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Educação emocional no idoso

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O envelhecimento, enquanto experiência psicoafectiva altamente exigente, está marcado por um conjunto de transformações de naturezas diferentes.

Mudanças corporais que afectam em muitos casos a imagem que os indivíduos têm de si próprios, diminuição de algumas capacidades sensoriais ou lutos de pessoas próximas que confrontam o indivíduo com a proximidade da sua própria morte são apenas alguns exemplos dos desafios que o sujeito de idade avançada tem forçosamente de enfrentar.

O idoso depara-se nesse sentido com um conjunto de transformações que exigem toda uma série de competências que contribuem para atravessar de forma ajustada mais esta etapa do seu processo de desenvolvimento. Algumas dessas competências estão associadas ao que vulgarmente se apelida de inteligência emocional.

Goleman definiu inteligência emocional como a “…capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos.” (Goleman, 1998).

Para ele, a inteligência emocional é a maior responsável pelo sucesso ou insucesso dos indivíduos. Como exemplo, recorda que a maioria das situações de trabalho é envolvida por relacionamentos entre as pessoas e, desse modo, pessoas com qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão e gentileza têm mais chances de obter o sucesso.

É um tipo de inteligência que deveria ser incluída no currículo escolar para desenvolver nas crianças as habilidades básicas. É uma forma de autoconhecimento, de autocontrole e expressividade, de conhecer os seus próprios limites e, ao mesmo tempo, se impor para evitar possíveis manipulações.

Apesar de relativamente pouco estudado entre os mais idosos, a inteligência emocional abarca um conjunto de cinco competências básicas, a saber: a empatia,  relacionada com a facilidade da pessoa idosa identificar sentimentos, desejos e problemas dos indivíduos que as rodeiam, através, por exemplo, da leitura de comportamentos não verbais tais como o tom de voz; a postura corporal ou as expressões faciais daqueles com quem interagem; a sociabilidade, capacidade de iniciar e preservar relações de amizade ao longo dos anos, independentemente da idade, sendo esta rede social de apoio decisiva para melhor se tolerar os desafios impostos neste momento tão sensível do desenvolvimento; a automotivação, associada à capacidade de elaborar planos para a própria vida com esperança e optimismo, apesar de, no caso da pessoa idosa, se estar a atravessar as derradeiras etapas do ciclo de vida; o autocontrole, capacidade de lidar com os próprios sentimentos e impulsos gerados por situações, por exemplo, ligadas à impossibilidade de realizar actividades que se constituíam antes como fonte de satisfação e a autoconsciência ligada à capacidade de identificar, nomear e avaliar os sentimentos, por exemplo, associados muitas vezes à reforma e à perda de status económico.

Se por um lado a investigação sugere que existe uma componente genética associada à inteligência emocional, pesquisas na área da psicologia do desenvolvimento têm vindo a demonstrar que as experiências relacionais que os indivíduos vão acumulando ao longo da vida modulam os índices deste tipo de inteligência. A inteligência emocional aumenta com a idade. O que hoje se acredita ao nível da psicogerontologia é que o envelhecimento se constitui como uma etapa marcada por um potencial evolutivo. Torna-se por isso necessário compreender as mudanças que ocorrem nesta altura da vida à luz dos recursos que cada pessoa foi acumulando em resultado dos diferentes acontecimentos de vida e da forma como se foi organizando em resultado disso, ou seja, em função do nível de desenvolvimento emocional alcançado.

O grande segredo para o bem-estar físico e emocional, em qualquer fase da vida, está no condicionamento. Ou seja, em dar condições para que o seu corpo, mente e emoções se mantenham saudáveis.

Ninguém tem mais controle sobre a nossa vida do que nós mesmos, portanto, não permitamos que outras pessoas nos levem a perder a calma ou a nossa identidade.

Buscar emoções positivas, olhar mais nos olhos e tentar ouvir a pessoa que está à nossa frente, faz-nos descobrir mais coisas do que com simples palavras. Colocar tudo isso em prática ajuda-nos a desenvolver a nossa inteligência emocional e a sermos mais felizes, fazendo os outros felizes também.

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Imagens: Rogério Veloso

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