O ligeiro crescimento das exportações têxteis no mês de dezembro contribuiu para que as exportações de da indústria têxtil e de vestuário tenha terminado 2019 próximo dos níveis do ano anterior, afastado da crise que ligeira depressão que parecia começar a adivinhar-se, apesar da queda de 1%. Pastas, feltros e falsos tecidos, vestuário e seus acessórios exceto de malha e tecidos de malha foram as categorias que se destacaram pela positiva, salienta a publicação especializada Portugal Têxtil.
Depois do recorde obtido em 2018, as exportações portuguesas de têxteis e vestuário registaram em 2019 um ano bastante positivo. Entre janeiro e dezembro, as empresas portuguesas enviaram um total de 5,26 mil milhões de euros em artigos, o que representa uma muito ligeira quebra de 1% face a 2018, equivalente a menos 52,7 milhões de euros.
Entre as diversas categorias de produtos, destacaram-se pela positiva, e entre as mais representativas, o vestuário e seus acessórios, exceto de malha, com um crescimento de 2,5%, para 995,8 milhões de euros, e pastas (ouates), feltros e falsos tecidos; fios especiais, cordéis, cordas e cabos; artigos de cordoaria, que registou um aumento de 9,4%, para um valor de 260,1 milhões de euros. O envio de tecidos de malha também aumentou (+1%), para 134,4 milhões de euros.
Já em sentido inverso, a quebra mais significativa foi sentida no vestuário e seus acessórios de malha, que baixou 2,3%, equivalente a uma perda de 50,4 milhões de euros, para 2,16 mil milhões de euros. Também a categoria outros artefactos têxteis confecionados, que engloba a maioria dos têxteis-lar, sofreu uma quebra de 2,8%, para 646,6 milhões de euros.
Europa em queda
A diminuição das exportações nacionais de têxteis e vestuário foi provocada, sobretudo, pelos envios dentro da União Europeia, descida não completamente compensada pelo crescimento das vendas para fora da Europa. Victor Ferreira, no Público, salientaria mesmo que a quebra registado no ano transato se deveu a desvio espanhol (das aquisições) e anemia (da economia) alemã. Trata-se da primeira quebra em dez anos, explicada em grande parte pela perda de produção para Marrocos e Turquia, países para onde a Inditex transferiu parte das suas encomendas, motivada sobretudo pela estrutura de custos salariais.
Entre os principais mercados, Espanha continua a liderar a lista de clientes do “made in Portugal”, mas caiu 4,3%, para 1,62 mil milhões de euros (em 2018 este valor foi 73 milhões de euros superior), acontecendo semlhante situação com Alemanha (-3%), Reino Unido (-1,4%) e Itália (-0,7%), nomeadamente. Entre os principais destinos de exportação, apenas França (+2,6%) e Países Baixos (+4,2%) tiveram crescimentos positivos na Europa.
Fora da Europa, os EUA continuam a destacar-se e a afirmar a sua posição como mercado de excelência para as empresas portuguesas. Em 2019, os envios para este mercado assinalaram um crescimento de 5,4%, para 339,7 milhões de euros.
Balança comercial têxtil positiva
Mesmo com esta quebra de 1% nas exportações, a balança comercial da ITV continua positiva. As importações até cresceram 3,6% em 2019, fixando-se em 4476 milhões de euros, mas o saldo final ainda é de 784 milhões, com uma taxa de cobertura de 118%.
Fontes: Portugal Têxtil, Público; Imagem: Riopele
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