Demian Cabaud, no contrabaixo, Gabriel Ferrandini, na bateria e percussão, e João Barradas, no acordeão, tocaram em trio no segundo dia do Guimarães Jazz 2020, face a um meio imprevisto de última hora: Peter Evans, o trompetista norte-americano reconhecido pelas suas capacidades de grande improvisador e criador avant-garde, esteve ausente do segundo dia do Guimarães Jazz 2020.
“Sessão de sons”, assim se lhe referiu Demian Cabaud. Foi um concerto muito agradável de seguir, num cocktail um pouco estranho, mas que se entranhou perfeitamente. Guimarães Jazz prosseguiu a atípica 29ª edição com elevada qualidade musical.
Demian Cabaud
Demian Cabaud é um contrabaixista argentino graduado na Berklee College of Music, em Boston (EUA), e desde 2004 sedeado em Portugal, onde tem contribuído para a emergência de uma nova geração de músicos de jazz. Membro da Orquestra de Jazz de Matosinhos, Cabaud é um colaborador regular de alguns dos nomes mais influentes da cena jazzística nacional, como João Pedro Brandão, Susana Santos Silva ou Marcos Cavaleiro, e tem desenvolvido nos últimos anos um trabalho consistente como líder e compositor em projetos que contam com a participação músicos de renome internacional como Ohad Talmor ou Gerald Cleaver, entre outros.
Gabriel Ferrandini
Gabriel Ferrandini é um dos nomes em destaque da música improvisada portuguesa da segunda década do século XXI, fazendo parte de um grupo de criadores de diversas áreas musicais que contribuíram nos últimos dez anos para o surgimento de um movimento sustentado numa abordagem experimental e fluída ao jazz. Colaborador de vários músicos internacionais de relevo (desde Nate Wooley até Thurston Moore), o percurso de Ferrandini é marcado decisivamente também pelo seu trabalho no Red Trio e no Rodrigo Amado Motion Trio. Mais recentemente, o baterista editou em álbum o seu primeiro projeto composicional em nome próprio (e que deu origem ao álbum “Volúpias”, de 2019) e iniciou um projeto em duo com o saxofonista Ricardo Toscano.
João Barradas
Apesar da sua juventude, João Barradas é atualmente um dos músicos portugueses com maior visibilidade e reconhecimento no circuito jazzístico internacional. Acordeonista multipremiado com uma atividade desdobrada em diferentes campos musicais (jazz, música clássica e improvisação), Barradas iniciou a sua carreira discográfica em 2011 com o álbum “Surrealistic Discussion”, em parceria com o prestigiado tubista Sérgio Carolino, e, desde então, o virtuosismo técnico e a capacidade expressiva deste instrumentista permitiram-lhe alcançar um estatuto artístico assinalável tanto enquanto intérprete de reportório clássico como enquanto compositor e improvisador em territórios vinculados ao jazz, em nome próprio ou em colabor ação com nomes influentes da música global como Gil Goldstein ou Tito Paris, entre outros.
Imagens: Albano Mendes
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