Relatório anunciado esta semana pela Organização Mundial de Saúde alerta para os níveis da poluição do ar a nível mundial. Em Portugal, a cidade de Guimarães é considerada a mais respirável.
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Guimarães é a cidade de Portugal com o ar mais respirável, segundo o relatório anunciado esta semana pela Organização Mundial de Saúde, considerando a medida de concentração em microgramas de partículas por metro cúbico de ar.
Entre as cidades incluídas no estudo, Guimarães apresentou o valor mais baixo: 3 microgramas por metro cúbico de ar, abaixo da média do país e até mundial, ficando 70% abaixo do nível considerado seguro. Estas partículas não são visíveis devido à sua minúscula dimensão – pesam menos de 10 microgramas -, mas podem provocar doenças graves através das vias respiratórias.
Na região Quadrilátero e seus vizinhos, os resultados são também bastante positivos no seu conjunto. Assim, a região de Santo Tirso, bem como dos seus concelhos vizinhos Trofa e Vila Nova de Famalicão, para o qual o motor de busca BreatheLife remete os resultados, apresentam nível 6, Barcelos e Braga apresentam nível 9, ainda abaixo do nível de segurança, mas Vila do Conde já apresenta nível 11, 10% acima da margem de segurança, tal como Esposende a Póvoa de Varzim, em que fomos remetidos para a área de Vila do Conde na análise resultados. A título comparativo, referimos ainda os maiores centros urbanos país: Porto, com nível 4, e Lisboa, com nível 13, este último 30% acima da margem considerada segura.
De acordo com o relatório, a Organização Mundial de Saúde estima que morrem cerca de 400 mil pessoas por ano na União Europeia em consequência de doenças respiratórias. Em Portugal, de acordo com a data dos estudos mais recentes, no ano de 2015 morreram cerca de seis mil pessoas.
Os dados do relatório da organização mostram que os níveis de contaminação permanecem “perigosamente elevados” em várias regiões do globo. O estudo revela que 92% da população mundial respira ar contaminado em níveis muito perigosos para a saúde.
Os países mais pobres, na Ásia, África e Médio Oriente, são os que registam a maior percentagem de mortalidade causada pela poluição: apresentam níveis cinco vezes superiores ao estabelecido pela OMS.
Na população mundial, nove em cada dez pessoas respiram ar poluído e contaminado, revelou esta semana a Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com o relatório da OMS, todos os anos morrem sete milhões de pessoas por causas diretamente relacionadas com a poluição e os níveis de contaminação permanecem «perigosamente elevados» em várias regiões do mundo.
«O mais dramático é que os valores estabilizaram. Apesar das melhorias alcançadas e dos esforços postos em prática, a imensa maioria da população mundial, 92%, respira ar contaminado em níveis muito perigosos para a saúde», afirmou a Diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente, María Neira, em comunicado.
Segundo os autores deste estudo da OMS, os níveis de contaminação do ar têm-se mantido estáveis ao longo dos últimos seis anos, com ligeiras melhorias na Europa e no continente americano.
Em causa está a poluição com partículas minúsculas que entram profundamente nos pulmões e no sistema cardiovascular, causando doenças potencialmente mortíferas, como derrames cerebrais, ataques de coração, obstruções pulmonares e infeções respiratórias.
Segundo a OMS, em 2016 o ar poluído no exterior causou a morte a 4,2 milhões de pessoas. A poluição de interiores, relacionada, por exemplo, com o uso de tecnologia ou de fontes de energia poluentes na cozinha, terá causado 3,8 milhões de mortes.
Os países mais pobres, na Ásia, na África e no Médio Oriente, são os que registam o maior número de mortes causadas pela poluição, apresentando níveis cinco vezes superiores ao estabelecido pela OMS.
Para alterar este panorama, a Diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS referiu o exemplo da China, que politicamente se propôs a reduzir os «níveis de contaminação altíssimos».
«A poluição ambiental é o maior desafio para a saúde pública mundial», sublinhou.
A OMS afirma que a poluição do ar é um fator de risco crítico para doenças não transmissíveis, causando cerca de 24% de mortes por doenças cardiovasculares, 25% por acidente vascular cerebral, 43% por doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) e 29% associadas ao cancro do pulmão.
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