados socialistas portugueses procurarão defender ao longo do próximo mandato no Parlamento Europeu.

Para além de António Costa e Pedro Marques, os eurocandidatos jovens e vários eurocandidatos da lista do Partido Socialista ao Parlamento Europeu, também marcaram presença nos diversos momentos da iniciativa, assim como Maria Manuel Leitão Marques e Margarida Marques, candidatas pelo PS ao Parlamento Europeu, bem como uma série de outras individualidades com relevo público nas áreas em discussão.

Últimas sondagens sugerem estabilidade no PS e crescimento do PSD

Hoje mesmo, no Público, foi publicado um estudo de opinião sobre as eleições europeias, realizado pela Aximage, que mostra o Partido Socialista na linha da frente com cerca 34% dos votos, estável no que à sua votação se refere. Pelo seu lado, o Partido Social Democrata regista subida acentuada pelo segundo mês consecutivo, tendo agora, neste estudo, cerca de 24% dos votos.

No segundo pelotão, seguem CDU, com 9% e ligeira subida por troca com o Bloco, o Bloco de Esquerda, com cerca de 8%, e CDS-PP, com 7% aproximadamente.


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