O Jazz na Aldeia é um novo conceito que a associação O Eixo do Jazz, acaba de lançar no portefólio de produtos em oferta destinados sobretudo aos músicos inscritos na mesma. Sob esta designação O Eixo do jazz inicia um circuito de Residências Artísticas que irá realizar em áreas rurais e que possam combinar, num espaço de 5 a 7 dias a formação, a interação e criação de ligações entre músicos de vários pontos do Eixo Luso-Galaico, a discussão dos propósitos da associação e a divulgação do jazz nas escolas circundantes e nas aldeias, vilas ou cidades da área onde intervém.
A residência realizar-se-á na Quinta da Costa, em Mouquim, Vila Nova de Famalicão.
Jazz na Aldeia, 1 – Convocatória aberta
Nesta primeira edição, O Eixo do Jazz convidou Abe Rábade para a primeira residência Jazz na Aldeia, não só pela sua qualidade artística e de formador, mas também pelo seu conhecimento da música e dos músicos do território Luso-Galaico.
Assim sendo, Abe Rábade irá selecionar cerca de 15 candidatos à residência tendo por base o território e a intenção artística do projeto que se propõe desenvolver na residência.
Esta seleção deverá incluir 3 bateristas, 3 contrabaixistas, 4 instrumentos harmónicos – piano, guitarra e vibrafone -, 5 solistas – incluíndo vozes.
Os músicos selecionados deverão ser preferencialmente de várias zonas geográficas do Eixo Luso-Galaico, para promover a criação de laços e trabalho fora das zonas de conforto de cada um.
Nesta residência artística com Abe Rábade abordar-se-á repertório, fraseado, sofisticação rítmica e harmónica e interatividade de grupo. Estão incluídas 3 masterclasses:
1- Considerações harmónicas na improvisação
2- Ritmos Cruzados
3- A Música como discurso
Para além do trabalho com Abe Rábade, o Eixo solicita ainda aos residentes que visitem 2 a 3 escolas de 1º e 2º Ciclos – 6 aos 12 anos – na área geográfica para apresentarem a música jazz e os seus instrumentos às crianças, convidando-as para um concerto no último dia da residência.
Pretende-se também que seja organizada uma ou mais jam sessions ou pequenos concertos abertos ao público durante a residência.
Sobre Abe Rábade
Abe Rábade nasceu em Santiago de Compostela, na Galiza, em 1977. Iniciou os seus estudos musicais no Conservatório Histórico de Santiago e prosseguiu-os no centro de jazz “Estudio escola de música”, também em Compostela. Entre 1995 e 1999 realizou uma Licenciatura cum laude em Composição Jazz e em Piano no Berklee College of Musice, em Boston. Acredita que a Música “é uma das vias mais profundas para comunicar emoções”, pelo que procura nunca perder de vista este princípio nos seus projetos.
O seu primeiro instrumento é o piano, o segundo a bateria. Desde 1996, lidera um trio de jazz acústico do qual fazem parte actualmente Pablo Martín Caminero, no contrabaixo, e Bruno Pedroso, na bateria. Realiza também habitualmente concertos e gravações em piano solo ou em formatos mais amplos, com instrumentos de sopro – principalmente quinteto e septeto.
Como líder, Abe Rábade possui uma discografia bastante consistente e que inclui: Babel de Sons (2001), Simetrías (2002), GHU! Project vol.1 (2004), Playing on Light – 7 sounding photos – (2006), Open Doors (2008), Abe Rábade Piano Solo (2009), Zigurat (2010), A Modo (2012) e VerSons (2013), este último galardoado com o Prémio Martín Códax na Categoria de Jazz e Músicas Improvisadas, Once (2016) e Doravante (2018).
Pela sua excelência e versatilidade, o músico é convidado com frequência para tocar ao vivo ou gravar com os mais diversos músicos, nomeadamente Jesús Santandreu, Miguel Zenón, Bob Mintzer, Perico Sambeat, Jorge Pardo, Chris Kase, Avishai Cohen, Alan Ferber, Toni Belenguer, Kurt Rosenwinkel, Claudia Acuña, Deborah Carter, Carlos Barretto, Javier Colina,T erri Lyne Carrington, Bill Goodwin, Jeff Williams, Skip Hadden ou Jeff Ballard. Até hoje, Abe Rábade apresentou-se já na maior parte dos festivais de jazz espanhóis e deu concertos nos Estados Unidos, Reino Unido, Cuba, Finlândia, Brasil, Chile, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, México, França, Alemanha, Suíça, Portugal e Marrocos.
Da sua vastíssima atividade musical, salienta-se a sua participação no Xacobeo 2004, em que apresentou a obra Cantigas Jazz Suite, uma adaptação de cantigas medievais galegas do século XIII. Com as vocalistas Guadi Galego e Ugia Pedreira formou a banda Nordestin@s em 2005, dedicada a uma atualização da música popular da Galiza. Em 2008, musicou poemas de autores galegos para o disco Aloumiños de Seda, uma encomenda da Direcção-Geral de Política Linguística (Xunta de Galicia). Mantém ainda ativos os projetos Eivissa Jazz Experience, desde 2006, uma produção do Festival de Jazz de Eivissa; Rosalía 21, desde 2008, com direcção do poeta Anxo Angueira; e Azos Jazz (desde 2010), selo discográfico que fundou com Sergio Lago. Em 2014, como pianista, interpretou a Rhapsody in Blue, de George Gershwin com as Bandas Sinfónicas de Pontevedra e de Santiago de Compostela. Com músicos portugueses, foi diretor musical de Kind Steps – O Legado de 1959 (2009), projeto de Mário Barreiros, e Travessia dos Poetas (2010), álbum de Joana Machado. Em 2011, compôs e gravou com o Abe Rábade Trío a banda sonora do filme A Cicatriz Branca de Margarita Ledo.
Desde 2009, também ensina piano e composição no curso de Jazz da Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo, no Porto.
A Residência – de 17 a 21 de outubro
Nesta residência artística com Abe Rábade em que se abordará repertório, fraseado, sofisticação rítmica e harmónica e interactividade de grupo, serão incluídas 3 Master classes:
1- Considerações harmónicas na improvisação
2- Ritmos Cruzados
3- A Música como discurso
Para além do trabalho com Abe Rábade, o Eixo solicita aos residentes que visitem 2 a 3 escolas (Primeiro e segundo ciclos – 6 aos 12 anos) na área geográfica para apresentarem o jazz e os seus instrumentos às crianças, convidando-as para um concerto no último dia da residência.
Solicita também que organizem uma ou mais jam sessions ou pequenos concertos abertos ao público durante a residência.
A Residência terá lugar na Quinta da Costa, em Mouquim, Vila Nova de Famalicão, na Casa da Encosta, a 34 km do Porto.
A casa dispõe de um salão e duas salas para trabalho para além da possibilidade de, caso a meteorologia o permita, se poder trabalhar ao ar livre.
Casa tem duas camaratas e várias casas de banho partilhadas, bem como uma cozinha comum.
Dispõe de uma piscina sazonal, churrasco e terraço, e campo de ténis no alojamento, além de que a área é popular para fazer passeios de bicicleta. O alojamento providência um serviço de aluguer de bicicletas.
Serão fornecidos mantimentos para que os residentes possam confeccionar as suas refeições.
Condições de candidatura ao Jazz na Aldeia
Os Músicos que se queiram candidatar deverão enviar um breve Curriculum sobre a formação musical de cada um e actividade até ao momento, bem como um video com duração inferior a 10 minutos que seja significativo do seu momento musical actual para o email oeixodojazz.producao@gmail.com até dia 20 de setembro próximo.
Preço
O Jazz na Aldeia, nesta sua 1ª edição, custa aos músicos sócios d’ O Eixo do Jazz apenas 50,00 €. Para os restantes músicos, o custo de participação será de 100,00 €.
O que diz Abe Rábade
Precisamos de nos estruturar!
O Jazz há muito tempo que palpita na Galiza e em Portugal, mas fá-lo sem tirar todo o partido de um corredor de Norte a Sul (d’A Coruña até Faro) em que a maioria dos projetos artísticos estão associados à cena local e sofrem muito quando querem ser ouvidos para além de um circuito pequeno. Além do poderoso fluxo artístico, no nosso eixo existem muitos centros de educação com programas de jazz de qualidade; festivais de prestígio, revistas monográficas e clubes lendários que programam esta música; divulgadores na imprensa, fotógrafos e até pintores que usam o jazz recorrentemente; e acima de tudo … público (o iniciado, para o qual o Jazz já é inalienável e o público potencial que merece conhecer este modo de expressão tão catártica).
O desafio que temos pela frente para conseguir uma maior estruturação deste eixo consiste em promover o contacto artístico e educacional entre todos os grupos que compõem a cena jazzística de Sul a Norte do corredor atlântico, bem como melhorar a divulgação desse contacto em meios de comunicação e redes. Penso que há uma poderosa realidade do jazz em clubes, salas de testes, escolas, festivais, álbuns … mas não há nenhuma história ainda que nos retroalimente positivamente, ajudando a fazer a qualidade de nossa cena de jazz crescer em todas as dimensões. Para escrevê-la, projetos como o Eixo do Jazz são necessários.
Tenho a honra de ser eu quem vai fazer a primeira residência artística organizada pela associação. Espero que essa experiência seja o primeiro passo na escrita dessa história da qual nos tornamos parte como um corredor de jazz. Mas acima de tudo, desejo que, ao escrever a história, tenhamos conseguido acreditar muito mais em tudo o que construímos há anos e em tudo o que estamos prestes a fazer.
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Imagens: O Eixo do Jazz
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