Inclusão | Dia Internacional da Síndrome de Down alerta para necessidades de portadores da alteração genética

 

 

Hoje, 21 de março, assinala-se o Dia Internacional da Síndrome de Down. Embora mais recentemente, tenham surgido indicações do envolvimento de outros genes na síndrome, o facto é que a data foi escolhida de forma simbólica pela Down Syndrome International. Esta é assinalada, desde 2006, por razões que, ao tempo se criam muito específicas: a alteração cromossómica, ocorrida por motivos desconhecidos, durante a gestação, na fase de divisão celular do embrião, na qual as crianças ficam com 3 cromossomos 21, e não dois, como o habitual.

Este dia serve para chamar a atenção da sociedade em relação ao tratamento de pessoas portadoras de Trissomia 21. A alteração genética afeta o desenvolvimento do indivíduo e não impede a vida social normal da pessoa, ainda que o complique, determinando algumas características físicas e cognitivas específicas. Devem por isso ser encaradas com respeito, naturalidade e solidariedade, dando-lhes igualdade de oportunidades.

A Síndrome de Down não é uma doença no sentido convencional do termo. Crianças com a Síndrome de Down precisam de maior suporte comparativamente às demais para alcançar as etapas de desenvolvimento, uma vez que se caracteriza por um desenvolvimento mais lento das funções motoras e das funções intelectuais.  A condição encontra-se geralmente associada a atraso no desenvolvimento  infantil, feições faciais características e deficiência mental leve a moderada. O quociente de inteligência de um jovem adulto com síndrome de Down é, em média, de 50, valor equivalente à capacidade mental de uma criança de oito ou nove anos.

Calcula-se que, em Portugal, um em cada oitocentos bebés nasça com trissomia 21. Ao todo, crê-se que existam cerca de quinze mil pessoas com esta síndrome no país. Apesar de desconhecida a causa do aparecimento do terceiro alelo, independentemente da idade, as estatísticas indicam que existe uma maior prevalência em crianças geradas por mães com idade superior a trinta e cinco anos.

Síndrome de Down e Terapia Ocupacional: que relação?

Uma vez que as crianças portadoras de Síndrome de Down necessitam de maior suporte quando comparativamente com outras da mesma idade no sentido de alcançar as etapas de desenvolvimento, a terapia ocupacional é, em geral, bastante útil.

O terapeuta ocupacional ajuda a desenvolver, recuperar ou manter competências que elas precisam para desempenhar atividades da vida diária.

O trabalho desenvolvido pela Terapeuta Ocupacional permite:

• Desenvolver as competências de motricidade global (como andar, correr, saltar, equilíbrio, coordenação, força muscular, postura …);

• Desenvolver das competências de motricidade fina ( abotoamento, pega no material de escrita…);

• Desenvolver as competências relacionadas com o desempenho escolar – grafomotricidade (pintar, recortar, desenhar…);

• Desenvolvimento das atividades de vida diária, autonomia e funcionalidade(vestir, ir à casa de banho, alimentação, lavar os dentes…);

• Desenvolver as competências sensoriais;

• Desenvolver as competências cognitivas (atenção, concentração, memória, permanência nas atividades…);

• Desenvolver as competências de perceção visual.

O apoio em redor da criança, proporcionado por pais, professores, médicos e terapeutas, e uma intervenção precoce são essenciais, bem como uma educação versátil, com especial enfoque no desporto e na música.

Fontes: ACIP; El Pais, Ordem dos Enfermeiros, Pais e Filhos, Wikipédia; Imagens: ACIP

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