Amanhã, 1 de junho, pelas 21h30, a ZOOM – Associação Cultural, através do seu núcleo de cineclube, irá apresentar um filme-concerto, fórmula sempre original de ver ou rever os filmes clássicos. Desta feita, o público poderá assistir a um clássico do cinema mudo, de 1918, dos realizadores Vladimir Maiakovsky e Yevgeny Slavinsky fazendo a sua (re)leitura. A apresentação do filme-concerto realizar-se-á no Teatro Gil Vicente.
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Eduardo Figueiredo, da Zoom, apresenta do seguinte modo o filme A Dama e o Vagabundo:
“Recôndito e inusitado filme, este, sem aparente distribuição comercial no nosso país, ao qual, Yevgeni Slavinsky e Vladimir Maiakovsky, os respetivos realizadores, atribuíram como título Baryshnya i khuligan (1918). Sem tradução oficial conhecida, tal incumbência deixou-nos, à partida algumas possibilidades – à semelhança, por exemplo, do exemplo francês “La Demoiselle et le Voyou”, cuja cópia será apresentada, ou do inglês, “The Lady and the Hooligan”.”
“Todavia”, prossegue Eduardo Figueiredo, “rejeitamos uma aproximação fiel [à tradução] que, como se vê, seria: “A Jovem Senhora e o Rufia”, arruaceiro ou afim. Antes optamos – deliciados, porventura, com a possibilidade de alguém, mais incauto, vislumbrando a hipótese de ver ou rever o célebre filme do americano Walt Disney, se deparasse subitamente com o ora proposto – pela célebre tradução que entre nós se atribuiu ao filme do citado autor americano “Lady and the Tramp” (1955).
Eduardo Figueiredo acrescenta ainda na nota sobre o filme: “Vindo quem venha, cautelosa ou imprudentemente, ao engano ou não, é nosso intuito dar a ver a vibrante presença do realizador, argumentista e protagonista deste filme, o poeta russo, louvor da Revolução de Outubro, suicida aos 37 anos – VIadimir Maiakovski, poeta que será recordado, antes da verdadeira razão maior do presente evento: a projeção do filme sob uma composição de KRAKE, alter-ego e projeto a solo de Pedro Oliveira, concebida exclusivamente para Baryshnya i khuligan, e que será nesta data apresentada ao vivo.”
Sob o alter-ego de Krake, Pedro Oliveira recolhe inspiração na mitologia nórdica para se aventurar a solo num projeto que, partindo da percussão, explora uma linguagem mais experimental e eletrónica. Expandindo os seus tentáculos para além da bateria preparada, as sonoridades vão crescendo em camadas, criando um ambiente obscuro e cinematográfico. É assim que KRAKE se associa à ZOOM, nesta primeira sexta-feira de junho, para musicar o clássico filme “A Dama e O Vagabundo” (1918), dos russos Yevgeni Slavinsky e Vladimir Mayakovsky.
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Entrada – Grátis.
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