Diogo Barros, o jovem ativista e militante do Bloco de Esquerda, de 20 anos, foi entrevistado pela revista trimestral da Associação 25 de Abril, associação fundada pelos capitães de abril e membros do Movimento das Forças Armadas (MFA), presidida nos dias de hoje, pelo Coronel Vasco Lourenço.
Diogo Barros, fundador e porta-voz do GAPQ, atualmente Humanamente, um movimento pela defesa dos direitos humanos, é também militante do Bloco de Esquerda desde os seus 16 anos. Tendo sido nas autárquicas 2021, candidato pelo partido à sua junta de freguesia, Oliveira São Mateus, em Vila Nova de Famalicão.
Ao longo da entrevista, numa viagem entre o passado e o futuro, Diogo Barros deu a sua versão sobre o 25 de Abril, abordou temas como a pobreza, a luta contra a extrema-direita e o programa escolar da disciplina de história.
Segundo o jovem, as escolas devem também dinamizar palestras, sessões com filmes e debates sobre esta temática, salienta ainda que “é necessário rever, nas aulas de História, a tendência para minimizar as graves violações dos direitos humanos ocorridas durante o Estado Novo, num momento em que é crucial, como disse anteriormente, combater as forças de extrema-direita, que começam a ganhar força.”
Para o ativista e político, é inaceitável que quase 50 anos depois do 25 de Abril, Portugal ainda tenha ruas com o nome de Salazar, bem como estátuas glorificando o regime do Estado Novo e seus governantes.
No que toca à sua geração, os netos de abril, Diogo Barros, olha com bons olhos, acredita que os jovens têm na sua generalidade consciência que os direitos não são, nem estão, garantidos. Dá como exemplo as mobilizações que nos últimos anos têm vindo a existir seja pelos coletivos feministas, estudantis, ambientais ou até mesmo sociais como o Black Lives Matter ou as Marchas LGBTQIAP+.
Durante a entrevista, Diogo Barros referiu que o que lhe levou a entrar para a política e para o ativismo foi sentir-se impune ao ver durante a sua infância e adolescência os seus vizinhos e conhecidos sem comida na mesa ou luz em casa. Afirma ainda que preza os valores de abril e lutará por eles até o fim.
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Imagens: DR