A Frente Unitária Antifascista promove, no dia 1 de dezembro, em Braga, uma manifestação aberta a todos e todas, na Praça Conde de Agrolongo. A atividade terá início às 14h30 e final previsto pelas 18h30. Durante esse período, haverá música, convívio e discursos de vários membros desta frente cívica.
Segundo os organizadores, “A rua é do Povo” é “um claro convite aos defensores da democracia e dos seus subsequentes valores, que nos definem como indivíduos distintos na igualdade e pluralidade, como única forma de manter o direito intrínseco de todos ao espaço público”. A Frente Unitária Antifascista pretende assim, neste feriado nacional, em Braga, dar início “a uma celebração da democracia e da liberdade através de uma ação de rua pacífica, disponível para esclarecer dúvidas e partilhar opiniões”.
A Frente Unitária Antifascista, recém-criada a 18 de novembro, na cidade de Braga, apresenta-se como um movimento de cariz nacional aberto a diversas ideologias que partilhem o desejo de viver a democracia de forma saudável, pautada pela justiça equitativa, alteridade, liberdade e inclusão. “Uma sociedade consciente da mudança do paradigma assistente, e capaz de responder aos desafios éticos onde o outro, seja inanimado, senciente ou racional é sujeito de proteção e direitos. A criação da frente é corolário do avanço notório da extrema-direita em vários países, onde se inclui Portugal, sendo pautada pela ausência de políticas democráticas visantes do bem comum, o fim último da política”.
Neste sentido, pretende-se “criar um travão através da explicitação da importância de Portugal precaver-se e vacinar-se desta má tendência global”, afirma o movimento, referindo-se ao recente caso eleitoral brasileiro de forma não explícita. Segundo a FUA, “o desmérito dado a partidos e candidatos impensáveis para um democrata, hoje, têm o poder de decidir o destino de um país sem padrões morais e sem políticas (sociais, económicas, ambientais) que respeitem as decisões internacionais, mediante candidatos eleitos face a fenómenos de desinformação de massas e cimentação de ódios entre camadas sociais com prioridades diferentes”.
Assim, a Frente Unitária Fascista apela a que no próximo 1 de dezembro, feriado nacional, “os defensores da democracia” se desloquem à Praça Conde de Agrolongo para conhecer o respetivo manifesto “e entender formas possíveis de luta, resistência, e quais as tarefas prioritárias para evitar o desenvolvimento destes partidos e movimentos que congregam de ideologias de ódio em solo português”.
Em documento não assinado, uma vez que a FUA se assume como uma voz coletiva, declara no comunicado emitido que “para lutar contra o fascismo é importante todos os democratas agirem”, independentemento do espetro partidário ou ideológico a que os cidadãos se encontrem vinculados, de modo a que Portugal seja “um país democraticamente plural, mas em onde a extrema-direita não tenha expressão”.
A Frente Unitária Antifascista é diversa: “A tendência do crescimento do populismo de direita é global. A vitória de Donald Trump nos Estados Unidos abriu um precedente para que a extrema-direita se apresente como alternativa às crises económicas em diversos países, um deles o Brasil, que vinha de um golpe de Estado de caráter antidemocrático e que face a uma crise política, económica e falta de segurança, elegeu um presidente cujo ideal enaltece torturadores da ditadura militar e criminaliza a defesa dos direitos humanos e não humanos”.
“A rua é do povo” é a primeira ação pública desta frente, mas a agenda futura será diversa e terá caráter pedagógico, social e ativista. Segundo a FUA, funcionará a nível nacional, mas também em rede mobilizando sinergias internacionais com um simples objetivo: travar a extrema-direita de modo a “Fascismo nunca mais!”.
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Imagem: Anna Kudryavtseva