Criar uma loja online em apenas 6 passos

 

 

Há pouco tempo atrás, as compras online eram vistas com desconfiança. Hoje em dia, tornou-se uma prática comum em todo o mundo.

De acordo com as estatísticas publicadas pelo INE, sobre o ano de 2017, 34% da população entre os 16 e os 74 anos, afirma já ter utilizado a internet para fazer encomendas de produtos ou serviços. Na faixa etária entre os 25 e os 34 anos, 62% já fez compras online. Estes valores estão ainda muito abaixo da média Europeia, no entanto tem vindo a aumentar de ano para ano.

Criar uma loja online é passar a estar sempre disponível

Ter uma loja online permite, acima de tudo, estar aberto 24h e em qualquer lugar, algo que não é possível fazer com lojas físicas. Com a massificação da internet, as pessoas tendem a procurar produtos e serviços fora dos horários normais de expediente. É neste momento que quem está online tem uma vantagem significativa relativamente a quem não está.

Se está a pensar criar uma loja online, convido-o(a) a ler os 6 passos que selecionei para o ajudar em todo o processo.

1) Escolha da plataforma

A primeira decisão tem a ver com a plataforma – software – a utilizar para a loja online. Atualmente existem dezenas de plataformas; no entanto, as mais usadas em Portugal são: Shopify, Prestashop e Woocommerce. Existem bastantes diferenças entre elas, que devem ser equacionadas no momento de decidir. Prefiro normalmente o Prestashop quando o objetivo é ter uma loja para vender em todo o mundo. Esta plataforma permite uma gestão simples de taxas de iva, portes de envio, etc. Quando o objetivo é apenas vender em Portugal, dou preferência à Woocommerce, por ser mais rápida de implementar. Para além disso, permite facilmente anexar páginas de informação e blog para notícias, já que este sistema assenta sob a base WordPress.

2) Escolha do mercado

Quando temos uma loja online, percebemos que é possível vender para qualquer parte do mundo. No entanto, para que isso aconteça, é necessário ter em conta os seguintes pontos:

– Em quantas línguas devo ter a loja? Cada língua adicional, representa a necessidade de traduzir as descrições dos meus produtos, o que pode acarretar um investimento adicional. Existem sistemas de tradução automática, mas pense sempre que uma tradução mal feita provocará a desconfiança no potencial comprador.

– Devo apresentar o preço em quantas moedas? Se pretende, por exemplo, vender para todo o mundo, deve de considerar pelo menos a opção de mudar o câmbio de EUR para USD (Dollares), para BRL (Reais), entre outras moedas. Atualmente, com o Prestashop, é possível inserir essa funcionalidade, com câmbios atualizados de hora em hora.

– Quais os portes de envio para cada país? Se apenas vende produtos digitais, este ponto não tem interesse. No entanto, se vende produtos que requerem envio por correio, então preste atenção a este ponto. Os portes de envio são normalmente calculados através do peso do produto. As plataformas que enumerei acima permitem o cálculo automático dos portes a pagar, no momento em que o cliente efetua a compra. Para que isto possa acontecer sem erros, é necessário inserir o peso de cada produto que tem na loja. De seguida, insere o preçário do prestador do serviço de envio (CTT, DHL, etc..). Como é bastante trabalhoso inserir os preçários para cada país, por norma é estipulado um preço para envios dentro de Portugal, outro para envios dentro da Europa (exceto Portugal), e um terceiro para o resto do mundo.

3) Mobile first

É natural que 70% dos futuros visitantes da sua loja online estejam a ver a partir de um telemóvel. Assim, torna-se fundamental que todo o design da loja esteja de acordo com as regras de boa utilização em dispositivos móveis, que normalmente se denomina como design responsivo.

4) Fotografias e descrições

A fotografia cuidada dos produtos é um dos fatores que mais desperta o impulso de compra. Há uma década atrás, era necessário recorrer a estúdios fotográficos, para conseguirmos um bom resultado final. Hoje em dia, com o avanço dos telemóveis e dos mini estúdios, é possível, com pouco dinheiro, chegar a um nível de qualidade bastante aceitável. Partilho aqui 2 mini-estúdios, em que o primeiro custa aproximadamente 15€ e o segundo cerca de 90€.

Estes objetos permitem chegar a este resultado final.

Para além das fotografias de qualidade, a boa descrição dos produtos ajuda também a convencer o cliente a comprar na sua loja. Se, por exemplo, pretende vender peças em ouro e prata, de valor relativamente alto, não espere que uma descrição de 2 ou 3 linhas seja suficiente para convencer o cliente. Deve apresentar todas as características e inserir textos que despertem emoções.

5) Métodos de pagamento

É certo que ainda existe algum receio em inserir dados de cartões de crédito para efetuar compras online, no entanto, pelo menos para Portugal, isso é facilmente ultrapassável. O pagamento por referências multibanco é dos sistemas mais fáceis e seguros para quem compra. Atualmente, é possível atribuir uma referência única por cada compra efetuada. Além disso, imediatamente após o pagamento, tanto o comprador como o vendedor recebem um e-mail a confirmar o pagamento.

Para vendas fora do país, é conveniente usar o PayPal. A criação de conta é gratuita, apenas paga uma comissão por cada pagamento recebido ( +/- 3%).

Se está a pensar vender para o Brasil, então aconselho que, para além do PayPal, permita o pagamento com “boleto bancário”. Este sistema é extremamente popular no Brasil e existe ainda uma grande percentagem de pessoas que apenas paga desta forma.

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6) Atrair visitantes para a loja online

Atrair visitantes para a loja online é sem dúvida o ponto mais importante. Se não tiver público, não conseguirá rentabilizar a loja online. Existem vários métodos que permitem criar um fluxo crescente de visitantes, que lhe permita atingir o objetivo: vender.

– Criar uma estratégia de SEO (Search Engine Optimization)

Este termo, define o conjunto de melhorias, tanto técnicas como de conteúdo, que permitem que a Google/Bing mostre a sua loja online, em vez da sua concorrência, no momento em que alguém procura por produtos que a sua loja venda.

– Usar as redes sociais

As redes sociais são canais que podem ser usados para direcionar o público para a sua loja. Pode testar várias redes, tentando sempre perceber quais as que têm mais impacto nas vendas. Para empresas B2C, o Facebook, o Instagram e o Youtube são as redes mais importantes. No entanto, para B2B, o LinkedIn deve ser umas das redes onde deve apostar mais.

– Oferecer vales de desconto

Esta forma de atrair clientes, traduz-se sempre num aumento das vendas. Todos os sistemas que mencionei (Shopify, Prestashop e Woocommerce), permitem a criação de cupões de desconto. Estes cupões são posteriormente usados pelo cliente no momento da compra e são programados para oferecer uma percentagem de desconto ao seu critério. Pode aproveitar para oferecer a todos os clientes que já tem em carteira um vale de desconto para a próxima compra online, ou então fazer uma distribuição de flyers com um código de desconto, válido durante 7, 15 ou 30 dias, é uma questão de dar asas à imaginação!

Exemplo de códigos de desconto:

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– Fazer publicidade no Google e nas redes sociais

A publicidade online chega a pelo menos 10x mais pessoas que a publicidade tradicional (jornal, outdoors, etc..), com a vantagem de saber exatamente quantas vendas conseguiu obter por cada euro que investe. Atualmente, a publicidade no Google está mais cara, mas ainda é rentável. A publicidade no Facebook e Instagram é das formas mais baratas hoje em dia para se chegar a milhares de pessoas. A definição de público-alvo é impressionante. Imagine que atualmente pode direcionar a publicidade que faz para uma faixa etária definida, sexo, estado civil, grau académico, localização geográfica, interesses e muito mais.

Conclusão

Existem inúmeros pontos adicionais que poderíamos explorar. Estes 6 passos permitem alavancar um negócio online, com recurso às práticas mais modernas. Para concretizar o seu negócio online, é aconselhável recorrer a profissionais especializados.

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