Pierre-Laurent Aimard, um dos expoentes maiores do piano contemporâneo, apresenta-se a 20 de março, pelas 18h00, na Sala Suggia da Casa da Música. O ilustre músico desloca-se ao Porto para uma atuação única sob a direção de Baldur Brönnimann e o acompanhamento da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música. Do programa, em que a referência urbana surge sob prismas diversos, constam obras de Charles Ives – Central Park in the Dark, Olivier Messiaen – Couleurs de la Cité Céleste, e John Adams – City Noir. Antes do espetáculo, terá lugar uma Palestra pré-concerto por Rui Penha.
As cidades, seja pela história que nelas vive, pela riqueza de experiências que oferecem aos sentidos, pelos cruzamentos estéticos que propiciam ou pelas associações poéticas que permitem, têm sido terreno fértil para o imaginário de muitos compositores. Neste programa, a referência urbana surge sob prismas diversos: da surpreendente justaposição de sons da natureza e da vida citadina com que Ives evocou o ambiente de uma noite de Verão em Central Park até ao lirismo quase cinematográfico com que Adams vislumbra uma City Noir fervilhante entre a sinfonia e o jazz, não faltam surpresas. O pianista Pierre-Laurent Aimard, referência internacional do piano na actualidade e Artista em Residência na Casa da Música, junta-se à orquestra na obra de Messiaen, que o compositor comparou a “uma rosácea de catedral de cores resplandecentes e invisíveis”.
Pierre‑Laurent Aimard, músico de exceção
Pierre‑Laurent Aimard é aclamado como uma figura‑chave da música do nosso tempo e, desde muito novo, como um importante pianista.
Ano após ano, apresenta-se com as principais orquestras mundiais, sob a direcção de maestros como Esa‑Pekka Salonen, Peter Eötvös, Sir Simon Rattle e Vladimir Jurowski. Tem sido convidado para várias residências como curador, diretor e instrumentista, foi Director Artístico do Festival de Aldeburgh (2009‑16), onde apresentou o ‘Catalogue d’oiseaux’ de Messiaen numa série de concertos realizados do amanhecer à meia‑noite.
Nesta temporada continua a residência no Southbank Centre, programando uma semana dedicada à música de Stockhausen. É Artista em Residência no Concertgebouw, no Festival de Edimburgo e na Konzerthaus de Viena. Faz a estreia norte‑americana de Keyboard Engine de Harrison Birtwistle, escrita para Aimard e Stefanovich. É ainda convidado de prestigiadas orquestras mundiais.
Pierre‑Laurent Aimard estudou no Conservatório de Paris com Yvonne Loriod e em Londres com Maria Curcio. Ganhou o 1º Prémio no Concurso Messiaen (1973), com apenas 16 anos, e três anos depois foi nomeado por Pierre Boulez pianista solo do Ensemble Intercontemporain. Colaborou com grandes compositores como Ligeti, Kurtág, Stockhausen, Carter, Boulez e George Benjamin. Nas temporadas recentes estreou inúmeras obras, incluindo obras escritas para si.
Ensina na Hochschule de Colónia e em workshops e palestras pelo mundo; foi Professor Associado do Collège de France (Paris). Recebeu o prémio de instrumentista da Royal Philharmonic Society (2005) e foi nomeado “Músico do Ano” pela Musical America, em 2007. Com o Klavier‑Festival Ruhr criou, em 2015, uma plataforma online sobre interpretação de música para piano de Ligeti.
Gravações de referência
A discografia de Pierre‑Laurent Aimard, que assinou um contrato exclusivo com a Pentatone, em 2017, tem sido internacionalmente aclamada. A sua primeira gravação completa do ‘Catalogue d’oiseaux’, editada em 2018, foi largamente elogiada e recebeu múltiplos prémios, entre os quais o prestigiante Prémio da Crítica Discográfica Alemã. A gravação de Elliott Carter recebeu o Prémio do Júri da revista BBC Music, em 2018. Ganhou um Grammy pela gravação de Concord Sonata e Songs de Ives, e o Prémio Honorário da Crítica Alemã em 2009. O CD com música de Murail e Benjamin ao lado da Orquestra da Rádio da Baviera recebeu um prémio da Gramophone na categoria de música contemporânea, em 2017.
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