Face ao aumento das temperaturas para hoje e os próximos dias o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, assinou um despacho que determina a declaração da situação de alerta vermelho entre sábado e quarta-feira para os distritos de Braga, Bragança, Guarda, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.
O Governo determinou a dispensa de funcionários públicos e do setor privado que sejam ao mesmo tempo bombeiros nos distritos em alerta vermelho “face ao significativo agravamento do risco de incêndio florestal”.
A Autoridade Nacional de Proteção Civil colocou os sete distritos em alerta vermelho, o mais grave, face a previsões de temperatura alta, baixa humidade e vento.
No despacho do ministro, segundo um comunicado divulgado pelo Ministério da Administração Interna, determina-se também a proibição de acesso, circulação e permanência no interior de espaços florestais definidos nos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios.
E enquanto durar a situação de alerta para os distritos referidos fica também totalmente proibida a utilização de fogo-de-artifício “ou outros artefactos pirotécnicos”, e ficam suspensas autorizações que possam ter sido emitidas antes.
“O Governo acompanha em permanência o evoluir da situação operacional e apela aos cidadãos para que adequem os seus comportamentos ao quadro meteorológico que tem sido amplamente divulgado”, diz-se no comunicado do Ministério.
As medidas de caráter excecional, decretadas pela segunda vez por Eduardo Cabrita (a primeira na recente vaga de calor) incluem também a possibilidade de serem canceladas as férias ou folgas de elementos da GNR e PSP, face à “elevação do grau de prontidão e resposta operacional”, com reforço de meios para operações de vigilância, fiscalização, patrulhamentos dissuasores de comportamentos e apoio a operações de proteção e socorro que possam ser necessárias.
O despacho de Eduardo Cabrita contempla também a mobilização em permanência das equipas de sapadores florestais e dos agentes florestais e vigilantes da natureza, bem como o aumento do nível de prontidão para equipas de resposta nas áreas das comunicações e energia e para equipas de emergência médica, saúde pública e apoio psicossocial.
Considerando o despacho do MAI que declara a Situação de Alerta, e de acordo com a informação disponibilizada pelo IPMA, nos próximos dias, por seu turno, a Câmara Municipal de Braga salienta o agravamento da situação meteorológica a partir de dia 18 de agosto, persistindo previsivelmente até dia 22 de agosto, com temperaturas elevadas e teores de humidade baixos, destacando-se para Braga os seguintes aspetos:
Temperaturas máximas com valores entre os 31-36ºC e temperaturas mínimas com valores de cerca de 19ºC;
Vento predominante do quadrante Leste com intensidade moderada (até 30 km/h), soprando de noroeste no litoral oeste durante a tarde, sendo forte (até 50 km/h) de Leste/Nordeste nas terras altas;
Diminuição da Humidade Relativa do Ar a partir de sábado, com valores entre 20 e 30%.
Os índices de risco de incêndio irão manter-se nas classes de “elevado”.
Efeitos expectáveis
Tempo quente e vento moderado permitindo condições favoráveis à eventual ocorrência e propagação de incêndios rurais.
Medidas preventivas
A Divisão Municipal de Proteção Civil de Braga recorda que, de acordo com despacho do MAI que Declara a Situação de Alerta e restantes disposições legais em vigor, não é permitido (a):
Proibição total da utilização de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos, independentemente da sua forma de combustão, bem como a suspensão das autorizações que possam ter sido emitidas, enquanto vigorar a Situação de Alerta;
Proibição do acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, previamente definidos nos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI), bem como nos caminhos florestais, caminhos rurais e outras vias que os atravessem;
Proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais, com exceção dos associados a situações de combate a incêndios rurais, com recurso a motorroçadoras de lâminas ou discos metálicos, corta-matos, destroça dores e máquinas com lâmina ou pá frontal;
Realização de queimadas, de fogueiras para recreio ou lazer, ou para confeção de alimentos;
Utilização de equipamentos de queima e de combustão destinados à iluminação ou à confeção de alimentos;
Queimar matos cortados e amontoados e qualquer tipo de sobrantes de exploração;
O lançamento de balões com mecha acesa ou qualquer outro tipo de foguetes;
Fumar ou fazer lume de qualquer tipo nos espaços florestais e vias que os circundem;
A fumigação ou desinfestação em apiários com fumigadores que não estejam equipados com dispositivos de retenção de faúlhas.
A Divisão Municipal de Proteção Civil de Braga recomenda a adequação dos comportamentos e atitudes face à situação de perigo de incêndio florestal, nomeadamente com a adoção das necessárias medidas de prevenção e precaução, observando as proibições em vigor e tomando especial atenção à evolução do perigo de incêndio para os próximos dias, disponível junto dos sítios da internet da ANPC, do IPMA e da Câmara Municipal.
Por último, recorda ainda a necessidade de se manter sempre informado e respeitar os conselhos e recomendações das autoridades.
