Internet das Coisas | Famalicense desenvolve chapéu que monitoriza pacientes com epilepsia

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Quem vê caras, não vê epilepsias; e quem vê chapéus também não. O famalicense Francisco Pinho desenvolveu um dispositivo portátil, esteticamente sob a forma de um chapéu, que possibilita a monitorização de pacientes com epilepsia e outras patologias através da eletroencefalografia (EEG), considerada como uma importante ferramenta quer para o diagnóstico e classificação quanto para o respetivo tratamento. O sistema proposto demonstrou vários argumentos para a possível monitorização destes pacientes, tanto em regime de ambulatório como de avaliação presencial.
Os dispositivos vestíveis encontram-se cada vez mais em qualquer lugar. Estima-se mesmo que, em 2010, serão vendidos mais de 400 milhões desses equipamentos. É um número enorme de dispositivos e a concorrência será muito acirrada.
O dispositivo vestível bem-sucedido tem que ser mais do que apenas um dispositivo simpático. Precisa ser acessível e confiável. E mais, a sua utilização não pode interferir com outros dispositivos e deve estar imune à interferência propriamente dita. Cada dispositivo precisa encontrar o equilíbrio perfeito entre a funcionalidade e a eficiência energética de modo a funcionar sempre que a ele necessitamos recorrer.
Estas características encontram-se na criação desenvolvida no âmbito da tese de doutoramento em Engenharia Biomédica, defendida em julho último, na Universidade do Minho, por Francisco Pinho, em discussão pública intitulada “Wireless and Wearable EEG Acquisition Platform”, isto é “Plataforma de Aquisição EEG Sem Fio e Vestível”. Considerando a originalidade, a natureza inovadora e o valor científico da tese, bem como o nível com que decorreram as provas, e ainda as classificações obtidas no percurso de doutoramento, o júri deliberou por unanimidade atribuir o resultado de “Aprovado”, com a menção de Muito Bom, a Francisco Pinho.
Francisco Pinho tem especialização na Área da Fisioterapia, pela Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro, é licenciado em Engenharia Eletrónica e Informática, pela Escola Superior de Engenharia da Universidade Lusíada, onde conquistou os prémios de melhor aluno da Escola de Engenharia, melhor aluno do Curso de Engenharia Electrónica e Informática, melhor aluno na unidade curricular de Automação e de melhor aluno na unidade curricular de Electrónica. É ainda licenciado em Fisioterapia pela Escola Superior de Saúde do Vale do Sousa do Instituto Politécnico de Saúde do Norte.
Atualmente, Francisco Pinho é Professor Assistente Convidado no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave da Escola Superior de Tecnologia no curso de Licenciatura em Engenharia de Sistemas Informáticos, Professor Assistente Convidado na Escola Superior de Saúde do Vale do Ave do Instituto Politécnico de Saúde do Norte, no Curso de Licenciatura em Fisioterapia e Professor Assistente Convidado na Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro, no Curso de Licenciatura e Mestrado em Fisioterapia.
O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, realçou o trabalho de investigação de Francisco Pinho e felicitou-o pessoalmente e institucionalmente nesta semana pelo resultado alcançado e “pelo contributo que dá ao desenvolvimento científico e tecnológico e pelo exemplo que empresta às novas gerações de famalicenses com o seu percurso de rigor e de dedicação à investigação científica”.
Espera-se, agora, que surjam os interessados em produzir e comercializar tal instrumento.
Fontes: Município de Famalicão e KeySight
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