– Logo à noite encontramo-nos no bar?
– Sim! Claro que sim. Hoje são 25, a ciência vai ao bar. Mais logo é noite de PubhD UMinho. No Barhaus!?
– Sim! No Barhaus.
25 de outubro, à noite, é dia de o Barhaus, na cidade de Braga, acolher mais uma sessão do PubhD UMinho. Desta vez, sem tirar nem pôr, uma criminóloga dispõe-se abordar a violência doméstica a partir de um ponto de vista pouco habitual e abordado, tantas vezes até fonte de anedotário, mas que não deixa de ser assunto bem sério. Ana Rocha irá então falar sobre “quando ele é a vítima”.
Mas a noite não se fica por aqui e um biofísico vai explicar como um gel de polímeros poderá tratar problemas ósseos. Um gel de polímeros para os ossos? Não é engano? Em geral, o gel usa-se para a pele ou as regiões musculares logo-logo mais abaixo.
O encontro está então marcado para hoje, 25 de outubro, pelas 21h15. Enquanto se bebe um copo, investigadores e público partilham dúvidas e perguntas, falam sobre pesquisas em curso e trocam experiências.
A criminóloga Ana Rocha vai-se debruçar sobre a violência sexual em contexto diferente do habitual: a vítima é o homem. Estará, por isso, em discussão, “Quando o sexo mais forte é o elo mais fraco”.
Este é um assunto delicado, tão delicado quanto o são as suas vítimas. Tendemos a olhar o tema na
perspectiva da vítima feminina, mas existe um lado lunar que esta investigadora está a estudar,
com o objetivo de mostrar a verdadeira dimensão de um flagelo social que também afecta
muitos homens. A criminóloga Ana Rocha propõe-se investigar o tema em Portugal, procurando
determinar o perfil das vítimas masculinas, o estigma que enfrentam e em que medida será
possível criar redes de apoio para homens, idênticas às já existentes para socorrer mulheres.
Por seu turno, o físico Bruno Filipe Hermenegildo, sob o mote ‘Um hidrogel que regenera o osso duro de sofrer’ traz à colação “O osso duro de sofrer e um hidrogel regenerador”.
Traumatismos e envelhecimento ósseo são problemas que afetam cada vez mais pessoas. Todos queremos viver muitos anos mas, isso nem sempre significa viver livre de complicações
associadas às doenças ósseas responsáveis pela diminuição da qualidade de vida. Foi a pensar
nelas que o biofísico Bruno Hermenegildo decidiu explorar as qualidades dos materiais
inteligentes. No seu projeto de investigação propôs-se estudar a criação de um produto
injetável, à base de hidrogel e polímeros, que contribuísse para regenerar tecidos ósseos, reduzir
riscos, evitar intervenções cirúrgicas e devolver qualidade de vida às pessoas.
Nascido em Nottingham, em 2014, o movimento PubhD chegou a Portugal em 2015, com uma primeira experiência na capital, Lisboa. Em janeiro do ano seguinte prosseguiu nas cidades de Guimarães e Braga. Hoje em dia existem já 25 cidades a realizar o PubhD, 7 das quais em Portugal (em constante expansão). No Minho, o STOL – Science Through Our Lives tomou as rédeas da iniciativa. Este é um projeto do Departamento de Biologia da Escola de Ciências da Universidade do Minho vocacionado para a comunicação e divulgação de Ciência, atividade que converge com o espírito do PubhD. A partir desta data o PubhD UMinho passa a ter lugar apenas em Braga.
Nestes encontros, os estudantes de doutoramento – e também de mestrado – são desafiados a explicar a sua tese ao público presente, num ambiente descontraído e informal, usando linguagem e profundidade adequadas.
A entrada é livre.
Fonte: Universidade do Minho
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