A demissão de Artur Feio continua a provocar ondas de choque na secção bracarense do Partido Socialista. Um ato eleitoral ocorrido em janeiro de 2018, e que guindou aquele à posição de líder da respetiva Concelhia, logo na ocasião suscitou muitas dúvidas. A lista concorrente, liderada por Jorge Faria, de imediato contestou a candidatura do seu adversário político por este não não ter entregue a respetiva Moção – “documento suporte ao seu projeto político” – nem orçamento para a campanha interna.
Jorge Faria e os membros da lista por si dirigida – Lista A: Virar a Página no PS Braga -, candidatos derrotados nas últimas eleições à Concelhia de Braga do Partido Socialista (PS), em comunicado assinado pelo primeiro, reagiram duramente à demissão de Artur Feio e de vários membros daquela comissão política.
Jorge Faria denuncia o que considera falta de caráter democrático de Artur Feio e dos que politicamente o acompanham e manifesta o “profundo descontentamento” por um ato que veem como “vergonhoso”, uma vez que, consideram, foi convocada uma reunião da Concelhia com o intuito de que a mesma não acontecesse. “Para se demitirem, bastaria remeter uma carta à direção nacional do Partido Socialista. Esta convocatória para uma reunião fantasma é tanto mais grave pois a lista A sempre manifestou que a sua participação se fazia sob protesto, uma vez que aguarda que a decisão da jurisdição nacional lhe dê razão, a lista A não reconhece legitimidade democrática a estes putativos órgãos do PS”.
Um ano decorrido após o ato eleitoral, em que a lista A participou sob protesto por entender que “o PS Braga não poderia continuar no marasmo e desnorte que se encontrava, sem projeto e sem objetivos”, o certo é que a Comissão Nacional de Jurisdição socialista ainda não se pronunciou sobre o assunto, surgindo a demissão de Artur Feio quando começou a circular a informação de que este órgão estaria para tomar uma decisão sobre o processo em causa.
Jorge Faria e a sua equipam reforçam o seu ponto de vista afirmando não vislumbrar “o alcance estatutário da designada demissão, uma vez que “não faz sentido alguém demitir-se de um órgão que ocupa ilegitimamente”, pelo que deveria apenas “abandonar o cargo [ocupado] e sair”.
A Lista A: Virar a Página no PS Braga mostra-se ainda francamente incomodada com o facto de Artur Feio “poder ter tido acesso privilegiado à decisão que está para sair do órgão de Jurisdição nacional e que, preparando-se para não lhe ver reconhecida legitimidade”, assim se prepaparando para aquilo que considera uma “manobra de diversão com claro intuito de se manter no poder fora do quadro democrático”, a que se acrescenta a preocupação com uma possível “tentativa de fazer tábua rasa – [pela Federação de Braga do PS, liderada por Joaquim Barreto e Paula Enes] – das deliberações do órgão nacional de jurisdição”.
Apesar de tudo, Jorge Faria mostra-se satisfeito com “a assunção por Artur Feio da óbvia inexistência de condições para este gerir os destinos do PS Braga,”, o que considera “um passo em frente para que o PS reencontre o seu caminho junto dos bracarenses”, mesmo se “Artur Feio tem ainda de interiorizar tal evidência”.
Jorge Faria, no mesmo comunicado, termina considerando que a sua lista continua a ter “capacidade para implementar um projeto político para Braga que vá ao encontro das expectativas dos bracarenses que simpatizam com o PS e que se revêm nos ideais democráticos e na ética republicana”.
Fonte: PS Braga – Lista A: Virar a Página no PS Braga
Imagem: PS Braga
Se chegou até aqui é porque provavelmente aprecia o trabalho que estamos a desenvolver.
A Vila Nova é gratuita para os leitores e sempre será.
No entanto, a Vila Nova tem custos associados à sua manutenção e desenvolvimento na rede.
Se considera válido o trabalho realizado, não deixe de efetuar o seu simbólico contributo sob a forma de transferência bancária.
MB Way: 919983404
Netbanking ou Multibanco:
NiB: 0065 0922 00017890002 91
IBAN: PT 50 0065 0922 00017890002 91
BIC/SWIFT: BESZ PT PL
Obrigado.