A presidência portuguesa da União Europeia alcançou hoje um acordo para uma “distribuição solidária” dos 10 milhões de doses da vacina da BioNTech-Pfizer antecipados para o segundo trimestre, que reserva perto de 3 milhões para os Estados-membros mais necessitados.
Contudo, este compromisso em torno da proposta colocada sobre a mesa pela presidência portuguesa do Conselho da União Europeia para apoiar cinco Estados-membros com maior penúria de vacinas, alcançado ao fim de dois dias intensos de negociações entre os embaixadores dos 27 em Bruxelas, não foi subscrito por todos, com Áustria, República Checa e Eslovénia a ficarem de fora deste mecanismo de solidariedade.
Estes três países, que reclamavam mais vacinas para si, ainda que os dados demonstrem que não se encontram entre os mais carenciados, recusaram-se a prescindir das doses que lhes cabem seguindo a chave de repartição que tem vindo a ser utilizada – em função da população -, e não participam por isso na distribuição solidária acordada por todos os restantes, com vista a ajudar Bulgária, Estónia, Letónia, Eslováquia e Croácia, os cinco Estados-membros efetivamente mais carenciados a nível de vacinas.
Primeiro-Ministro saúda acordo solidário
António Costa, o Primeiro-Ministro, saudou o acordo alcançado entre os Estados-membros da União Europeia para a “distribuição solidária” de vacinas, considerando que possibilitará a vacinação de 45% da população até ao final de junho.
“Saúdo o acordo hoje alcançado para a partilha solidária de vacinas entre os Estados-membros da União Europeia, que possibilita a vacinação em todos de pelo menos 45% da população até ao final de junho”, escreveu António Costa na sua conta pessoal na rede social Twitter.
Na mesma mensagem, o Primeiro-Ministro de Portugal, país que preside ao Conselho da União Europeia até junho, acrescenta que agora importa acelerar a vacinação e pôr em marcha uma recuperação justa, verde e digital”.
Portugal conta receber 4 milhões de doses da vacina no 2.º trimestre
A Ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou que Portugal conta receber, no total, cerca de quatro milhões de vacinas contra a Covid-19 da BioNTech/Pfizer, no segundo trimestre de 2021, uma vez que a Comissão Europeia afirmou ter chegado a acordo com o consórcio para a entrega antecipada de 10 milhões de um total de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 encomendadas para entrega até ao final do ano, que estarão assim disponíveis já no segundo trimestre.
“Relativamente às quantidades de doses da vacina BioNTech/Pfizer no nosso país, aquilo que temos sinalizado para entrega no primeiro trimestre é uma quantidade de doses de cerca de 1,3 milhões, e no segundo trimestre uma quantidade de cerca de quatro milhões», referiu Marta Temido.
A governante ressalvou que “estas quantidades de doses de vacinas da BioNTech/Pfizer são sujeitas a eventual confirmação de entrega e respeitam o princípio da distribuição de acordo com a população de cada país”.
Marta Temido lembrou ainda que “Portugal tomou a opção de adquirir todas as quantidades de vacinas que podia” relativamente às vacinas que se encontram em fornecimento, com exceção da vacina da Moderna, devido a prazos dilatados na previsível entrega.
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Imagem: SNS
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