Covid-19 | Portugal lidera número de doentes por milhão de habitantes

 

 

Desde 28 de dezembro que, em Portugal, o número de casos de doentes por Covid-19 não pára de subir de forma acentuada quando comparado com o dos outros países europeus e mesmo de todos os outros países que comunicam à OMS os dados da pandemia. Na verdade, neste momento, não há mesmo outro país a reportar tantos novos casos por milhão de habitantes. A acrescer a estes dados epidemiológicos, a mortalidade também não para de subir, pelo que Portugal é já o segundo país com números mais elevados, sendo apenas ultrapassado pelo Reino Unido.

Portugal tem vindo a escalar rapidamente o “ranking” de países com maior média de casos, tendo atingido o lugar do topo este sábado, 16 de janeiro, conforme indicou, na altura, a Rádio Renascença.

“Portugal é o país do mundo que reporta o maior número médio de novos casos de covid-19 por milhão de habitantes. A incidência é calculada a sete dias para atenuar as oscilações. É a primeira vez, desde o início da pandemia, que Portugal está na pior posição comparativa possível”, destaca Sofia Miguel Rosa, no Expresso.

No momento em que o número de mortes por Covid-19 registadas é de 9.246, acresce àquele o facto de Portugal ocupar também neste momento a 2.ª posição a nível mundial do número de mortes por milhão de habitantes é bem evidente a urgência em ser praticado o maior confinamento possível.

Governo lança novas medidas para combater a pandemia

As novas medidas para combater a Covid-19 entraram em vigor às 00h00 desta quarta-feira, reforçando as restrições de movimentação de pessoas já previstas no confinamento geral decretado no dia 15 no âmbito do estado de emergência. “Estamos a viver o momento mais grave desta pandemia, em que não está só em causa a pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde,  (…) mas a saúde e a vida de cada um de nós e das pessoas que nos rodeiam”, referiu António Costa após o Conselho de Ministros extraordinário de 18 de janeiro.

Assim:

  • É proibida a venda ou entrega ao postigo em qualquer estabelecimento do ramo não alimentar;
  • É proibida a venda ou entrega ao postigo de qualquer tipo de bebida nos estabelecimentos alimentares;
  • É proibida a permanência e consumo de bens alimentares nas imediações dos estabelecimentos do ramo alimentar;
  • São encerrados todos os espaços de restauração em centros comercias, mesmo em regime de takeaway;
  • São proibidas todas as campanhas de saldos, promoções e liquidações que fomentem a concentração de pessoas;
  • É proibida a permanência em espaços públicos de lazer, como jardins, nos quais se pode circular, mas não permanecer;
  • Que os presidentes das Câmaras Municipais limitem o acesso a locais de grande concentração de pessoas, como as frentes marítimas ou ribeirinhas, e sinalizem a proibição de uso de bancos de jardim, parques infantis e equipamentos desportivos;
  • São encerradas as universidades séniores, os centros de dia e de convívio;
  • Todos os trabalhadores que tenham de se deslocar para trabalhar presencialmente precisam de credencial emitida pela entidade patronal, e todas as empresas de serviços com mais de 250 trabalhadores têm de enviar, nas próximas 48 horas, à Autoridade das Condições de Trabalho, a lista nominal de todos os trabalhadores cujo trabalho presencial é indispensável;
  • É proibida a circulação entre concelhos ao fim-de-semana; e
  • Todos os estabelecimentos de qualquer natureza devem encerrar às 20h nos dias úteis e às 13h aos fins-de-semana, com exceção do retalho alimentar que poderá prolongar-se até às 17h aos fins-de-semana.
Estas medidas serão ainda acompanhadas do reforço da fiscalização da Autoridade das Condições de Trabalho e das forças de segurança.

No que se refere às escolas, alvo de grande polémica por força das declarações emitidas por muitos especialistas, da área da saúde e do ensino mas também da opinião pública, em geral, no sentido do encerramento ou forte restrição à atividade, irão manter-se abertas em ensino presencial. Serão, no entanto, alvo de uma campanha de testes rápidos com particular incidência nos concelhos de risco elevado. Para lá disso, o primeiro-ministro anunciou que não hesitará em fechar estabelecimentos de ensino caso se verifique que a variante inglesa do novo coronavírus, mais contagiosa, se torne dominante.

 

Imagens: (0) DGS, (1) Expresso

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