José Alberto Salgado nasceu em Joane, a 20 de abril de 1947. Depois de terminar a 4ª classe, realizou um sem número de pequenos trabalhos e só depois de adulto teve tempo para concluir o secundário. Passou o exame nacional em Geometria Descritiva e ingressou na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, porém, não chegou a concluir o curso. Uma vez reformado dedicou-se à pintura e chegou a fazer algumas exposições dos seus trabalhos. Outro sonho que queria realizar era publicar um livro onde pudesse partilhar as suas aventuras e experiências. ‘Uma História Quase Verdadeira’ é o seu primeiro trabalho, ‘O Cais das Incertezas’ o segundo romance.
1. Qual é para si o cúmulo da miséria moral?
R – Quando o povo perde a noção de moral, perde o respeito pelo próximo. Mas, para mim, o cúmulo da miséria moral é que uma pessoa considere que tem o direito de decidir sobre a vida de outro ser humano.
2. O seu ideal de felicidade terrestre?
R – O conceito de felicidade é muito subjectivo. Para alguns poderá ser, e é certamente, a riqueza material, para outros, viver em paz de espírito e com saúde. Pessoalmente me revejo mais na situação dos segundos.
3. Que culpas, a seu ver, requerem mais indulgência?
R – A ignorância, a imprudência e o atrevimento.
4. E menos indulgência?
R – A crueldade e a falta de sensibilidade perante o sofrimento de qualquer ser vivo.
5. Qual a sua personagem histórica favorita?
R- Leonardo da Vinci.
6. E as heroínas mais admiráveis da vida real?
R – A minha mulher (mãe e avó sempre atenta e incansável).
7. A sua heroína preferida na ficção?
R – Como gosto mais de literatura do que filmes com efeitos especiais, a minha preferida é Elizabeth Bennet, personagem que surgiu da imaginação de Jane Austen.
8. O seu pintor favorito?
R – Devo reconhecer que tenho muita dificuldade em atribuir favoritismo a um pintor. Tenho uma especial admiração por Rembrant e Turner, mas também gosto da pintura Impressionista de Monet e de muitos outros pintores que utilizaram essa técnica.
9. O seu músico favorito?
R – Gosto muito do Michael Bublé e adoro as canções românticas de Julio Iglesias e de Alain Barrière. Não são bem músicos, mas cantores que marcaram uma época.
10. Que qualidade mais aprecia no homem?
R – Direi apena uma “Honestidade”.
11. Que qualidade prefere na mulher?
R – A simplicidade. Se acompanhada de beleza, melhor.
12. A sua ocupação favorita?
R – Tenho tantas que o tempo não chega para dedicar-me a todas. Há algum tempo que me dedico à escrita. Também gasto muitas horas a jogar xadrez, a estudar as plantas, os cogumelos e outras coisas da Natureza.
13. Quem gostaria de ter sido?
R – Se regressasse à infância e me perguntassem o que gostaria de ser quando fosse grande e se pudesse adivinhar o futuro, responderia que desejaria, apenas, ser quem sou agora mesmo.
14. O principal atributo do seu carácter?
R – Tolerância.
15. Que mais apetece aos amigos?
R – Verdadeira amizade.
16. O seu principal defeito?
R – Acho que sou demasiado exigente, mas também o sou comigo mesmo.
17. O seu sonho de felicidade?
R – Tratando-se de um sonho, podemos desejar tudo o que nos passe pela imaginação. Assim, acho que, para mim, a felicidade total seria alcançada quando todos à minha volta fossem felizes.
18. Qual a maior das desgraças?
R – Deixar morrer a esperança. Desistir.
19. Que profissão, que não fosse a de escritor, gostaria de ter exercido?
R – A mesma de Turner e Monet.
20. Que cor prefere?
R – O bordô. Se tiver sabor, mais ainda.
21. A flor que mais gosta?
R – Ainda é a rosa.
22. O pássaro que lhe merece mais simpatia?
R – O periquito. Cheguei a ter um que saía comigo à rua e ao qual me afeiçoei. Um dia decidiu regressar à Natureza.
23. Os seus ficcionistas preferidos?
R – Miguel de Cervantes, José Saramago, Gabriel Garcia Márquez.
24. Poetas preferidos?
R – Florbela Espanca «Quem disser que pode amar alguém durante a vida inteira é porque mente».
Fernando Pessoa «Põe tudo o que és na mais pequena coisa que faças».
25. O seu herói?
R – Bruce Wayne.
26. Os seus heróis da vida real?
R – Todos aqueles profissionais de saúde, que neste momento travam a difícil e arriscada batalha contra o inimigo invisível Covid-19.
27. As suas heroínas da história?
R – Irena Sendler, conhecida por «O Anjo do Gueto de Varsóvia», que, à imagem do que fez Oskar Schindler, salvou milhares de vidas durante a Segunda Guerra Mundial.
28. Que mais detesta no homem?
R – A hipocrisia e a tendência para a provocação gratuita.
29. Caracteres históricos que mais abomina?
R – A escravatura, os ideais do nazismo, a intolerância religiosa.
30. Que facto, do ponto de vista guerreiro, mais admira?
R – A luta contra os fundamentalistas islâmicos.
31. A reforma política que mais ambiciona no mundo?
R – Com tantas coisas para fazer é difícil escolher aquela que seria a melhor. Por vezes, o que é bom para certos países não se pode implementar noutros, cujas necessidades são completamente diferentes.
32. O dom natural que mais gostaria de possuir?
R – O dom de conseguir tudo aquilo que gostaria de possuir.
33. Como desejaria morrer?
R – É um desejo com o qual não me preocupo e passo bem sem ele.
34. Estado presente do seu espírito?
R – Com esperança de dias melhores.
35. A sua divisa?
R – Carpe diem.
36. Qual é o maior problema em aberto do concelho?
R – O estado calamitoso em que se encontram as vias públicas, na maioria das freguesias. Acho eu.
37. Qual a área de problemas que se podem considerar satisfatoriamente resolvidos no território municipal?
R – Serviços de atendimento ao público.
38. Que obra importante está ainda em falta entre nós?
R – Fazer com que seja permitida a instalação e instalar uma rede de câmaras de vigilância em lugares sensíveis, para uma melhor segurança da população, do comércio e do património. Temos de aprender com o bom que se faz noutros países.
39. De que mais se orgulha no seu concelho?
R – Orgulha-me tudo aquilo que tem sido feito para bem de todos os famalicenses, e da imagem que hoje temos um pouco por toda a parte.
40. Qual é o livro mais importante do mundo para si?
R – O livro que li há muitos anos, em versão original, que nenhuma tradução consegue reproduzir: “Don Quijote de la Mancha”.
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