teresa salomé mota - partido livre - eleições legislativas - 2019 - braga

‘A raiz ambiental será sempre um dos pilares do Livre, juntamente com a igualdade, a liberdade e o europeísmo’

 

O Partido Livre é um dos mais recentes partidos políticos em Portugal. Nas próximas eleições legislativas ambiciona eleger pelo menos um deputado pelo círculo eleitoral de Lisboa. No entanto, aposta em ter uma presença no plano nacional, em especial nos núcleos urbanos de maior dimensão. Para saber ao que vêm o Partido e os seus militantes, Pedro Maia Martins entrevistou, por isso, a cabeça de lista ao distrito de Braga, Teresa Salomé Mota.


Pedro Maia Martins: Como se apresenta a candidata cabeça de lista do Partido Livre aos eleitores do círculo eleitoral do distrito de Braga?

Teresa Salomé Mota: Sou natural de Tomar, vivi em Lisboa muito tempo e vim viver para Braga há muitos anos. Durante muito tempo dividi o meu tempo entre Braga e a capital, onde fazia investigação, mas acabei por estabelecer por aqui. Neste momento trabalho como geóloga, numa empresa que fornece serviços de geologia ligados à conservação da natureza. Fui professora do ensino secundário durante muitos anos e também já dei aulas de História da Ciência na Universidade do Minho. Mas acho que uma pessoa não se esgota na sua dimensão profissional. Neste momento estou envolvida nas Leituras Dramáticas, ligadas à Companhia de Teatro de Braga.

PMM: Entrou na política apenas quando se filiou no Livre?

TSM: Quase tudo o que fazemos na nossa vida pública tem uma dimensão política. Eu já me tinha envolvido ativamente com a legalização da interrupção voluntária da gravidez. O meu ativamente consistia em conhecer as causas e conversar com as pessoas quando me interessava. Eventualmente vinha para a rua, mas nunca estive ligada a nenhum grupo ou partido. Era uma ativista de causas, por assim dizer.

O meu envolvimento com a política partidária começou com as eleições europeias. Apesar continuar a ser independente, já era simpatizante do Livre desde o surgimento do partido. Eu fui desafiada a candidatar-me às primárias e fiquei no décimo-sexto lugar da lista já nessa altura. Aquando das legislativas, voltaram a desafiar-me e eu aceitei (risos). Fiquei em primeiro nas primárias para as legislativas e aqui estou eu, como cabeça de lista por Braga.

PMM: Relativamente ao distrito de Braga, quais são as áreas de atuação mais importantes do Partido?

TSM: A mobilidade é um aspeto fundamental. É prioritário fazer uma ligação entre o quadrilátero urbano Braga, Guimarães, Famalicão e Barcelos. Não há uma ligação cómoda e ao mesmo tempo ambientalmente sustentável. Não seria possível realizar esse projeto a curto prazo. Seria necessário pensar nalgum primeiro passo em termos de transportes públicos rodoviários. É necessária uma melhoria em termos de autocarros. Temos também de pensar nalguma intermodalidade entre os transportes já existentes. Da mesma forma, é necessário apoiar o transporte individual não motorizado, como as bicicletas. Seria positivo alargar as ciclovias para além dos centros urbanos. Mas o ideal a longo prazo seria substituir o transporte rodoviário pelo ferroviário, quer através de um metro de superfície, quer através do alargamento da rede ferroviária já existente.

A raiz ambiental será sempre um dos pilares do Livre, juntamente com a igualdade, a liberdade e o europeísmo. O ambiente é uma questão transversal, não só aqui, mas em todo o lado. Nós temos o Parque da Peneda-Gerês, no qual é possível ver a falta de investimento nos recursos humanos e financeiros. Nos últimos anos, o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas tem sofrido uma redução, sobretudo nos serviços ligados aos parques. Seria bom repensar esse investimento, apesar de ser algo alocado aos estado central e não aos municípios do distrito. Mas sendo o único parque natural que o nosso distrito tem, é necessário evitar o abandono e o descuido. Em grande parte, os incêndios de há dois anos alastraram graças a esse abandono. É necessário intervir na área ambiental.

A regionalização é outra proposta presente no programa do livre desde a sua fundação. Nós defendemos um referendo sobre o assunto, mas bem pensado e com informação acessível e facilmente difundida, tanto dos partidários do “sim” como dos partidários do “não”. Deverão ser os cidadãos a ter a última palavra. Nós estaremos sempre do lado do “sim”.

PMM: Quais são as mais-valias que a Teresa Mota poderá trazer se for eleita (devido ao seu currículo e personalidade)?

TSM: É sempre um bocadinho aborrecido falar em causa própria (risos). A minha formação é transversal, interdisciplinar. A minha base é a Geologia e doutorei-me em História, mas fui professora durante muitos anos e continuo a acompanhar a área educativa. Isso ajuda-me a compreender a realidade da educação e compreender certas dinâmicas sociais. Neste momento trabalho no privado, o que possibilita compreender as especificidades do setor privado, sobretudo no caso das PME, que é o caso do meu local de trabalho.

PMM: Que poderemos esperar dos seus camaradas do Livre?

TSM: É uma lista paritária, com igual número de homens e mulheres. Há vários representantes do distrito, oriundos dos diversos concelhos que o compõem e com formações variadas. Eu só posso dizer bem e, na realidade, só digo bem. Tem sido uma experiência muito agradável e enriquecedora, embora seja bastante trabalhosa. Acho que a atividade política é uma das áreas na qual o ser humano se realiza muito, também por causa de trabalhar com outras pessoas. No caso dos meus companheiros de lista, tem-me permitido fazer coisas que eu nunca tinha feito.

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