Sendo certo que os indicadores da procura turística no território nacional têm revelado uma quebra profunda em 2020, resultado da proliferação do surto pandémico de Covid-19, transformando-o num ano atípico, Guimarães está a acompanhar a tendência nacional de lenta retoma do mercado turístico na sequência da reabertura de fronteiras, após meses de queda abrupta.
O ano de 2020 começou por ser auspicioso para o turismo, com os principais indicadores da procura turística a revelarem, nos dois primeiros meses, sinais de continuação da tendência de crescimento, mas depressa o mundo deparou-se com uma crise global sem precedentes devido ao surto pandémico do Covid-19.
Conforme revela o Relatório estatístico do Turismo em Guimarães no 1º semestre de 2020, os números referentes aos últimos meses apresentam resultados negativos, em linha com o que passa no resto do mundo. A afluência dos visitantes aos Postos de Turismo de Guimarães registou um crescimento negativo, com uma drástica descida em comparação com igual período dos anos anteriores.
Levantamento de restrições à circulação permite início da recuperação turística
Porém, há sinais que permitem antever que a recuperação já teve o seu início: com o desconfinamento e a supressão das restrições impostas à circulação de pessoas, durante o mês de junho já foi possível perceber que Portugal é o principal mercado emissor para Guimarães, com uma quota expressiva de 53.5%. Seguem-se o mercado alemão e o brasileiro, com 13,8% e 12%, respetivamente.
As medidas adotadas para combater a pandemia conduziram a restrições que impediram ou condicionaram a circulação de pessoas mas as decisões de desconfinamento e abertura de fronteiras adotadas por Portugal e pela generalidade dos países europeus, deixam antever uma retoma da atividade turística, a qual se prevê, ainda assim, lenta e gradual.
A taxa de ocupação na hotelaria de Guimarães verifica uma tímida subida para os 11% no passado mês de junho, depois de uma taxa muito próxima de 0% no período de confinamento, na sequência do encerramento das unidades hoteleiras nos meses de abril e maio.
Portugal, destino atrativo e seguro?
De acordo com as conclusões de um inquérito aos visitantes do Postos de Turismo de Guimarães, cerca de 90% considera que Portugal é atualmente um destino “atrativo e seguro” perante o modo como tratou o surto pandémico. Neste âmbito, 71% dos inquiridos considera que o Norte do País e Guimarães continuam como destinos atrativos mesmo num panorama claramente negativo. A esmagadora maioria dos inquiridos (80%) admite ainda que a certificação “Clean & Safe” do Turismo de Portugal contribuiu fortemente para aumentar o seu índice de confiança.
A retoma do mercado internacional está a ser feita de uma forma muito lenta e progressiva: as reservas de voos de longo curso para Portugal para os meses de julho e agosto estão 52% abaixo do valor registado, em comparação com as mesmas datas de 2019. A TravelgateX elaborou um ranking internacional tendo por base as pesquisas e reservas online para os próximos meses. A sua elaboração foi baseada em mais de 20 mil reservas e 3 milhões de pesquisas online em sites de hotéis e companhias aéreas de todo o mundo. Portugal ocupa a 3.ª posição deste ranking, com um resultado muito próximo dos 10% (9,8%). Os líderes são a Espanha e os Estados Unidos, com 33,75% e 31,5%, respetivamente. Seguem-se países como Itália, França e México, todos com valores na ordem dos 2% do total das reservas analisadas.
Finalmente, refira-se que o balanço estatístico reportado por estas entidades para o território nacional encontra correspondência nas estatísticas avançadas hoje pelo Eurostat para a Europa: as dormidas em estabelecimentos turísticos em toda a União Europeia recuaram 44% de janeiro a abril. Só no mês de abril, a queda no número de dormidas em estabelecimentos turísticos atingiu os 95%.
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Imagem: Município de Guimarães
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