Nelson Xize, o versátil rei da sátira em terras vimaranenses

A pessoa

Lembro-me do Nelson Xize desde aquelas noites fantásticas em que tocávamos e cantávamos no C.A.R. – Círculo de Arte e Recreio de Guimarães, dos projetos que já tivemos juntos e de quando nos divertíamos a valer. O que pouca gente sabe é que ele é um excelente rapper! É um artista extremamente versátil e quando encara um projeto leva as coisas muito a sério – incluindo a diversão.

Tudo começou para ele quando há muitos anos fez um desenho dum flyer a caneta bic preta e passado uma semana tinha 40 alunos. É uma pessoa confiante e persistente. É brincalhão e espontâneo e ao mesmo tempo muito sério a nível profissional. Não gosta de falhar prazos. Compete consigo mesmo e gosta de desafios que o façam evoluir. Enquanto artista é uma espécie de lobo solitário, mas sempre rodeado de boa companhia.

O Xize está neste momento numa fase de criação mais individual e intimista e tem, felizmente, a possibilidade de viver a 100% do mundo da arte, trabalhando em projectos de desenho, ilustração, pintura, arte em mural e teatro. É apologista do lema “mente sã em corpo são” e foi praticante de capoeira brasileira. É um vimaranense atento e participativo, tendo já representado Guimarães em Dijon e tendo recentemente feito um trabalho “gigante” que bem demonstra essa paixão pela nossa cidade: ‘Tributo a Guimarães’.

O trabalho e a criação

De nome artístico ‘Nelson Xize’, é natural de Guimarães, tem 34 anos e é licenciado em Artes e Desenho, pela ESAP/G (Escola Superior Artística do Porto-Guimarães), desde 2007. Actua no panorama artístico desde 2003, tendo participado em diversas exposições colectivas e individuais, formações e workshops, peças de teatro e outros eventos pontuais.

O Nelson Xize trabalha como artista freelancer, professor de expressão plástica, ator de teatro e é membro fundador dos projetos de animação teatral e musical “Trupe Sei”, de teatro infantil com fantoches “FunnyToches” e da Associação Cultural Astronauta.

Ao absorver tudo de todas as formas, explora nos seus trabalhos o onírico, surreal, político, urbano, com tons de sátira provocatória da sociedade atual.