1. Sensibilidade e Bom Senso, de Jane Austen, foi publicado inicialmente em 1811, em três volumes. A narrativa acompanha a vida amorosa de Elinor e Marianne Dashwood, num tom satírico e cómico, deixando-nos entrar no quotidiano da classe média do século XIX. Em 1995, o livro foi adaptado para filme, protagonizado por Emma Thompson, Kate Winslet, Hugh Grant e Alan Rickman. No total, o filme arrecadou 33 prémios e 49 nomeações.
2. O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, foi publicado inicialmente na revista mensal de Lippincott, em 1890. O romance, o único escrito por Wilde, tinha seis capítulos adicionais quando foi lançado em 1891. A obra, um conto arquetípico sobre um jovem que compra a juventude eterna à custa da sua alma, era uma exposição romântica da estética pessoal de Wilde. A publicação do romance escandalizou Inglaterra da Era Vitoriana, tendo sido usado como prova contra o autor quando este foi julgado e condenado em 1895, por acusações relacionadas com homossexualidade. O romance tornou-se um clássico da literatura inglesa e foi adaptado para vários filmes, sobretudo numa versão de 1945, que foi dirigida por Albert Lewin, que recebeu três nomeações pela Academia.
3. A Volta ao Mundo em 80 dias, do autor francês Júlio Verne, foi publicado inicialmente em capítulos, no jornal francês Le Temps; e em formato livro, em 1873. Relata a história da viagem de Phileas Fogg pelo mundo, acompanhado pelo criado, para ganhar uma aposta. Foi a obra mais popular da coleção de Verne. O romance inspirou numerosas tentativas de viajar pelo mundo em 80 dias ou menos, sobretudo pela jornalista americana Nellie Bly, em 1889-90.
4. Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco, é considerado por muitos o “Romeu e Julieta” português. Este clássico da literatura lusitana foi inspirado na própria vida amorosa do autor, que viveu uma história de amor impossível – à semelhança dos protagonistas Simão Botelho e Teresa de Albuquerque – com Mariana da Cruz, formando um triângulo amoroso com um final trágico. «Escrevi o romance em 15 dias, os mais atormentados da minha vida.”, confessou o autor no prefácio à segunda edição da obra.
5. É impossível abordar os clássicos sem mencionar Os Maias, de Eça de Queirós. O autor demorou cerca de sete anos a escrever este romance, onde verteu as experiências da sua vida, com uma intenção revelada no subtítulo do livro, Episódios da vida Romântica: a sátira à sociedade portuguesa, condicionada pelo Romantismo do século XIX, sempre atrasada face ao progresso europeu.
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Obs: texto e imagem previamente publicados no blogue Somos Livros, da Bertrand Editores.
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